Vasco da Gama – A caminho da Índia

Há 503 anos, em 22 de Novembro de 1497, Vasco da Gama dobra o Cabo da Boa Esperança, sensivelmente a meio de uma longa e imprevisível viagem  marítima, iniciada em 8 de Julho do mesmo ano, em Lisboa, e  que o levaria à India, onde atracou em Calecute, na costa ocidental, em 20 de Maio de 1498.

É uma data memorável para Portugal dos Descobrimentos. Todavia, o Cabo tinha sido dobrado pela primeira vez uns anos antes, em 1488 pelo navegador Bartolomeu Dias, então um feito assinalável  e fundamental para a posterior viagem de Gama. Esse acidente geográfico na costa sul do continente africano, devido às dificuldades de navegação, tinha sido baptizado pelo mesmo Bartolomeu como o Cabo das Tormentas ou Tormentoso, obscura e temida morada do Adamastor, mas quando vencido o medo e dobrado o “bicho de mares nunca dantes navegados”, fez renascer uma nova esperança para a empreitada das navegações quinhentistas pelo que foi rebaptizado por D. João II por ver no feito uma abertura da ampla porta que conduziria à Índia.

Pessoalmente, o mesmo 22 de Novembro é uma data sempre presente pois corresponde ao nascimento da minha filha, primeiro fruto surgido 3 anos e pouco após o casamento. Quase seis anos depois, seguiu-se mais um rebento, desta feita um rapaz.
Há assim datas que têm o dom de ter um duplo significado, seja colectivo ou pessoal.

A aprendizagem da História de Portugal no ensino primário teve sempre um peso significativo noutros tempos (actualmente nem tanto e apenas numa fase mais tardia) pelo que as grandes datas e os grandes heróis fazem parte da bagagem cultural e patriótica da malta da minha geração e o Vasco da Gama e o seu enorme feito, é uma espécie de 2+2, ou seja, coisa sabida e de fácil memória. É claro que igualmente muitos outros, mas o Gama e a sua viagem, que mudou indelevelmente o trajecto da nossa História, será sempre uma das primeiras figuras.

Para lembrar o facto e a data, deixo aqui uma das belas páginas do meu Livro de História da 4ª classe, o tal com o castelo de Almourol na capa. (Podem ser ampliadas).

vasco da gama sn2

A seguir, do Google Maps, algumas imagens do Cabo da Boa Esperança (Cape of Good Hope), território da África do Sul, símbolo ou ponto de passagem do Oceano Atlântico para o Oceano Índico.

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Comentários

  1. Lembro-me de ter aprendido que eram três naus, S. Rafael, S. Gabriel, e Bérrio que transportava alimentos para dois anos.
    Este também foi o meu livro de história, que bom é recordá-lo, como gostaria de poder folheá-lo, e encostá-lo ao meu peito, como costumava fazer quando era criança. Muitas vezes cerrei as palparas e sonhei com os nossos Reis, Rainhas, princesas e heróis. Vivenciando momentos de grandes glórias!

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