Oliva - Postais de trajes típicos - Laura Costa

A empresa Oliveira, Filhos & Cª. Ldª, fundada em 1925, com sede em S. João da Madeira, entre diversos artigos metalúrgicos, alfaias e ferramentas, tornou-se conhecida sobretudo devido às máquinas de costura com a marca OLIVA que rivalizava com a não menos popular marca SINGER.
Pelo final dos anos 70, com o patrocínio da OLIVA, então ainda muito popular, foi editada uma colecção de postais com a temática de trajes típicos portugueses femininos. 

São 16 postais, com as dimensões de 15 x 10,50 cm com ilustrações de Laura Costa  (Vitória, Porto, 1910-Porto, 1992), de quem já temos falado. De resto esta artista portuense em muitas das suas ilustrações, sobretudo dos anos 40 e 50, caracterizava com frequência o tipicalismo dos trajes portugueses.
Esta série de postais, objecto de interesse de muitos coleccionadores, retrata as seguintes regiões portuguesas, insulares e ultramarinas: Açores, África, Algarve, Alto Alentejo, Baixo Alentejo, Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral, Douro Litoral, Estremadura, Índia, Macau, Madeira, Minho, Ribatejo e Trás-os-Montes e Alto Douro.

















Sobre a OLIVA:

Oliva. O império do ferro

Em 1925, António José Pinto de Oliveira fundou a empresa Oliveira, Filhos & Cª. Ldª dedicando-se a criar um verdadeiro Império do Ferro que produziu os mais diversos produtos metalúrgicos, nomeadamente, alfaias agrícolas, forjas portáteis, equipamento para a indústria da chapelaria, máquinas de costura, tubos para canalizações, fogões em ferro fundido, ferros de engomar, autoclismos, prensas para bagaço, máquinas para padarias, radiadores e salamandras, equipamento para lavandarias industriais, tornos de bancada, banheiras e lavatórios colectivos, motores de explosão de pequena cilindrada, entre muitos outros.

Homem de grande visão estratégia, António José Pinto de Oliveira irá apostar na sólida formação dos seus quadros, numa política de bons salários acompanhada de interessantes estratégias de utilização eficiente da mão-de-obra e na racionalização do espaço da fábrica, quer do ponto de vista arquitectónico, quer do ponto de vista do layout das secções.

A empresa tornou-se verdadeiramente conhecida, em Portugal e no estrangeiro, através da máquina de costura OLIVA e de um arrojado plano de comercialização através do qual foram criados centenas de pontos de venda no País e nas ex-colónias portuguesas, todos eles devidamente sinalizados com grandes e luminosos reclamos publicitários da marca.

Paralelamente foi desenhado um plano de propaganda, objectivamente dirigido ao segmento de mercado das máquinas de costura, o feminino, que instituiu em todos os agentes a realização de cursos de corte, costura e bordados. Os cursos terminavam com uma festa de encerramento durante a qual eram entregues os diplomas às alunas finalistas e era realizada uma exposição dos trabalhos.

Simultaneamente, a empresa promove o concurso de “Vestidos de Chita” e o célebre concurso anual para eleição da “Miss Oliva”.
Complementarmente é implementada uma grande campanha de propaganda, que vai da imprensa à rádio e mais tarde à televisão, fazendo ocupar a comunicação social com anúncios publicitários de grande qualidade gráfica.
Em todas as cidades do País encontravam-se cartazes afixados nas paredes.
São também criadas duas marchas, gravadas em disco, que eram oferecidas aos compradores das máquinas de costura e a empresa realiza publicidade cinematográfica nos filmes “A costureirinha da Sé” e “Sonhar é fácil”.
Outra preocupação foi a de garantir a presença da empresa nas principais feiras e exposições industriais realizadas a nível nacional e internacional.

A Fábrica Oliva é um ícone incontornável na história industrial portuguesa, e assumiu durante largo período uma acção preponderante na afirmação e desenvolvimento sócio-económico de S. João da Madeira.

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