Lusiteca - Pastilhas elásticas Gorila e cromos de aeronáutica



Com muito tempo de atraso, confessemos, hoje trazemos à memória a Lusiteca e os seus doces produtos, sobretudo as já emblemáticas pastilhas elásticas Gorila.

Rezam as crónicas que a Lusiteca nasceu em 15 de Janeiro de 1969, então com o nome de Transformação e Embalagem de Produtos Alimentares, SARL, pela mão de três empresários vindos da indústria alimentar – de áreas como o café e o bacalhau. Os três criaram então uma empresa de embalamento, no mesmo sítio onde hoje mora a fábrica da Gorila, em Algueirão – Mem Martins. Com a evolução do mercado, o negócio passou a envolver também a produção de guloseimas no que se tornou de facto a principal actividade até aos nossos dias.

Em 1970 é criada a marca Penha, associada a caramelos de nata.

Em 1971 são criadas as pastilhas elásticas Gorila, com sabor original, que ao logo dos anos seguintes tornou-se, porventura, no produto mais popular e emblemático da Lusiteca.

Em 1973 são lançados os caramelos de fruta e chupas e em 1975 as Gorila têm uma versão em sabor de banana.

Em 1979 a marca lança uma extensa colecção de cromos associada às Gorila, sobre a temática da aeronáutica, com desenhos a preto-branco de aviões, helicópteros e outros ojectos voadores. 

Em 1981 as Gorila adquirem o sabor a morango com a denominação Super Gorila.

Em 1983 são lançados no mercado os caramelos de fruta coma  etiqueta Circo. 

Em 1986 novo sabor para as pastilhas elásticas Gorila, desta vez a laranja.

Em 1988 a Lusiteca inicia a exportação para os seus produtos e logo depois, em, 1990 obtém a certificação ISO22000.

Em 2012 a marca faz o rebrandig (alteração da imagem dos produtos) e no ano seguinte, 2013 são criadas as Gorila Go Up, sem açúcar e sabor a menta, entrando na moda das reduções e nos anos seguintes novas variantes na senda do sem açúcar.

Em 2018 a marca celebrou meio século a adoçar a boca aos consumidores e lançou os rebuçados Penha com alteia e mel, como peitorais, numa clara concorrência à popularidade dos rebuçados Dr. Bayard.

Seguiram-se os Penha com sabor a café e com recheio de chocolate.

Retomando o assunto dos cromos aeronáuticos das pastilhas Gorila, era de facto uma extensa colecção, anunciada como tendo 809 números divididos por sete parâmetros, mas que na realidade deles terão sido apenas impressos 407, já que da colecção original inglesa a Lusiteca, por motivos nunca devidamente explicados, não terá recebido a totalidade das chapas de impressão. Não sabemos se por acordo ou se por incumprimento dele.

Para além do inusitado número de cromos, mesmo com a tal supressão de parte da séria, a colecção é muito interessante e cultural sendo que pecava por não ter a caderneta onde os colar. Mas havia a possibilidade de troca da série da II Guerra Mundial (cromos 366 a 624) por um álbum colorido com os respectivos aviões. Por tudo e até mesmo por estes contornos enigmáticos, tornou-se, de facto, numa colecção popular e emblemática e ainda hoje detida por muitos.

Pessoalmente tenho centenas destes cromos, sendo que em rigor nunca tive tempo para ordenar a colecção a ponto de saber quantos tenho, incluindo repetidos, e quantos faltam. Um dia destes...

Comentários

  1. Lembro-me do aparecimento das gorila em 71 (tinha14 anos) e mais tarde fui trabalhar para uma grande editora muito próxima da fábrica da Lusiteca. Recordo-me também da campanha de lançamento dos caramelos Circo da autoria do designer suíço Stephen Onken fixado em Sintra.

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