Mataram a Mata Hari


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Passam hoje 96 anos sobre a morte de Mata Hari, por fuzilamento. Foi em 15 de Outubro de 1917, no contexto da I Guerra Mundial, depois de um processo em que  foi acusada pela França de espionagem de guerra.
Todavia, pelo que dizem alguns investigadores, foi uma trama pouco esclarecida e não provada, mas porque dava jeito a certos interesses e limpava a imagem a muitos senhores.

Mata Hari, é uma figura feminina, por demais conhecida. Nasceu como Margaretha Gertruida Zelle (Leeuwarden-Holanda, a 7 de Agosto de 1876), e tornou-se na época uma figura famosa, depois de um percurso pessoal e familiar algo atribulado que a levou até Paris onde se tornou uma dançarina exótica com uma carga erótica e sensual fora dos padrões da época. Pela sua astúcia e beleza asiática, herdada de sua mãe com origens javanesas, tornou-se cortesã, e envolveu-se com homens importantes da esfera dos negócios, da política e militar e daí a acusação de estar envolvida em espionagem, num processo pouco claro que a levou a enfrentar o pelotão de fuzilamento.

Como não podia deixar de ser, depois da sua morte, a figura e vida de Mata Hari tiveram um ressurgimento reforçado com uma aura de algum lendário miticismo que ao longo do tempo foi aproveitado sobretudo pelo cinema (encarnada por figuras como Greta Garbo e num registo mais audaz,  Sylvia Kristel) e também pela  televisão.

Um pouco pelos factos reais e um muito pelo que a partir deles se especulou e inventou, Mata Hari tornou-se numa figura do início do séc. XX que de algum modo está presente no nosso imaginário como uma mulher bela e carismática, até fatal. Infelizmente, num contexto movediço, a fatalidade sobrou para ela e foi atraiçoada pelo destino que escolheu e assim desapareceu fisicamente com o seu belo peito, que tanta sensualidade espalhou, crivado de balas.

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