Hoje apeteceu-me desenhar – Outono

 

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Sempre gostei do desenho e de desenhar e desde que me conheço dei comigo com o lápis na mão a rabiscar. Ainda com 3 ou 4 anitos, ensinou-me o meu avô materno a desenhar uns belos cães e a partir desse momento os cachorros invadiram tudo quanto era papel, mesmo dos saudosos “Comércio do Porto” e “O Primeiro de Janeiro”. Até mesmo algumas folhas da cédula de nascimento de minha mãe foram carimbadas com alguns desses valentes cães, com o pelo eriçado. Valentes foram também os tabefes que apanhei por causa dessa ousadia. A partir daí compraram-me uma Sebenta, com folhas branquinhas, e os cães ganharam outra sentido, já sem a confusão das letras dos jornais ou sem os assentos de casamento dás cédulas.

Por isso, qualquer desenho que por aqui publique, simples ou mais rebuscado, tem como única pretensão a de recordar os rabiscos que fazia no meu tempo de criança e que norma geral me davam sempre boas notas nos testes.

Nessa altura da escola primária, um teste resumia-se a uma folha A3, dobrada a meio, de papel almaço, azul de 25 linhas, daqueles com marca de água. Para além da cópia, do ditado e dos exercícios ou problemas de aritmética, havia lugar ao desenho. No final, sabia bem receber aquele C escorreito, com significado de bom, com que a professora classificava a prova.

Por todas essas memórias, perdoem-me os leitores habituais deste estaminé de nostalgias, pela simplicidade de alguns dos meus rabiscos.

O rabisco de hoje é um tributo ao Outono, às colheitas e às vindimas. Foi feito numa pressa, como “gato a passar por brasas” e utilizei apenas ferramentas digitais.

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