Máquinas de tricotar

 Recordo-me que nos anos 70 e até meados de 80, principalmente, na minha aldeia havia várias mulheres que trabalhavam em casa com uma máquina de tricotar, produzindo peças para comerciantes ou fábricas. Claro que esta era uma realidade extensível a todo o país.

Foi um modo de vida que teve o seu ponto alto nessa época porque era relativamente rentável e permitia às mulheres alguma autonomia financeira sem sair de casa, permitindo-lhes, simultaneamente, desempenhar as tarefas domésticas, gerindo o tempo a seu modo.

Para esta actividade era indispensável adquirir uma máquina de tricotar, o que exigia um investimento substancial. No entanto havia empresas que forneciam as máquinas.
Com o avançar do tempo o vestuário de malha foi perdendo alguma preponderância, pelo que a par do desenvolvimento tecnológico das grandes empresas, essa actividade caseira acabou quase por se extinguir. Sobrevivem ainda algumas situações mas mesmo assim adaptadas às necessidades do mercado. Conheço uma pequena empresa, quase familiar, em que o principal produto que fabrica são os saquinhos em malha para telemóvel.

Este cartaz publicitário de meados da década de 60 refere-se a uma marca francesa, a ERKA, muita conceituada a par da Passap e Singer.
Não deixa se ser uma imagem nostálgica tendo em conta que o produto anunciado, a máquina de tricotar tornou-se num quase objecto obsoleto, pelo menos no contexto em que foi propagandeado, o doméstico ou familiar.
Tenho saudade do meu pulôver verde que na altura mandei tricotar a uma amiga.


erka maquina de tricotar santa nostalgia

Comentários

  1. A minha Mãe possui-o uma, Passap durante muitos anos. Adquiriu-a era eu ainda bebé. O som dessa máquina de tricotar faz parte, das minhas sonâncias de infância.

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