O casamento real e outras Histórias

casamento de carlos e diana

Passam hoje 28 anos (29 de Julho de 1981) sobre a data do casamento real entre Carlos, o Príncipe de Gales, o eterno herdeiro do trono de Inglaterra e Lady Diana Frances Spencer.
A história dessa cerimónia, então televisionada para uma plateia superior a 750 milhoes de pessoas de todo o mundo, é por demais conhecida. Igualmente conhecida, popularizada e explorada, foram todos os momentos da vida do casal até ao divórcio real e depois até ao trágico acidente que vitimou mortalmente Diana.

Recordo-me bem da transmissão televisiva do casamento, que vi a espaços, mas realmente foi um assunto que nunca me absorveu a não ser o questionar do porquê de um tipo tão feio e com aspecto de poder ser o pai da noiva, ter casado com uma princesa bonita e de olhos tão profundos quanto o desmesurado comprimento do véu do seu vestido.

reis e rainhas de portugal

Da monarquia, apenas me interessava a portuguesa, devidamente aprendida na escola primária, num desfile de personagens carismáticos, desde o D. Afonso Henriques até ao D. Manuel II. Pelo meio e à mistura de todos os nomes, era imperioso decorar os cognomes, as dinastias a que pertenciam, os seus principais feitos na História, os nomes da filharada e seus sucessores. Talvez por isso, hoje tenho um bom espólio de livros de História do ensino primário, que frequentemente revejo.
Interessava-me, assim, mais pelas espadeiradas do D. Afonso IV, o Bravo e a justiça de D.Pedro, do que pelas batalhas entre os paparazzi e o casal-real de terras de Sua Majestade. Habituado a decorar datas e motivos das eternas batalhas entre portugueses e castelhanos, tenho para mim que nestes tempos modernos as grandes batalhas das poucas monarquias europeias são contra os exércitos dos tais paparazzi, uma versão moderna dos flecheiros ou seteiros da Idade Média, que por sua vez alimentam um sacro-império de senhores feudais que controlam as catapultas modernas, os media.

Outros tempos, outras Histórias, outras batalhas.

Comentários



  1. Ainda me lembro do 1º casamento, da irmã Ana em 14 de novembro de 1973.
    Estava no colégio e a tarde foi para assistir ao evento (isto deve-se provavelmente para além de serem outros os tempos também a velha aliança).
    Também assisti a este casamento.
    Numa época em que se já se dizia que o mundo era uma aldeia, nada comparável com as tecnologias de hoje.
    Esse enlace marcou uma época, e foi percussor mediaticamente na utilização dos mídia.
    Ao que se queria prever, não foi um conto de fadas.
    E não é por eu não ser monárquica. Mas a falta de inteligência ou a força das circunstâncias assim o obrigassem, dos dois protagonistas, tinham de lhe dar um final, que mais tarde se tornou trágico.
    Carlos, o Príncipe de Gales, sempre gostou da atual mulher.
    Diana Frances Spencer, era bonita porque também se “encadernava” bem, indo contra o mofo daquela Monarquia Britânica, mas embora parece-se ingénua e angelical. Era manipuladora e oportunista.
    Mas ficará sempre como um mito, naquela Monarquia podre e para muitos outros fora dela.

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