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25 de Abril de 1974 - 35 liberdades depois

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  Recordo-me bem do dia 25 de Abril de 1974. Recordo-o sobretudo porque nessa tarde fomos mandados da escola para casa. Depois, durante o resto do dia, a televisão em constantes transmissões, onde sobretudo se via gente, muita gente na rua, misturada com soldados. No imediato, no meu mundo de criança, não me apercebi da verdadeira dimensão do acontecimento, das suas origens e dos seus objectivos. Confesso que em todo esse período nunca tive noção do regime político em que o país estava mergulhado. Lembro-me, apenas, creio que pela segunda-classe, de um qualquer colega de carteira ter dito no recreio que quem falasse do Caetano seria preso. Veio-me logo à ideia o Sr. Caetano, um nosso vizinho, lavrador abastado e barrigudo. Seria esse o Caetano? Durante mais alguns anos pensei que sim pelo que quando calhava em cruzar com o homem, todo eu era educação e respeito, não fosse mandar-me prender. Bom...o certo é que pelos anos seguintes fui tomando a natural noção do significado da

25 de Abril - Comunidades Portuguesas

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Passados alguns poucos meses e e assente algum pó após a revolução de 25 de Abril de 1974, em 21 de Outubro de 1974 a Secretaria de Estado da Emigração lança a revista "25 de Abril - Comunidades Portuguesas". Tinha definida uma periodicidade mensal mas ao longo dos seus 44 números, até Fevereiro de 1980, várias edições  abarcaram dois meses. Teve como directores Amândio da Conceição Silva, José Cardoso e Manuel Árias. Graficamente a revista teve três diferentes séries. O objectivo dessa publicação está expressa no editorial que abaixo se transcreve. Percebe-se pela sua leitura e análise que o conteúdo reflectia o momento político e de um modo geral tinha uma orientação muito marcadamente de esquerda. Veja-se, como exemplo, a imagem acima com a capa alusiva a eleições livres em que o símbolo do PCP aparece sobre os demais. Sendo direccionada à comunidade emigrante, era por conseguinte distribuída em alguns países europeus, nomeadamente na França, mas em rigor desconhecemos o a

25 de Abril de 1974 – 38 anos depois

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    Tópicos relacionados:   25 de Abril de 1974 - 35 liberdades depois - Santa Nostalgia 25 de Abril de 1974 – Ainda… - Santa Nostalgia 25 de Abril de 1974 – Reaprender a Liberdade - Santa Nostalgia Salgueiro Maia - Santa Nostalgia

25 de Abril de 1974 – Reaprender a Liberdade

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  Trinta e sete anos depois da data da revolução de 25 de Abril de 1974, continuamos na mesma pequenez e dependência de políticos e governantes incapazes. Os valores de Abril continuam a ser evocados como banalidades de ocasião, como balões e confetis numa qualquer festa de aniversário, mas no essencial, aparte um progresso que se obteve mas que nos endividou, porque alicerçado sempre acima das nossas reais possibilidades, porque temos casa, carro, televisão e sofás que somos incapazes de pagar ao Banco, continuamos numa ditadura da incerteza do futuro imediato, numa ditadura da insegurança, numa ditadura do desemprego, num faz de conta que vivemos à grande e à francesa com o dinheiro dos outros. É certo que agora podemos pensar, exprimir e reclamar, no que se chama de exercício da Liberdade, mas, verdade se diga, já de pouco nos serve, porque são moucos os ouvidos daqueles que nos deviam escutar. Como agravante de tudo, se noutros tempos éramos quase todos inocentes e vítimas d

25 de Abril de 1974 – Ainda…

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  Ainda a propósito do artigo sobre o 25 de Abril de 1974 , fiz na altura uma série de simples ilustrações comemorativas, das quais algumas publiquei. Uma vez que algumas sobraram, a título de aproveitamento, deixo-as nest post, para a posteridade, até porque o verdadeiro espírito de Abril deve ser lembrado, Sempre! (clicar para ampliar)   *****SN*****

Ponte Salazar – Ponte 25 de Abril

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  imagem-fonte: link Passam hoje 47 anos (6 de Agosto de 1966) sobre o dia da inauguração da emblemática Ponte Sobre o Tejo, não oficial mas popularizada com a designação de Ponte Salazar, ligando as margens norte (Lisboa) e sul (Almada). O nome foi rebaptizado para Ponte 25 de Abril, logo após a revolução dessa data em 1974. Poder-se-ía perfeitamente ter mantido o nome oficial (Ponte Sobre o Rio Tejo) mas o exacerbismo pós-revolução assim o ditou numa tentativa de reescrever a História. A ponte sobre o rio Tejo será porventura um dos elementos arquitectónicos, em certa medida já um monumento, mais conhecidos de Lisboa e de Portugal, logo um dos mais fotografados, sobretudo com Almada e o monumento ao Cristo Rei como cenário numa das margens. Ironicamente, num período em que se acusava Portugal e o seu regime como sub-desenvolvido e atrasado face à Europa, a ponte surgiu como elemento tão necessário quanto emblemático, como que a desmentir os acusadores da incapacidade do

Anos 70 - Programação RTP

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  A título de curiosidade, vejamos a programação da RTP para o dia 28 de Abril de 1974, um Domingo. Refira-se que ainda era no tempo do preto-e-branco e a data em causa é imediatamente a seguir à revolução do 25 de Abril de 1974. Trata-se de uma programação equlibrada, com assuntos para todos os gostos, desde a componente recreativa, informativa, cultural e desportiva. Hoje em dia, entre centenas de canais, contando com a televisão por cabo e satélite, e até por Internet, o problema é decidir qual o programa ou o canal, mas naquela  altura essa dificuldade não existia pois era "prato único". Palavras e conceitos como "zapping" estavam ainda por descobrir. Programação da RTP de Domingo, 28 de Abril de 1974 10:58 - Mira Técnica 11:00 - Automobilismo (Fórmula 1 - Directamente do circuito de Jarama - Espanha, com os pilotos Emmerson Fitipaldi, Clay Regazzoni, Nicky Lauda, Carlo Reutmann e outros) 12:30 - Missa de Domingo 13:10 - Automobilis

Diploma da 4.ª Classe

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Noutros tempos, o exame da quarta classe da escola primária era algo sério pelo rigor e disciplina que exigiam, a par das várias matérias e conhecimentos que abarcavam, que provavelmente hoje só se adquirem, e de forma muita relaxada, num nível do 9.º ano ou mais além. O exame regra geral consistia numa prova  escrita, com exercícios de língua portuguesa, com vocabulário, gramática e redacção, ainda aritmética, incluindo cálculo de fracções e geometria. Ainda a prova oral. Entre os anos de 1948 e 1956, apenas era obrigatória a frequência escolar até às três primeiras classes, para crianças entre os 7 e 12 anos, terminando esse ciclo com um exame, chamado de Primeiro Grau. A partir do ano de 1956 os rapazes passaram a ser obrigados a frequentar os quatro anos de ensino primário e instituiu-se o correspondente exame. A partir de 1960 a obrigatoriedade dos quatro anos estendeu-se também às raparigas, passando então apenas a existir um exame final para a conclusão do ensino elementar, vulg

Figuras & Figurões – Caderneta de cromos

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 Nos anos 70 (76/77), a empresa IMPRELIVRO - Imprensa e Livros, SARL, proprietária do jornal diário O PAÍS, promoveu um concurso designado "Figuras & Figurões". Para participar era necessário preencher uma caderneta com um conjunto de 36 cromos ou estampas, publicadas ao longo 12 semanas (entre 05 de Novembro de 1976 a 28 de Janeiro de 1977), nas páginas do respectivo jornal. Os cromos ou estampas tinham como tema caricaturas representativas de um conjunto de figuras públicas ligadas ao período do 25 de Abril de 1974. Cada estampa tinha ainda uma quadra cuja parte final, que correspondia ao nome da pessoa caricaturada, era necessário adivinhar e preencher, o que não era difícil já que para além da popularidade dessas figuras, o nome coincidia com a rima da quadra. Para validar a entrada no concurso tornava-se necessário entregar a caderneta devidamente preenchida, com as estampas coladas nos seus devidos lugares e devidamente completadas na tal questão da quadra. O

Banco Pinto & Sotto Mayor - Cartão de crédito, direitos da mulher e o encanto discreto...

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  Cartazes publicitários do ano de 1974 ao cartão de crédito do Banco Pinto & Sotto Mayor. As origens do Banco Pinto & Sotto Mayor remontam à casa bancária Pinto & Sotto Mayor, criada em 30 de junho de 1914, por Cândido Sotto Mayor Júnior e António Vieira Pinto. Na altura tomaram de trespasse o estabelecimento de câmbios e papéis de crédito de José Ferreira Chumbo. Com sede em Lisboa, na Rua do Comércio, a casa bancária tinha por objeto social o comércio de compra e venda de papéis de crédito, moedas e as demais transações inerentes ao ramo bancário. O capital social da firma era de 30 contos. Em 1925, procurando fortalecer o negócio, o pacto social é alterado e são admitidos novos sócios na instituição, 25 em nome individual e 2 instituições de crédito: o Banco Português do Brasil e o Banco Comercial do Rio de Janeiro. De referir as fortes ligações que havia entre a casa comercial e o Brasil, através da pessoa de Cândido Sotto Mayor, pai do fundador da casa Pinto & Sot

Colecção Educativa

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  A Colecção Educativa, foi um projecto editorial do Ministério da Educação Nacional - Direcção Geral da Educação Permanente, no tempo do Estado Novo, cujos livros, sensivelmente em formato de bolso (110 x 165 mm) foram publicados a partir dos anos 50 até meados dos anos 70, alguns impressos mesmo já depois da revolução de 25 de Abril de 1974. Fazia parte do chamado Plano de Educação Popular e a diversidade e profundidade dos temas tanto cabiam no interesse educacional dos alunos da escolaridade primária como à formação e cursos de e para adultos. Os autores eram reconhecidos como competentes técnicos ou especialistas nas diferentes áreas temáticas abordadas, no que conferiam aos diversos títulos garantias de qualidade embora se procurasse quase sempre uma linguagem ou abordagem menos erudita por isso de fácil compreensão. Muitos profissionais estiveram assim envolvidos nesta colecção, desde os autores aos ilustradores e empresas gráficas e de impressão. A colecção é composta por

Pub-CF