Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Alimentação

Broa de milho

Imagem
Hoje em dia o pão chega-nos fresco logo pela manhã, distribuído pelo padeiro da zona ou adquirido em qualquer estabelecimento de produtos alimentares. Faz habitualmente parte das nossas refeições, mas é consumido de forma automática, sem sequer percebermos toda a lida que esteve por trás da sua confecção, ainda que em padarias modernas e automatizadas. Mas nem sempre foi assim. Noutros tempos, principalmente em ambientes de aldeia, o pão para consumo durante a semana era confeccionado e cozido na própria casa. Reavivando as memórias do meu tempo de criança, recordo que em casa dos meus pais, a exemplo de muitas outras famílias, existia o tradicional forno onde semanalmente, todas as quartas-feiras, a minha mãe reservava a parte da manhã para cozer o pão. Para isso existia um móvel em madeira, designado de masseira, onde a farinha misturada com a água era amassada à força de braços e mãos.     Como era tradicional na minha região, era utilizada princi

Margarina Planta

Imagem
  Série de três cartazes publicitários à margarina Planta, publicados em 1966 e 1967 e um vídeo no Youtube a condizer. Para os cozinhados, as donas-de-casa preferiam a margarina Vaqueiro , mas para barrar o pão, logo pela manhã ou como lanche vespertino, a Planta era de facto a gordura preferida. O paladar da Planta era assim apregoado como “para pessoas de bom gosto”. Era considerada “a mais saborosa”, “a mais pura” e “a mais fresca”. Podia ser tudo isso, mas na verdade nunca fui grande apreciador destas gorduras. Quando muito, preferia uma semelhante, mas que considerava mais apetitosa, a Alpina; Mesmo hoje, raramente como Planta, e apenas ao pequeno almoço quando durmo fora, barrando o pão com aquelas pequeninas embalagens individuais, quase sempre misturadas com comptas e pattés. Nos meus tempos de criança e adolescente preferia os clássicos cremes de chocolate, como a Tulicreme . Seja como for, a Planta tem o mérito de ser uma clássica marca e um clássico pr

Royco – Caldos, sopas e birras de crianças

Imagem
  Cartaz publicitário de Junho de 1967 aos produtos Royco , marca que aqui já falamos. Nesta cartaz é feita publicidade aos caldos ou canja de galinha. Apesar de se apregoar que a coisa é boa, a criança, como todas as crianças, está a fazer uma careta de quem não está a apreciar muito. Noutros tempos como na actualidade, continua a ser um frete fazer com que as crianças gostem e comam sopa. De um modo geral é sempre uma dificuldade com que qualquer mãe se depara na hora das refeições. Mesmo noutros tempos, em que as lambarices não abundavam e por vezes a fome batia à porta e ao estômago, já as coisas eram difíceis. Daí que as mães, quase sempre, e os pais, raramente, lá tentavam de tudo para fazer com que os petizes papassem a sopa. Desde os incentivos, os miminhos, as brincadeiras e as festas para distraír e levar a criançada a abrir a boca e a engolir, ou então com promessas de coisas do interesse dos miúdos até aos castigos quando se perdia a paciência, todos nós temos as

Gelado TIGRE, da Olá

Imagem
  Depois do cartaz publicitário ao saudoso gelado SPLIT , da Olá, deixamos outro não menos carismático, o Tigre, um gelado dos anos com “garra” onde se combinavam os sabores a laranja e chocolate. Creio que este gelado, que conheci nos anos 80, já não se comercializa o que o torna um produto mais nostálgico. * * *

Toddy pronto – Já está!

Imagem
    Depois do Nesquik, voltamos a relembrar o Toddy , num cartaz publicitário dos anos 80. Toda a magia do produto e da sua relação com a criançada está patente neste cartaz. * * *

Leite sim, mas com Nesquik

Imagem
O Nesquik da Nestlé sempre foi um produto muito apreciado. Simples ou com leite, quente ou frio, era uma deliciosa maravilha, principalmente nos tempos frios. Fica aqui a recordação de um cartaz publicitário do princípio dos anos 80. Hoje em dia continua a ser comercializado e com o mesmo sucesso de sempre, mesmo assim sem fazer esquecer o saudoso Toddy .

Refrescos Tang – Refrescos Royal

Imagem
  Por estes dias de calor, lá em casa têm-se experimentado as saquetas de pó TANG com sumo de laranja desidratado e de outros sabores, como morango, ananás, pêssego e maracujá. Pela reacção dos miúdos, a qualidade, boa ou má, não difere da dos refrigerantes adquiridos em garrafa, seja Sumol, Frisumo ou outros semelhantes. Mesmo não sendo regra quanto ao consumo destas bebidas na casa, a verdade é que o preço final sai mais em conta, principalmente como solução em ajuntamentos de família onde as muitas crianças bebem que se fartam. O pó de cada saqueta de TANG é recomendado para 1 litro de refrigerante e equivale a 21 kcal. Comporta vitaminas A, B2, C e ácido fólico. Para já, com esta situação, voltei a trazer à memória os antigos refrescos Royal e o artigo que fiz aqui há pouco mais de um ano. Voltei a recordar os meus tempos de criança e as quentes tardes de Verão refrescadas com Royal, quer em bebida, quer nos gelados que fazíamos. Era caso para se dizer que apetecia ter se

Gelatina Royal - Quem não gosta?...

Imagem
  Já tive a oportunidade de falar nesta espaço dos famosos refrescos em pó Royal . Hoje recordo outro produto Royal, as famosas gelatinas, tão do agrado das crianças como dos adultos. Este cartaz publicitário dos anos 60, para além de publicitar os 6 sabores disponíveis na altura (ananás, pêssego, tutti-fruti, laranja, morango e cereja), fala-nos de um livro que era oferecido, o qual continha receitas com gelatina e ainda desenhos para os miúdos colorirem. Recordo-me de ter um livro destes. Infelizmente perdeu-se. Apesar de tudo, confesso, nunca gostei particularmente de galatina pelo que do produto apenas me fascinavam as suas cores brilhantes e o aspecto de borracha transparente, sempre a tremer. Este pouco gosto pela gelatina não se transmitiu aos meus filhos já que são gulosos por esta sobremesa, preferindo sobretudo a de morango. É claro que nos anos 60 a gelatina eram já um produto muito popular, pela facilidade de preparação e até porque tinha um preço acessível. To

Sardinhas salgadas

Imagem
Quem não gosta de sardinhas? Assadas, cozidas, fritas ou de conserva em óleo ou tomatada, creio que quase toda a gente gosta. Hoje em dia a sardinha é quase um alimento de luxo, pelo alto preço a que é vendida. Então em época das festas populares, nomeadamente pelo S. João, o preço é deveras exorbitante, mesmo com o abastecimento da sardinha espanhola (que dizem de inferior qualidade relativamente à pescada na nossa costa). Neste contexto, guardo algumas memórias e recordações à volta das sardinhas e da sua importância na alimentação das pessoas. Noutros tempos, noutras épocas, a sardinha era o bife dos pobres, principalmente do povo da aldeia, dos lavradores. Duas batatas cozidas, um monte de couves e uma sardinha assada ou cozida, era um prato muito generalizado, mas mesmo assim com algum requinte, pois mesmo a um preço acessível, nessa altura (anos 60 e 70), a sua compra frequente não estava ao alcance da maioria do povo. Recordo-me perfeitamente do tempo em

Biscoitos de champanhe

Imagem
  Tempos houve em que certos produtos eram especiais porque se confinavam a uma específica região ou apenas se consumiam numa determinada época ou quadra festiva. Por exemplo, as rabanadas e as filhoses no Natal, as amêndoas e pão-de-ló pela Páscoa, a orelheira pelo Entrudo ou Carnaval, etc. Outros exemplos poderiam aqui ser dados. Com a globalização, essa coisa fantástica que aproxima as pessoas e o mundo e simultaneamente as afasta, a indústria e o comércio começaram a generalizar o fabrico e venda de diversos produtos e artigos ao longo do ano, anteriormente confinados às tais épocas festivas determinadas pelo calendário, quase sempre com uma forte substância religiosa mas também profana. Por conseguinte, hoje come-se rabanadas, pão-de-ló e amêndoas em qualquer ocasião e em qualquer altura do ano. Não admira, pois, que assim se tenha perdido a magia de muitas coisas, diluído os sabores e desvanecidos os aromas. Creio que os meus queridos leitores compreendem isto. Dentro

Pub-CF