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A mostrar mensagens de maio, 2009

Maio - Mês das cerejas

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Em Portugal, Maio é considerado o mês das cerejas. É claro que mesmo Junho é ainda abundante, mas por tradição creio que o mês das flores merece essa distinção. As cerejas das fotos foram colhidas na cerejeira que mora no meu quintal, sendo que a maior parte está, inapelavelmente, destinada aos pássaros que por estes dias pousam abundantes e gulosos na cerejeira: Melros, pardais, rolas, poupas, gaios, pegas, piscos, verdelhões e outros mais. A passarada adora cerejas e com um manjar destes fazem autênticos festins (à minha custa, é certo, mas sobretudo da Natureza). As cerejas fazem-me transportar aos meus tempos de criança e adolescente e às enormes e frondosas cerejeiras que existiam na quinta dos meus avôs paternos. Por esta altura do ano, eu os meus irmãos e primos, frequente e destemidamente, trepávamos até ao alto, baloiçando nos ramos, colhendo e comendo. Eram autênticas barrigadas de cerejas, nas quentes tardes de Maio e Junho. Enfeitávamos as orelhas com os

Erva de S. Roberto – Serafim, torce, torce!

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 A Erva de S. Roberto é uma planta relativamente vulgar e que cresce espontaneamente por todo o país, de modo especial em campos, cômoros, muros de pedra e bermas de caminhos. É caracterizada pelos seus caules vermelhos, pequenas flores lilás e um aroma acre, forte e pouco agradável. Sendo bastante vulgar, é uma planta há muito conhecida pelas suas fantásticas propriedades medicinais, sendo indicada sobretudo para inflamações, problemas na boca, como aftas, úlceras, hemorragias, hemorróides, cálculo dos rins, nefrite, infecções ao nível dos olhos, gastrites e muitas outras.  Esta erva é por conseguinte muito abundante na minha aldeia e desde há muitos anos que conheço as suas propriedades e indicações. A Erva de S. Roberto, também conhecida por Bico-de-Cegonha (no Brasil) e Erva Roberta, entre outros nomes, estava sempre disponível na "farmácia da minha bisavó, profunda conhecedora de tudo quanto era erva medicinal. Colhia-a na fase madura, quando já tinha florido e as

Heróis e factos da nossa História – Raínha Santa Isabel

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  Isabel , princesa do reino de Aragão, nascida em 1271 em Saragoça, filha mais velha de Pedro III, casou a 11 de Fevereiro de 1288, com apenas 17 anos, por procuração, em Barcelona, com o nosso rei D. Dinis, o Lavrador. Isabel faleceu, em Estremoz, a 4 de Julho de 1336, depois de uma viúvez de 11 anos, já que D. Dinis faleceu em 1325, sucedendo-lhe no trono D.Afonso IV, cognominado de O Bravo. Está sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra. Devido à sua vida de oração, piedade e dedicação pelos pobres e desvalidos do reino, bem como às suas intervenções de pacificação entre as diversas disputas entre D. Dinis e seu filho D. Afonso e entre este e D. Afonso XI de castela, Isabel grangeou no seio do povo e até da nobreza a fama de santa pelo que veio a ser  beatificada em 1516 pelo Papa Leão X e canonizada pelo Papa Urbano VIII, em 1625, quase um século depois. À figura de Santa Isabel, ficou relecionado o célebre  "milagre das rosas", cuja história

Caderneta de cromos de caramelos – Caricaturas Desportivas – 40/41 – Confeitaria Universo

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  Trago hoje à memória a caderneta de cromos de caramelos intitulada "Caricaturas Desportivas Coloridas", uma edição da Confeitaria Universo. Esta caderneta tenho-a referenciada como sendo da época futebolística de 1940/1941, mas consultando a relação das equipas participantes nessa época verifica-se que não existe uma coincidência entre esta e as equipas representadas na colecção, o que, de resto, era uma situação normal das colecções de cromos de caramelos da época e até de anos posteriores. Efectivamente, na caderneta constam as seguintes 8 equipas: FC Porto, Benfica, Sporting, Belenenses, Académica de Coimbra, Carcavelinhos, Barreirense e Académico do Porto. Ora na relação das equipas participantes do campeonato dessa época, é coincidente o número de 8 participantes mas fazem parte as equipas do Boavista e do Unidos de Lisboa, que não constam na caderneta, no caso substituídas pelas do Carcavelinhos e  Académico do Porto. Desconhece-se, de todo, o critério subjacent

Vestuário - roupas dos anos 60 - 9

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 Aqui ficam mais alguns modelos de roupa característicos da década de 60, especialmente destinados a crianças, neste caso, meninas.

Vozes de animais – Viagens pelos livros escolares - 8

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  Do livro de leitura da terceira classe , recordamos a lição “ Vozes de animais ”. Esta lição é frequente em muitos livros de leitura do ensino primário, de diferentes décadas. Com ela aprendia-se a conhecer a designação das diferentes vozes dos animais mais conhecidos. Esta era sempre matéria que aparecia nas provas. Hoje em dia, parece-me que esta lição está arrumada dos manuais escolares pelo que não me surpreende que uma criança de 10 anos ou uma criançola de 15 ou mais, ignore que a raposa regougue, que os corvos crocitem ou que grunhem os porcos. Poderão até saber que o cavalo relincha e que cacareja a galinha, mas já se nos afigura mais difícil quanto ao tigre, à ovelha ou ao pombo. Actualmente este tipo de lições são consideradas conservadoras e até anacrónicas. Apregoa-se, positivamente, uma filosofia pelo respeito dos animais mas ignora-se uma fundamental parte cultural que lhes diz respeito. Esta situação nem surpreende: Uma parte substancial das nossas crianças cresc

Allo! Allo!

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  Há dias recordei aqui a série de TV "Os Anjos de Charlie", que passou na RTP no final dos anos 70, princípios de 80. Por uma feliz coincidência, a série em questão está a passar de novo na RTP Memória , diáriamente, por volta das 21:30 horas, logo a seguir à fantástica série "Allo!, Allo!", esta embora de exibição mais recente mas já uma nostalgia, que também está, ainda bem, a ser reposta. "Allo!, Allo!" é uma característica sitcom británica, transmitida originalmente pela BBC entre 1984 e 1992, composta por 85 episódios distribuidos por 9 temporadas. Entre nós passou inicialmente sensivelmente pela mesma época, conhecendo posteriores repetições, nomeadamente na RTP2, aos sábados à noite, inserida numa rubrica dedicada ao humor británico. A série reportava-se ao tempo da II Guerra Mundial, quando a França estava ocupada pelas tropas alemãs. O enredo decorria essencialmente num café típico de uma vila de província, Nouvion, pertencente a

Emblemas e distintivos de clubes - 11

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Sport Clube Olhanense Clube Desportivo Nacional da Madeira Clube Desportivo Montijo Centro Desportivo de Fátima

Caderneta de cromos – Azes do Foot-Ball – Chocolates Regina - 1930

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  Hoje trazemos à memória uma das mais antigas cadernetas de cromos (então designados de fotografias) de futebol, editada em 1930 pela Fábrica de Chocolates Regina, integrada no que seria designado por I Concurso dos Rebuçados Azes do Foot-Ball. A caderneta é composta por 12 equipas: Belenenses, Sporting, Benfica, Casa Pia, FC Barreirense, União Futebol Lisboa, VFC Setúbal, Lusitano FC (Vila Real de Santo António?), Carcavelinhos, Académica de Coimbra, FC Porto e Olhanense. Como se disse, esta colecção comportava um concurso que atribuía um total de 55 prémios, com uma grande variedade de artigos. O primeiro prémio era uma máquina de escrever portátil da marca UNDERWOOD, o segundo prémio, uma bicicleta e o terceiro prémio um gramofone, e por aí abaixo, incluindo produtos da própria Fábrica de Chocolates Regina. Ainda 1 camarote de 1ª no Coliseu dos Recreios, 1 camarote para o Cinema Olímpia, 1 par de botas de foot-ball, 5 Kg de "fino" bacalhau, 1 estojo para barba

Brindes dos detergentes

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  Já tivemos a oportunidade de relembrar aqui a marca de detergentes JUÁ , muito popular nos anos 60 e 70. Uma das características dessa marca, como aliás de outras congéneres, era a frequente oferta de brindes, alguns mais complexos, a exigir comparticipação do consumidor, mas outros totalmente de borla. Era o caso de uns pequenos bonecos plásticos em PVC, alguns, quase sempre, monocromáticos, mas outros pintados.    Dessa altura, ainda guardo alguns exemplares. Deixo, em baixo, uma curta amostra com brindes de uma colecção de animais, distribuídos com o detergente AZUR.    Acrescente-se que estes pequenos e simples brindes, tanto dos detergentes JUÁ, DET, AZUR e outros produtos populares nos anos 60 e 70, como os gelados RAJÁ e OLÁ, continuam a exercer um fascínio especial por parte de quem com eles conviveu, pelo que existem muitos coleccionadores e frequentemente aparecem em sítios de vendas e leilões, atingindo valores surpreendentes, dependendo, obviamnete,  da c

O lavrador da arada – Viagens pelos livros escolares - 7

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    Deixámos aqui mais uma das lições nostálgicas do livro de leitura da terceira classe , intitulada “O lavrador da arada”. Este poema cheguei-o a saber de cor, como muitos outros insertos nos livros de leitura do meu ensino primário. (clicar nas imagens para ampliar)   *****SN*****

Royco cup-a-soup – É do caneco…

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Quem já não ouviu falar das sopas instantâneas Royco? E Royco cup-a-soup? Creio que muita gente, até porque o vídeo publcitário ao produto, com o inconfundível Nuno Melo, tornou-se muito popular há uns anos atrás quando passou frequentemente na televisão. É certo, porém que a marca e o produto Royco, são bem mais antigos, com origem no princípio dos anos 50, em França, então apenas com sabor a galinha. Mais tarde foi alargando o leque de sabores, como carne de vaca e legumes e também sabores exôticos, característicos de países asiáticos, como a Índia. O conceito de então era o mesmo dos nossos dias, ou seja, sopas instantâneas a que basta juntar água e mexer. Não creio que entre nós se tenha tornado num produto muito popular, até porque quase não se vê nas prateleiras dos hipermercados mas há países que são fortes consumidores deste tipo de comida prática e rápida, nomeadamente os Estados Unidos. Veja-se que no cartaz publicitário de cima, de meados dos anos 60, os

Cerveja Cuca - Um prazer que pede bis...

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  Cartaz publicitário dos anos 60, da Cerveja Cuca . (clicar na imagem para ampliar)   *****SN*****

25 de Abril de 1974 – Ainda…

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  Ainda a propósito do artigo sobre o 25 de Abril de 1974 , fiz na altura uma série de simples ilustrações comemorativas, das quais algumas publiquei. Uma vez que algumas sobraram, a título de aproveitamento, deixo-as nest post, para a posteridade, até porque o verdadeiro espírito de Abril deve ser lembrado, Sempre! (clicar para ampliar)   *****SN*****

Granizados Fá

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(clicar para ampliar) No início dos anos 80, estava na onda da criançada uma lambarice chamada Granizados Fá . Este produto existia em três diferentes tamanhos, numa espécie de saquetas plásticas, que tanto serviam para beber como para congelar no frigorífico e consumir como um gelados. Este produto, então muito anunciado na televisão e revistas, existia em cinco sabores a fruta: laranja, limão, morango, ananás e cola (coca-cola). Os Granizados Fá , para vencer as renitências dos consumidores mais desconfiados, era publicitado como sendo aconselhado pelo Instituto de Qualidade Alimentar. Seria? Inesquecível o slogan: “Fá é fabuloso, Fá é fenomenal!”. Ou então: "Se queres ser dos nossos, tens que ter um Fá. Fá é fabuloso, é o melhor que há!". Anos depois, por vicissitudes do mercado, desapareceram os Granizados Fá , para tristeza dos miúdos e para contentamento de quem criticava os aspectos negativos desse produto, repleto de corantes. No princípio dos

Vestuário - roupas dos anos 60 - 8

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 Mais alguns modelos de roupas para mulheres e crianças, considerados como modelos práticos e adequados, nos caso dos femininos, à fruição dos dias de sol. Já para as crianças, modelos de malha, recomendados para os tempos mais frescos.

Caderneta de cromos de caramelos - “Rebuçados Desportivos” – Confeitaria Universal – Época 38/39

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A caderneta de cromos "Rebuçados Desportivos", da Confeitaria Universo, de António E.Brito, que mais tarde deu origem à Universal, refere-se ao Campeonato de Futebol da 1ª Divisão, da época 38/39. Esta, como todas as colecçõs dos anos 30, será uma das mais antigas cadernetas de cromos de futebol. A caderneta integra 8 clubes, sendo que os cromos não representam jogadores na forma individual, mas a equipa no seu todo, em formação clássica, sendo por isso cromos do tipo puzzles (designados na caderneta por "pedaços"). Este expediente foi usado mais tarde noutras edições. Para além dos 12 cromos que constituiam cada equipa, com a particularidade dos cromos terem diferentes tamanhos, existia ainda o cromo do emblema que se colava na parte superior da equipa. Apesar disso, a equipa do Belenenses foge do esquema já que não é representada como equipa em formação clássica mas em jogadores individuais representados a meio-corpo em molduras ovais. Outra curiosidade d

Milo - Raparigas fortes e vigorosas...

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  Voltámos à publicidade nostálgica do produto MILO . Desta vez um cartaz do ano de 1964, transmitindo a ideia de que o MILO fazia as raparigas fortes e vigorosas. Seria? Bom, pelo menos gulososas e lambariqueiras, certamente, porque o MILO realmente era um achocolatado saboroso, de tomar e lamber os beiços. Hummmm....   *****SN*****

Coisas sentidas - 1

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  Eu sei. Eu sei que não sou poeta nem almejo a esse enlevado estado de alma, tão intrínseco dessas criativas criaturas, capazes de nos arrebatar a estados de sublimes emoções. Mas, pronto… por vezes, mesmo que a um simples mortal, surge om lampejo de sensibilidade, um raro vislumbre de sentimentos e a coisa dá para algo parecido com poesia, se calhar nem tanto no âmago mas pelo menos na forma. Sendo assim, e porque também importam em nostalgias, permitir-me-ão os meus visitantes, que de vez em quando por aqui rabisque alguns desses lamentos ou exaltações emocionais. Em suma, deixem-me tentar ser poeta, ainda que por efêmeros instantes. (clicar para ampliar)   Solidão Gosto da solidão da alma, Como da solidão dos montes, Planícies doces e vagas. Gosto dessa paz, dessa calma, Do suave cantar das fontes Do morno calor das fragas.   *****Santa Nostalgia*****

Crónica Feminina - Números 482, 483, 488, 489

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Nº 482 - 17 de Fevereiro de 1966 Nº 483 - 24 de Fevereiro de 1966 Nº 488 - 31 de Março de 1966 Nº 489 - 7 de Abril de 1966 Aqui ficam mais quatro capas da revista " Crónica Feminina ", de meados dos anos 60. Comparativamente com as revistas actuais, atente-se na simplicidade dos temas de capa, onde as crianças e as noivas tinham lugar de preferência. Os títulos ou manchetes  são inexistentes, tendência que se alterou ligeiramente nas edições dos anos 80.

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