Hoje trago à memória um sabonete que sempre foi muito popular entre nós, os portugueses, o Rexina. Já aqui havia falado de um outro sabonete, talvez ainda mais popular, o sabonete LUX.
Curiosamente, o Rexina, sabonete desodorizante, em muitos outros países, nomeadamente no Brasil, era conhecido como Rexona. Vá lá entender-se estas coisas do marketing. Em jeito de brincadeira, só pode ser, há quem diga que a alteração do nome teve a ver com o facto de Rexona se prestar entre nós a "bocas foleiras" com rima inconveniente e brejeira. Adivinhem...
Confesso que apesar de tudo apenas usei o Rexina uma ou outra vez. Em rigor, até nunca fui muito de usar sabonetes, e preferia mesmo o sabão, tanto nas conhecidas variedades azul e branco (muito bom contra a caspa) bem como o sabão macaco e o sabão rosa. Recordo-me a este propósito dos sabões, que os mesmos eram vendidos em barras entre 40 a 50 cm de comprimento, embrulhadas em papel de jornal. Havia também quem comprasse ao peso pelo que o merceeiro usava uma grande facalhona para fraccionar a barra.
Por sua vez, em casa, esse bocado de barra ainda era mais fraccionado, mais ou menos no tamanho dos sabonetes, de forma a tornarem-se manuseáveis. Claro que nos primeiros dias de uso, era algo inconveniente, com as arestas demasiado vincadas. Depois, com o uso, o bocado de sabão tornava-se num autêntico sabonete, macio e arredondado, apenas, por norma, menos bem cheiroso. Neste aspecto, o Clarim, era dos mais perfumados.
Por sua vez, em casa, esse bocado de barra ainda era mais fraccionado, mais ou menos no tamanho dos sabonetes, de forma a tornarem-se manuseáveis. Claro que nos primeiros dias de uso, era algo inconveniente, com as arestas demasiado vincadas. Depois, com o uso, o bocado de sabão tornava-se num autêntico sabonete, macio e arredondado, apenas, por norma, menos bem cheiroso. Neste aspecto, o Clarim, era dos mais perfumados.
Recordo-me que, por vezes, ao usar o sabão num tanque, ele lá escapava fugidio por entre os dedos e ía parar ao fundo. A solução era arregaçar a manga até ao sovaco e mergulhar o braço na água fria à procura do raio do sabão.
Dos sabonetes, o que mais usei, ainda em rapazola adolescente, já perto dos 18 anos, era o Feno de Portugal, que em próxima ocasião falarei mais detalhadamente. Ainda agora parece que estou a sentir o agradável aroma do Feno de Portugal debaixo de uma camisa lavada. A namorada adorava....
Ao Rexina, ficou popularizada a publicidade cujo slogan era, "Há sempre lugar para mais um.". Entendia eu que esse "mais um" teria que ser alguém, jovem, bonito(a) e a cheirar bem, a Rexina, claro.
O Rexina, ou o homónimo Rexona, é um produto da multinacional Unilever, e foi lançado no final dos anos 60.
Cartaz publicitário com a versão Rexona.
Velho anúncio da promoção dos sabonetes Rexina, que ofereciam suportes para sabonetes, daqueles tipo ventosa, em borracha, e que ainda hoje se veem à venda.
Nos anos 50 havia uma cantilena sobre uma marca de meias «de vidro» (ainda não havia collants) e que era dita de enfiada:
ResponderEliminar"Comprem, meninas, comprem as meias da marca Corona que sobem da ponta do pé até às bordas da comprem, meninas, comprem as meias...
Com o que a gente se divertia!
Querias dizer meias Baiona
ResponderEliminarAlguém ainda se lembra do sabonete "Cadum, amêndoas doces"? E do detergente para máquinas "Rena Matic", rival do "Skip"? Já agora, o "Presto Máquina"?
ResponderEliminarÉ da mesma época do sabonete e o trocadilho malandro era assim, " Usas Rexona para lavar a quina ? " e pelos vistos pegou...
ResponderEliminarPorque mudam os nomes dos produtos? Gostaria de saber.
ResponderEliminarAqui no Brasil temos a linha Elseve, mas em quase todo mundo é Elvive. Porque será?
"Em jeito de brincadeira, só pode ser, há quem diga que a alteração do nome teve a ver com o facto de Rexona se prestar entre nós a "bocas foleiras" com rima inconveniente e brejeira"
ResponderEliminarNão é brincadeira, é um facto. O meu pai trabalhava na Unilever (a empresa que produzia o sabonete) e a opção pelo nome Rexina foi porque Rexona prestava-se a rimas inconvenientes. Esse é o motivo real.