José Mestre Baptista - Cavalos e touros

 


Passam hoje 36 anos sobre a data de falecimento de José Mestre Baptista ((Reguengos de Monsaraz, 30 de Maio de 1940 — Zafra, Espanha, 17 de fevereiro de 1985).

Foi um popular cavaleiro tauromáquico português e pelas idas décadas de 1960 e 1970 era uma espécie de Eusébio das arenas e granjeava fama e admiração junto dos aficionados ou meros espectadores.

Não sou, de todo, aficionado pelas touradas, e creio que já não têm lugar nos tempos que correm, porque  de uma injustificada e gratuita brutalidade sobre animais, como mero espectáculo e entretenimento. São outros tempos em que certas tradições, mesmo que com fortes raízes culturais e sociais, baseadas na violência e maus tratos urgem mudar, mas em todo o caso, no contexto das touradas em Portugal, por esses tempos, o José Mestre Baptista era de facto figura de cartaz e faz parte da memória colectiva dos portugueses, aficcionados ou não. 

Muito do povo, entregue à exclusividade e novidade da televisão a preto e branco, não via as cores garridas das indumentárias oitocentistas dos cavaleiros nem das jaquetas e barretes de forcados, nem do encarnado sangue do animal ferido à bruta, mas aplaudia a mestria e harmonia do homem e do cavalo e do seu momento de glória na volta à arena, de tricórnio na mão, recolhendo flores do chão ensanguentado.

É sabido que a questão das touradas é um assunto ainda muito polémico com acérrimos defensores a favor e contra, mas não é o que, por aqui e por ora, se pretende esgrimir. 

Fica a memória e a evocação desta indelével figura da tauromaquia em Portugal.

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