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A mostrar mensagens de setembro, 2009

Tales of the Wizard of Oz – O feiticeiro de Oz

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  Em 1973, no primeiro canal, aos sábados, logo a seguir ao almoço e depois com repetição no segundo canal da RTP, em UHF, por volta da 20:30 horas, passava uma série de desenhos animados designada de O Feiticeiro de OZ , no original Tales of the Wizard of Oz, uma produção da Crawley Films para a Videocrafts,  baseada no famoso livro de Lyman Frank Baum . Esta série foi criada em 1961, com um total de 200 episódios de cerca de 15 minutos cada. Nessa época, apesar de terem sido produzidos a cores, eram exibidos a preto-e-branco na RTP. Eu adorava ver esta simpática série, com as aventuras dos conhecidos amigos, como o Homem de Lata (Rusty Tin Man), o Homem de Palha (Socrates the Scarecrow), o Leão (Dandy Lion) e a malvada bruxa, com os seus feitiços e poções mágicas. Todavia,  nem sempre me era possível fazê-lo já que nessa altura tinha que ir a casa do meu avô, o único do lugar que tinha televisor. Mesmo assim consegui assistir a uma boa dose de episódios. Quanto aos que perdi,

Outono – Cores quentes e nostalgias

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Naquele que foi o meu livro de leitura da segunda classe , uma das características interessantes é que assinalava o começo das diversas estações do ano. Isso era feito com duas páginas ilustradas com as cores e elementos que caracterizavam cada uma dessas épocas do calendário do tempo. Tinha um bonito texto e uma música que se aprendia. Esse livro foi magnificamente ilustrado pela Maria Keil e pelo Luís Filipe Abreu, cujos estilos por vezes se confundem, mas creio que estas ilustrações a que me refiro são do pincel mágico do Luís. Assim, e porque já estamos neste pleno período, trago à memória as páginas correspondentes ao Outono, com as suas cores quentes e brilhantes e alguns frutos lembrando o tempo de colheitas das coisas amadurecidas pelo Verão. O Outono está fortemente associado ao tempo do início das aulas nos diferentes graus de ensino. Recuando no tempo e na minha memória, recordo-me do meu primeiro dia de escola e toda a expectativa e ansiedade que sentia, tanto n

Mafalda – 45 anos

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Mafalda , a personagem de Banda Desenhada que nasceu da criatividade do artista argentino Quino, faz hoje 45 anos. Mafalda começou por ser desenhada para um simples anúncio de electrodomésticos mas depressa passou para a Banda Desenhada. Esta menina com uma personalidade muito própria, com um olhar muito adulto sobre o mundo, rodeada de um grupo de amigos igualmente interessantes, depressa se tornou num êxito mundial e actualmente continua a ser muito popular. Dos livros passou também para o cinema de animação.

Caderneta de cromos de caramelos – ASES DAS MULTIDÕES – Universal – Época 55/56

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  Hoje trazemos à memória a caderneta de cromos de caramelos ASES DAS MULTIDÕES, uma edição da Universal referente à época futebolística de 55/56. A caderneta representa 16 equipas: Benfica, Sporting, Belenenses, FC Porto, SC Braga, Académica, Atlético, GD CUF, V. Setúbal, FC Barreirense, SC Covilhã, Lusitânio de Évora, Boavista, V. Guimarães, Torreense e Caldas SC. Convém salientar que destas 16 equipas o V. Guimarães e o Boavista não fizeram parte desse campeonato (então com 14 equipas), já que desceram na época anterior. Esta imprecisão no alinhamento das equipas, relativamente às participantes em cada época, era mais ou menos uma constante das colecções de cromos de então. Conveniências de ordem económica e logística, certamente. Cada um dos cromos individuais faziam parte de um puzzle que por sua vez constituía a equipa. Apesar deste conceito de estrutura gráfica não ser novidade, fugia, contudo, da norma tradicional de representação de jogadores de forma individual.

Páginas Amarelas – Vá pelos seus dedos

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Cartaz publicitário às PÁGINAS AMARELAS, publicado numa revista no ano de 1973. Veja o historial das Páginas Amarelas em Portugal, desde a data da sua fundação, em 1959, até aos dias de hoje, desde as primeiras impressões em papel até à entrada na Internet, oferecendo novas ferramentas e serviços. Durante muitos anos todos nós nos habituamos a ter em casa, ao lado do telefone, os calhamaços das Páginas Amarelas a par dos igualmente calhamaços das listas telefónicas. Para muitos era um bicho de sete cabeças tentar procurar um determinado número telefónico mas para outros era um sinal de destreza e rapidez. Como seria natural, ao longo dos tempos as Páginas Amarelas no seu conceito inicial foi perdendo fôlego e importância, nomeadamente pela redução dos telefones fixos e pela proliferação dos telemóveis. Em contrapartida, a empresa soube adaptar-se às novas realidades, integrando-se em tecnologias disponibilizadas pela Internet de modo a não perder o combóio da inovação, man

TV Gente – Gente da televisão na revista Tele Semana

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 Em 1973 a revista de televisão TELE SEMANA passou a ter uma rubrica, designada TV Gente, logo a abrir, na página 3, onde publicava uma espécie de cromos com personalidades ligadas à televisão da época. Os desenhos eram de Edmundo Tenreiro. Pessoalmente cheguei a juntar uns quantos mas, porque a revista era comprada ocasionalmente, fiquei sem saber que tempo durou a rubrica e quantos cromos foram publicados. Seja como for, recordo-me que na altura, sempre que podia, lá roubava o cromo às revistas que me paravam à mão, principalmente das que roubava às minhas primas. Aqui ficam alguns exemplos.

Uma família às direitas – All in the Family

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  Está  a passar na RTP Memória a fantástica série de TV “Uma família às direitas”, no original “All in the Family”. A série, norte-americana, foi exibida na CBS entre Janeiro de 1971 e Abril de 1979, ao longo de 9 temporadas, com um total de 209 episódios com cerca de meia hora cada, sempre com um êxito assinalável  e nos tops de audiências, sendo distinguida com vários prémios assim como os seus intervenientes. A série centra-se em histórias passadas no seio de uma típica família da classe média operária dos Estados Unidos, nos anos 70, num bairro da periferia de Nova Iorque. A série vive do humor fantástico resultante das acesas discussões de Archie Bunker (Carroll O'Connor), chefe da família, com o seu genro, Michael Stivic (Rob Reiner). A casmurrice preconceituosa e conservadora de Archie, esbarra constantemente no pensamento e atitudes liberais de  Michael, filho de emigrantes polacos. Acabam sempre por discutir conceitos e preconceitos passando pela política e pr

Air France – Os anos afinal passam para todos

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Cartaz publicitário de Setembro de 1969, por isso com 40 anos. Mais do que o anúncio aos voos da Air France, a companhia aérea francesa, bem como a promessa de “ uma chuva de estrelas a mil quilómetros à hora, na sala de espectáculos mais alta do mundo” , ou um “festival nas nuvens, com cinema a cores e música estereofónica” , este cartaz chama-me a atenção por outros motivos. Desde logo o belo sorriso da graciosa rapariga e o olhar para as nuvens do homem com perfil de Cavaco Silva; mas, acima, de tudo, um pouco à laia da Edith da série “Uma família às direitas”, no original “All in the Family”, fico a divagar, introspectivo, no que será hoje a mesma bonita jovem, com mais 40 anos em cima. Supondo que ali no cartaz terá uns 25 aninhos, será, pois, uma senhora já na idade da reforma, com 65 anos, sendo, possivelmente mãe e avó, quiçá, bisavó, Isto na suposição de que ainda será viva. Eu sei que este exercício comporta nostalgia, afinal faz-se juz ao nome do blogue, mas real

Crónica Feminina Nº 397 – Romy Schneider

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A capa da revista Crónica Feminina , edição Nº 397 de 2 de Julho de 1964 trazia a público a bela Romy Schneider , actriz austríaca, um dos belos rostos da sétima arte, então com 24 anos, já que nasceu em 23 de Setembro de 1938 (passam hoje 71 anos). Romy, que ficou popular pelo seu romance com o actor francês Alain Delon, teve uma vida de fama e tragédia, morrendo muito nova, com 43 anos (Paris, 29 de Maio de 1982), vítima de paragem cardíaca, num quadro de depressão depois do suicídio do seu primeiro marido (Harry Meyen) e da trágica morte de David, de 14 anos, filho de ambos. Romy Schneider participou num bom leque de filmes e por diversas vezes foi premiada e indicada como melhor actriz. Indissociável a sua participação como Sissi , com apenas 17 anos no papel da imperatriz adolescente da Áustria, Mulheres de Uniforme , que provocou algum escândalo na época por abordar o lesbianismo, Bocaccio 70, ao lado de outras belas mulheres como Anita Ekberg e Sophia Loren, e muitas ou

Figuras & Figurões - 2

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Dando continuidade à publicação dos cromos da caderneta FIGURAS & FIGURÕES , colámos hoje mais cinco, correspondentes a outras tantas figuras importantes da cena política nacional de um passado relativamente recente.

21 de Setembro – Dia Internacional da Paz

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  Dia Internacional da Paz é celebrado em 21 de Setembro e foi declarado pela ONU em 30 de novembro de 1981. Pensamento: O homem não gosta da paz. Gosta só de conquistá-la. Entre uma coisa e outra há muita gente estendida. É a que tem a paz verdadeira. Virgílio Ferreira     Eu sei que a necessidade de Paz continua tão actual nos nossos dias quanto no tempo das guerras travadas à espadada e cacetada entre romanos e bárbaros ou portugueses e mouros . A paz é por isso um bem desejado por todos mesmo, hipocritamente, por aqueles que fomentam a guerra. Deste modo estamos condenados a que a Paz seja sempre o oposto de Guerra e caminhem lado a lado como se uma não pudesse existir sem a outra. Guerra e Paz, não é apenas um livro de León Tolstoi ou um jogo de palavras mas antes uma realidade que permanece presente. A Paz, na sua plenitude, será sempre uma utopia porque, ensina-nos a História do Homem, já com dezenas de séculos, que esta esteve sempre ameaçada porque a Guerra

Roja Plix – Loção plixante para a sua mise-en-plis

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  Confesso que não percebo nada de termos e conceitos ligados ao tratamento ou corte de cabelos, principalmente das senhoras. Para mim, corte de cabelo é à máquina zero, pente dois ou três, risco ao meio (tipo Paulo Bento), risco ao lado, e pouco mais. Por mim o barbeiro é visitado dus ou três vezes ao ano e chega. Já quanto às senhoras, sempre ao ritmo das modas, são um poço de despesas e à custa delas os cabeleireiros ou salões de beleza são bons negócios, desde há muito. Neste contexto achei piada a este duplo cartaz publicitário publicado algures em Setembro de 1969, ou seja, há precisamente 40 anos. O produto em causa, o ROJA-PLIX,  é uma loção para o tratamento mis-en-plis (termo francês) e parece que servia para “disciplinar” os cabelos e fazer uns belos e ondulados caracóis, passe a quase redundância, e outros feitios curiosos que marcavam a moda nos anos 60. Achei interessante a banda desenhada, com a menina que visitou a praia das Maçãs, bem como o termo “plixante

Rical – Sem corantes nem conservantes

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Quem não se recorda dos saborosos sumos da Rical? Recordo-me que no meu tempo de criança e adolescente era uma das boas marcas e de certa forma era uma boa alternativa ao também mítico e popular Sumol bem como ao também popular Frisumo, que apareceu no mercado em 1971, tornando-se um rei de vendas dos refrigerantes. É claro que me recordo sobremaneira de outras populares marcas de bebidas, que a seu tempo trarei à memória, mas a Rical é uma delas, já com o popular slogan "sem corantes nem conservantes". Com os meus catorze anitos, juntamente com os colegas mais próximos, aos domingos à tarde, principalmente no Verão, íamos a uma das tascas da aldeia merendar. Quase sempre um cartucho de amendoins torrados, ou um punhado de azeitonas, acompanhados com um Sumol de laranja ou um Rical, também de laranja. Pessoalmente preferia o Rical pois dizia que era à Benfica, isto pela cor do rótulo. Os rótulos nas garrafas daquele tempo eram quase sempre pintados pelo que aind

Séries e programas TV - Sumário

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Aqui fica um sumário de diversos artigos onde já recordamos algumas das séries e programas de televisão que marcaram a infância e juventude, sobretudo daqueles que, nessas belas e nostálgicas idades, atravessaram as décadas de 60, 70 e 80. Era uma vez ...o Homem Eleonora Os Vingadores The Hardy´s Boys A ilha da fantasia Os três Duques Doris em apuros A rapariga que sabia de mais Retrato da dama velada Floris von Rosemund Abbott and Costello The Partridge Family LASSIE – Série TV Os caminhos de Noële – Série TV Os caminhos de Noële – Parte II Omer Pacha – Tenente Latas A família Boussardel - Les Boussardel O salva-vidas voador - Bailey´s Bird O Regador Mágico - Pardon My Genie Allo! Allo! Pippi das Meias Altas Vasco Granja - Cinema de Animação – O Lápis Mágico Noddy - Nodi - 60 anos de histórias de encantar Os homens de Shiloh - The Virginian Charlie's Angels - Os Anjos de Charlie Os garotos do 47-A Tenente Co

Ases do Mundial de Espanha - 82 - Caderneta de cromos

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  O Campeonato do Mundo em Futebol - 1982 foi realizado na Espanha, sucedendo à edição de 1978, realizada na Argentina e antecedendo a prova de 1986, que se realizou no México. Como não podia deixar de ser, desta edição em Espanha, guardo  fortes recordações porque segui a prova pela televisão bem como pelos jornais, revistas, etc. Já nessa altura o Campeonato do Mundo em Futebol, organizado pela FIFA, prova maior a nível de selecções nacionais,  suscitava a nível mundial fortes interesses comerciais e de marketing, pelo que foram muitos os artigos produzidos e comercializados à volta da imagem da competição, nos seus diversos aspectos. Neste contexto, também em Portugal as coisas não foram diferentes. Assim, dos muitos produtos comercializados, recordo-me de uma colecção de cromos designada de ASES MUNDIAL ESPANHA - 82, uma edição da Francisco Más, L.da. A caderneta apresenta as dimensões de 240 x 167 mm e a colecção é composta por um total de 140 cromos. Por sua vez

Tele Semana - Caderneta Motocromos

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  Estávamos em 1976 e a Tele Semana era a revista semanal que nos dava conta da programação da televisão, na altura apenas a RTP com os seus dois canais. Para além disso, a revista trazia diversos assuntos do mundo do espectáculo e temas de sociedade. Um pouco dentro da linha das revistas similares actuais, diga-se,  mas sem a quase pornografia. Nessa altura, a Tele Semana trazia ainda um suplemento dedicado ao popular concurso da RTP "Terra a Terra, Minha Gente", apresentado pelo já saudoso Raúl Solnado. Para além do artigo que semanalmente falava sobre a realidade de um dos distritos de Portugal, na parte interior da contra-capa desse suplemento eram publicados semanalmente dois cromos de uma colecção chamada Motocromos. Os cromos foram distribuídos no suplemento da revista desde a edição Nº 151 a 165, ou seja, ao longo de 15 semanas. Como se depreende pelo nome, os cromos eram dedicados ao mundo dos motociclos. Cada cromo representava um modelo de motociclo e as

Tempo de vindimas

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  Este delicioso texto referente às vindimas, bem como a magnífica ilustração, faz parte do inesquecível livro de leitura da terceira classe do meu tempo. De facto, quem já teve oportunidade de viver e trabalhar nas vindimas, de norte a sul do país, sabe que assim é. Hoje em dia as vindimas e a decorrente produção do vinho, têm uma forte componente de trabalho mecanizado, tanto na apanha da uva como no transporte, como em todo o restante processo, desde o esmagamento até à sua passagem para o armazenamento. Por conseguinte, a mão-de-obra humana e animal é cada vez menos preponderante. Noutros tempos, porém, todo o processo era fundamentalmente manual pelo que o envolvimento de bandos de homens e mulheres resultava sempre em jornadas de alegria, tanto na apanha como na tradicional pisa. Na minha aldeia produzia-se vinho verde, mas na variedade chamada "americano" ou "morangueiro". Outrora muito apreciado em tascas e tabernas, mesmo da zona do Porto e

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