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As Casas do Povo

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  As casas do Povo, desde a sua criação no início dos anos 30, foram cumprindo a missão e os objectivos inerentes à sua actividade, nomeadamente a cooperação social e melhoria das condições sociais, principalmente vocacionadas para as classes baixas, profundamente ligadas a actividades de subsistência como a agricultura. Outros objectivos eram marcadamente doutrinários como alguns aspectos ligados à defesa das terras e valores morais ligados ao espírito do mundo rural, que sempre foram uma marca do Estado Novo. Com o 25 de Abril de 1974, registaram-se profundas mudanças mas no essencial mantiveram-se os pressupostos de cooperação social. Actualmente, com as consecutivas alterações legais e com a Segurança Social implementada e generalizada, as Casas do Povo perderam muita da sua importância mas mesmo assim continuam a ser entidades que nalgumas terras desenvolvem notáveis actividades nas áreas social, cultural e desportiva. Ainda hoje, ao fim-de-semana, costumo praticar futeb

Jorge Jesus, o futebolista

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Depois de toda a novela à volta da contratação ao S.C. Braga do treinador Jorge Jesus, pelo Benfica, afinal mais uma de muitas do futebol português, Jorge Jesus, o designado "mestre da táctica" já está a trabalhar ao serviço do Glorioso. Esta carismática figura do futebol português tem-se distinguido como treinador de um já vasto leque de equipas. Jorge Jesus, teve, no entanto, uma relativa larga carreira e experiência como jogador de futebol, no lugar de médio, predominantemente na posição direita. Curiosamente, num dos cromos abaixo representados ao serviço do Riopele, é indicado como avançado. Quem o viu nos relvados, diz ter sido um jogador como centenas de outros, mediano quanto baste, mas a ter em conta alguns dos clubes por onde passou, nomeadamente o Sporting, o Belenenses, o Vitória de Setúbal e U. de Leiria, deduz-se que não terá sido assim tão vulgar, correspondendo a outras apreciações que o consideravam um jogador discreto, é certo, mas com boa qualidade téc

José Galvão – Comentador de peso

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Nos anos 70 e creio que ainda pelos 80s, recordo-me de José Galvão, um carismático apresentador/comentador da RTP em eventos desportivos ligados ao atletismo. José Galvão tinha sido atleta do S.L. Benfica, especialista na modalidade de lançamento de peso.  Recordo-o, sobretudo, pelo seu porte atlético, encorpado, pelo seu ar de bonacheirão, careca e de óculos de aros grossos, figura típica do bom-gigante. Recordo-o desde os Jogos Olímpicos de Montreal - Canadá, em 1976, na tal edição em que o nosso Carlos Lopes perdeu a medalha na prova dos 10.000 metros para o finlandês-voador, Lass Viren ( que de resto havia vencido as provas dos 5 e 10 mil metros na edição de 1972, em Munique - Alemanha, repetindo a dose em 1976). Infelizmente, as informações na Web sobre o José Galvão são quase inexistentes pelo que à falta de alguns dados biográficos e da sua carreira desportiva, fico-me por esta memória e por este cromo retirado da caderneta "Ases do Desporto", uma edição da Pa

Vestuário - roupas dos anos 60 - 11

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 Agora que já estamos em pleno Verão, onde as idas à praia tornam-se deveras apetecíveis, sabe bem recordar algum vestuário de criança dos anos 60, adequado a este tempo estival.

Gervásio – O Senhor Académica

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  O ex-vice-presidente e ex-jogador da Académica, Vasco Gervásio, faleceu sexta-feira aos 65 anos de idade, devido a doença prolongada. Vasco Gervásio fez 430 jogos pela "Briosa", sendo um dos jogadores com mais jogos disputados pela "Briosa". Para além de ter estado nas duas finais das Taças de Portugal, em 1967 e 1969, foi vice-presidente durante a presidência de João Moreno e presidente-adjunto da anterior direcção academista, liderada também pelo actual presidente José Eduardo Simões.   fonte: RTP Vasco Gervásio era natural da Malveira, onde nasceu a 05 de Dezembro de 1943. Foi médio e capitão da Académica nos anos 60 e 70, tendo disputado 430 jogos ao serviço da “Briosa”, sendo um dos jogadores com mais jogos pelos “estudantes”. Foi 284 vezes capitão da equipa, suplantando a marca de Mário Wilson, que capitaneou 207 vezes. Estreou-se a 30 de Setembro de 1962, num jogo com o Académico de Viseu e terminou a carreira a 17 de Junho de 1979 (

Os bois teimosos – Viagens pelos livros escolares - 13

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  (clicar nas imagens para ampliar)   Esta história do Manel Jeirinhas e os seus bois teimosos, como muitas outras que fazem parte do meu livro de leitura da terceira classe , remete-me frequentemente para os meus tempos de criança e para algumas situações então vividas. Os meus avõs paternos eram grandes lavradores da aldeia e por conseguinte o meu pai, mesmo depois de casar, seguiu no início a vida da agricultura, ou da lavoura como se dizia, dedicando-se a amanhar uma meia-dúzia de ribeiras e alguns pinhais, que lhe couberam em herança, tirando daí o parco sustento para a família. É claro que a lavoura nunca enriqueceu ninguém, tanto mais nessa época sem subsídios nem apoios estatais, pelo que quando os filhos começaram a aparecer e a crescer teve que arranjar um emprego fixo numa oficina, onde mesmo assim obtinha um magro salário, ficando a lavoura a cargo de minha mãe. No entanto, toda a família ajudava em todos os momentos que podia, quer nos tempos livres da

Figuras & Figurões – Caderneta de cromos

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 Nos anos 70 (76/77), a empresa IMPRELIVRO - Imprensa e Livros, SARL, proprietária do jornal diário O PAÍS, promoveu um concurso designado "Figuras & Figurões". Para participar era necessário preencher uma caderneta com um conjunto de 36 cromos ou estampas, publicadas ao longo 12 semanas (entre 05 de Novembro de 1976 a 28 de Janeiro de 1977), nas páginas do respectivo jornal. Os cromos ou estampas tinham como tema caricaturas representativas de um conjunto de figuras públicas ligadas ao período do 25 de Abril de 1974. Cada estampa tinha ainda uma quadra cuja parte final, que correspondia ao nome da pessoa caricaturada, era necessário adivinhar e preencher, o que não era difícil já que para além da popularidade dessas figuras, o nome coincidia com a rima da quadra. Para validar a entrada no concurso tornava-se necessário entregar a caderneta devidamente preenchida, com as estampas coladas nos seus devidos lugares e devidamente completadas na tal questão da quadra. O

Bernina – Máquina de costura

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As máquinas de costura sempre foram um equipamento desejado pelas donas-de-casa, quer como forma de minorizar os gastos domésticos, costurando e consertando as próprias roupas da família, de modo especial dos filhos, sempre prodigiosos na arte de romper e rasgar o vestuário, quer ainda, em muitos casos, como fonte extra de rendimentos, fazendo serviços de costura para fora. Nos anos 60 e 70, principalmente, era frequente as raparigas tirarem um curso de corte e costura, como forma de garantirem o seu futuro. Essa arte normalmente era ensinada por uma costureira profissional, a que se chamava de “mestra”. Nesse tempo, eram poucas as moças que seguiam os estudos no liceu e também eram escassos os empregos em fábricas, que aparecerem principalmente a partir dos anos 80. Nessa década, na minha zona, quase todas as raparigas empregavam-se em fábricas de calçado e de confecções, mas, até aí, prevaleciam as funções ligadas à casa e à agricultura. Neste contexto, nas décadas de 60 e

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