Automan – O Homem Automático

 

Quem não se lembra de "O Homem Automático", no original, "Automan"? Trata-se de uma serie de TV, com origem nos Estados Unidos, produzida por Glen. A. Larson, em 1983.
Tanto quanto se sabe, foram produzidos 12 episódios de cerca de 50 minutos cada e um episódio guia com cerca de 70 minutos.
A série girava à volta de um super-herói produzido por computador e que podia ser chamado à realidade através da materialização de um holograma num ser humano.  O seu criador era a personagem Walter Nabicher, um oficial de polícia, programador e expert  da informática e computadores. A sua criação, através dos seus super poderes, permitia-lhe uma preciosa ajuda no combate ao crime.


A figura do Automan tinha as típicas semelhanças dos super heróis da Marvel, com um jovem bonitão, encorpoado, com um fato azulado e com efeitos de circuitos brilhantes que lhe emprestava um ar francamente futurista e electrónico, como se pretendia afinal. Automan tinha a ajuda do Cursor, também uma criação electrónica, que se exibia como um ponto ou pequena bola de luz azulada brilhante, que interagia com o heroi e com as pessoas, emprestando quase sempre momentos de brincadeira.
No resto, Automan comportava, de facto , quase todos os clichês dos conhecidos heróis da Marvel, com muitos pontos fortes e poucos pontos fracos ou de vulnerabilidade, portador de poderes e forças especiais que desafiavam as leis da física, situando-se entre um misto de ficção científica e realidade terrena. No resto, as histórias e os seus enredos eram semelhantes a muitas outras séries da época, onde pontuava uma típica componente policial tão à americana. A eterna luta contra o crime e os criminosos, os bons contra os maus, com estes invariavelmente a perderem no final.


Pessoalmente assisti a alguns, poucos, episódios, mas não foi uma série que me marcasse. Todavia, entre a abundância das populares séries produzidas no início dos anos 80, Automan tem o seu lugar e merece ser realçada, até porque corporizou um estilo  ou tendência temática de filmes onde os computadores e as suas capacidades e interacções com as pessoas,  começavam a ganhar destaque. Por isto, quando recordo Automan, vem-me também à memória um filme do mesmo período (1984), o Electric Dreams, com a famosa banda sonora produzida pelo Giorgio Moroder, nomeadamente o tema “Together In Electric Dreams” interpretada por Philip Oakey, da banda Human League.
Actualmente, à luz das capacidades do mundo da informática e computadores, incomensuravelmente mais avançadas do que nos anos 80, esta série Automan, pelos seus princípios, não deixa de nos fazer sorrir pela ousadia de então. Afinal a ficção é um mundo onde vale tudo e isso vale para os dias de hoje como nos anos 60, 70 ou 80. Intemporal.
Mas este Automan, recordado ou revisto na actualidade, não deixa de despertar uma nostalgia muito própria. Valeu.

 

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Comentários

  1. Boa série. Se bem me lembro o colega do Automan era o Desi Arnaz Jr. filho da Lucie Ball e do Desi Arnaz. Por falar em duplas também gostava muito do "Quantum Leap" que é de muitos anos depois. Gostava de rever as duas séries. Acho que era uma boa ideia a RTP organizar um programa em que relembrasse tudo e mais alguma coisa. Tipo este blog ou o mistério juvenil em formato tv.

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  2. 11 anos depois estou aqui para comentar novamente sobre o Automan. Infelizmente durou pouco tempo. No youtube tem alguns videos, nomeadamente um especial sobre a série.

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