A "francesinha"


A "francesinha", uma espécie de sande ou sandwinch servida num prato, envolta em molho atomatado, para comer de faca e garfo, é por demais conhecida, e já não só no Porto ou em Portugal, pelo que quase dispensa apresentações. No estrangeiro os sítios de referência de viagens e locais têm falado dela a ponto de ser incontornável para quem visita o nosso país e sobretudo a região do Porto.

A sua história ou origens estão mais ou menos identificadas e localizadas na cidade do Porto e temporalmente aos anos 50. 
Independentemente do rigor das histórias à volta da sua história, e nestas coisas há sempre a tendência ou tentação de muitos pretenderem ser o pai da criança, certo é que este já típico prato nortenho e português, com projecção além fronteiras, tem conhecido muitas variações, tanto ao nível dos ingredientes base como na forma de ser confeccionada e mesmo servida. E há versões para todos os gostos. No entanto, apesar dessas diferenças, é mais ou menos de consenso geral que os ingredientes principais são a carne, de bovino ou porco, disposta entre fatias de pão de forma e com camadas de linguiça, fiambre, salsichas e revestidas com queijo e encimada por um ovo estrelado e acompanhadass por batatas fritas em palitos e na bebida, preferencialmente por canecas de cerveja. E, claro, uma vez montada no centro do prato largo e fundo, regada com o fundamental e indispensável molho, de resto o elemento realmente diferenciador, já que a forma de ser confeccionado e a panóplia de ingredientes que suportará ( e são muitos) fazem toda a diferença e dão motivos à guarda de segredos de tais receitas melhor conseguidas e popularizadas. Há, pois, estabelecimentos cuja preferência dos clientes reside precisamente nas características do molho servido, seja ele mais aveludado, consistente ou aguado, picante ou não.

A "francesinha", por tudo isso e pelas já algumas décadas de história, faz parte legítima do nosso património gastronómico. Por conseguinte, são já muitas as memórias de outros tempos relacionadas a este prato calórico e reconfortante e quase todos terão histórias para contar.

Numa simples homenagem a este tradicional prato, deixamos aqui esta memória acompanhada por uma ilustração de nossa autoria.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Comunhão Solene ou Profissão de Fé

Revista GINA

Una, duna, tena, catena...

Pub-CF