A nossa casa – A casa do lavrador

 

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Hoje em dia , de um modo geral, as casas modernas são grandes, funcionais e confortáveis, mesmo que de apartamentos se fale. As novas técnicas de construção aliadas aos modernos materiais de construção e equipamentos tecnologicamente avançados, permitem de facto soluções de habitabilidade muito boas.

É claro que, infelizmente, ainda há muita gente a viver em velhas habitações, degradadas e nada funcionais e até mesmo em barracas, mas essa é uma realidade difícil de ser erradicada. Mas, apesar de tudo, muito se tem feito para a requalificação urbana e dignificação de quem habita nesses míseros espaços chamados habitações..

Seja como for, o que se pretende dizer, a propósito das páginas acima publicadas de dois antigos livros escolares, é o sentimento de carinho que de um modo geral temos para com as nossas casas, nomeadamente as casas de nossos pais e avós, as casas paternas, aquelas onde nascemos e crescemos.

Desde as mais simples e humildes às mais imponentes e magestosas, desde as da aldeia até às das vilas e cidades, todos nós temos ligações emocionais às nossas casas. No meu caso, nasci e cresci na casa de meus avôs paternos, herdada em parte pelo meu pai. É uma típica casa de lavrador (quase descrita nas páginas acima), com rés-do-chão e sobrado, como se chamava ao Andar e com cobertura com beiral de telha de canudo e com cornija. Na parte inferior existem compartimentos de arrumos, como a adega, a casa do lagar e no sobrado, a cozinha, sala e quartos e um amplo corredor, a que chamamos de varanda, com um renque de janelas viradas a nascente, a partir da qual se acede às restantes divisões. Paradoxalmente, sendo uma casa grande, não tinha casa de banho, mas sim uma simples retrete no logradouro da casa. Mais tarde, construímos de forma adjacente esse indispensável compartimento.

No logradouro, dispostas ao redor do chamado quinteiro, existem várias construções em pedra destinadas a currais do gado, galinheiros e ainda um tanque com água de nascente a cair dia e noite que abastece a casa e rega parte da quinta, coberto por ramada de videiras. Ao lado, o velho espigueiro onde descansa o resultado da colheita de milho. E claro, nas traves do alpendre, os ninhos de andorinha.

Hoje, na casa vive apenas a minha mãe mas semanalmente recebe sempre a visita dos vários filhos.

Claro está que muitas mais recordações podem ser associadas às nossas casas mas essas são pano para mangas de outras histórias e outras nostalgias.

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