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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

Espaço 1999

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Para quem gosta de ficção científica e astronomia, como nós gostamos, a série de televisão Espaço 1999 é merecidamente uma das séries de culto. Passou originalmente na RTP, no tempo do “preto-e-branco”, em 1976, aos sábados, e episódio a episódio fascinava-nos aquele mundo de tecnologia e que remetia a um tempo futuro que ainda estava distante. Recordo-me que este era um dos exercício que fazia com frequência, ou seja, fazer as contas a quantos anos então faltavam para o de 1999 e por conseguinte qual a minha idade nessa altura. Faltavam, pois, 23 anos, e então achava que isso era uma eternidade. Mesmo assim, apesar do Homem já ter pisado a Lua, nunca achei muito plausível que duas décadas depois já fosse possível ter uma base lunar e dispor da tacnologia avançada ali demonstrada. Se em vez de 1999 fosse um 2099, quem sabe. Não nos vamos alongar nos aspectos técnicos da série, até porque, felizmente, está bem referenciada na web e há bons sítios a ela dedicada. Para

José Mourinho – Pai e filho de espírito no banco.

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  José Mourinho, o treinador português recentemente eleito pela FIFA como o melhor treinador do mundo, é por demais conhecido nesta sua função que começou ao serviço do S.L. Benfica, seguindo-se U. de Leiria, F.C. Porto, Chelsea, Inter de Milão e agora Real Madrid. Faz hoje, 26 de Janeiro, 48 anos, pois nasceu em 1963. Grosso modo, tem a minha idade. Todavia, pouco conhecida é a sua curta e insignificante carreira de futebolista. José é filho de Félix Mourinho, um bom guarda-redes dos anos 60/70, ao serviço do V. de Setúbal e Belenenses (de 1969 a 1974). Seu pai enveredou depois pela carreira de treinador tendo passado pelo Vitoria de Setubal, Belenenses, Rio Ave, Estrela de Portalegre, União da Madeira, União de Leiria, Varzim, Benfica de Castelo Branco, Sporting da Covilhã e Amora. A pouco mais de meio da época de 80/81, Félix Mourinho, já no papel de treinador, veio substituir o Fernando Cabrita nos comandos do Rio Ave, então na 2ª Divisão. A verdade é que o clu

Moussine – A maquilhagem da mulher moderna

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    Cartaz publicitário de Junho de 1961.  Moussine , uma marca  de mousse de maquilhagem que se perdeu no tempo, mas então muito apreciada. O que nos chama mais a atenção é o facto do apelo à ”mulher moderna”. Ou seja, cada tempo tem o seu conceito de modernidade, fosse nos anos 60, seja agora em pleno séc. XXI. Todavia, a questão da maquilhagem continua porventura ainda com maior actualização e poucas são as mulheres, modernas ou nem por isso, a não dispensar uns retoques.  Muito mais do que isso, estão na moda os “enchimentos” e às tantas já nem sabemos se apalpamos  a “xixa” natural ou se um naco de silicone embrulhado em pele. Pode-se, assim, concluir que nestes tempos que correm a modernidade assenta sobretudo em pressupostos da imagem, do antes parecer do que ser.

Sabonete Luz – Jane Powell

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  Cartaz publicitário, de 1961, ao clássico sabonete Lux, o usado por 9 em cada 10 estrelas. Pelo Santa Nostalgia já demos a conhecer várias estrelas que usavam Lux, mas desta feita, a estrela retratada era a bela actriz Jane Powell .

Bomba H – Revista de Humor

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  Numa época em que não abundavam as publicações de conteúdo erótico ou pornográfico, ou, existindo, com um acesso algo clandestino, dificultado e reservado, em Portugal, principalmente depois do 25 de Abril de 1974, foram surgindo algumas revistas num formato baseado no humor mais ousado, recorrendo normalmente a fotografias de beldades com as maminhas a descoberto ou com cartoons humorísticos, quase sempre de produção estrangeira. O slogan: “ Uma explosão mensal de humorismo internacional ”. Uma dessas revistas, de que bem me lembro e que guardo alguns exemplares, era a Bomba H, em formato de bolso, propriedade de Mário Assunção e José Martins Ramos, com Mário Assunção a director e António Gomes de Almeida a chefe-de-redacção. A Bomba H tinha publicação mensal, com tiragens entre os 5000/10000 exemplares, e terminou em 1978, ao fim de 176 números. Esta revista misturava numa “salada” de erotismo soft os bonecos dos cartoons, com pequenos textos e fotografias, tudo a

Festa das Fogaceiras

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  Hoje, 20 de Janeiro, é feriado municipal em Santa Maria da Feira, tendo lugar no centro da cidade a secular Festa das Fogaceiras, resultante de antigos votos ao Mártir S. Sebastião . A origem da Festa das Fogaceiras A “Festa das Fogaceiras” apareceu-nos datada de 1505, altura em que o País foi fustigado por uma “epidemia brava e cruel”, a peste. Então os Condes do Castelo e da Feira, ramo nobre criado em 14 de Janeiro de 1452, apelaram ao Mártir S. Sebastião para que acabasse com o morticínio dos Feirenses, prome¬tendo-lhes a realização de uma festa anual, onde o “voto” seria a “fogaça”! Até 1700 - data em que o Condado do Castelo e da Feira se extinguiu por falta de descendência, passando os seus domínios para a “Casa do Infantado” - a “Festa das Fogaceiras” foi promovida pelos senhores das Terras de Santa Maria da Feira, habitantes do paço intra-muros do Castelo. Daí, e durante quatro anos, a festa foi suspensa, reatando-se a tradição de seguida, e até 1749, p

Vestuário – Roupas dos anos 60 - XVIII

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Olhem que elegantes, as nossas beldades dos anos 60.

A insegurança dos nossos dias

  Desde há vários meses que o programa da RTP1, "Praça da Alegria", no ar diariamente entre as 10:00 e as 13:00 horas, com apresentação de Jorge Gabriel e Sónia Araújo, dedica sensivelmente os últimos 40 minutos da emissão a analisar e a reflectir sobre vários casos vindos a público, com impacto social e frequentemente decorrentes de situações de criminalidade, quase sempre ligados à segurança, ou falta dela. Ontem, por exemplo, abordou-se o caso recente de uma senhora idosa, que vivendo só, foi assaltada com alguma violência, atada, amordaçada e abandonada no chão frio da casa, tendo-lhe sido roubada uma elevada quantia, a maior parte pertencente a um filho da vítima. Habitualmente estes casos são superiormente analisados por especialistas convidados, como o médico-legista Dr. Pinto da Costa, o advogado Dr. Paulo Santos, o Juiz Rui Rangel e o médico psicólogo e sexólogo Júlio Machado Vaz. Uma grande parte das intervenções estão disponíveis no YouTube pelo que

O direito à indignação

  Estou revoltado! Indignado! E não é por ser segunda-feira. O Estado e quem nele nos governa, os seus organismos e entidades tentaculares que corporizam a chamada administração pública, por regra quase nunca me merecem considerações positivas porque quase nunca cumprem os desígnios da sua génese de serviços públicos, de serviço ao cidadão enquanto pessoa, mas antes funcionam como uma enorme fábrica com linhas de montagem intrincadas, complexas e programadas para fazerem a vida negra, já não aos cidadãos porque não nos tem em tal conta, mas aos contribuintes, essa categoria de gente amorfa, com uma identidade de 9 algarismos onde a única relação admitida é a contabilidade, as contribuições, os impostos, as finanças. Em suma, desta relação estritamente numérica, não sobra tempo nem espaço para o lado humano, para a razão ou a emoção. A um contributo ou dever financeiro, o Estado e toda a sua máquina retribui com indiferença, com frieza. Se nos tem que responder, elenca e fá-lo com

O Mosquito

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No dia 14 de Janeiro de 2010, portanto na última sexta-feira, passaram 75 anos sobre a publicação do 1º número de O MOSQUITO, jornal de banda desenhada fundado  por António Cardoso Lopes e Raúl Correia, dirigido ao público infanto-juvenil. A publicação depressa se tornou um caso sério de popularidade e para isso em muito contribuiu o baixo preço praticado (50 centavos), comparativamente a publicações semelhantes existentes à época (Mickey - 1$50, Senhor Doutor - 1$50, Tic-Tac - 1$00 e O Papagaio - 1$00). Arrancou assim em 14 de Janeiro de 1936, com uma tiragem de 5000 exemplares. O jornal, com o slogan “O semanário da rapaziada”, era distribuído pelo Diário de Notícias o que também explica a propagação. Devido ao sucesso imediato, ao 6º número a tiragem foi aumentada para o dobro (10000 ex.) e em pouco tempo (Dezembro de 1942) a periodicidade passou de semanal  para bi-semanal, atingindo tiragens de 30000 exemplares (60000 por semana). Das 8 páginas iniciais chegou às 16. No perío

Bom dia! Como passou vossa excelência?

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  Hoje em dia vivemos numa sociedade chamada global e para isso têm contribuído sobremaneira as tecnologias de informação e comunicação, como a internet e suas ferramentas. Agimos e interagimos e a blogosfera e as redes sociais, pelas suas características, têm neste particular uma importância relevante. Resumindo, aparentemente nunca estivemos tão próximos, tão em contacto uns com os outros, e todavia, para lá do biombo, do monitor ou ecrã que nos divide desse mundo global mas virtual, nunca estivemos tão afastados, tão solitários e simultaneamente expostos e vulneráveis. Neste mundo de relações sociais mas virtuais, alguns conceitos e valores estão completamente subvertidos. Veja-se, no caso da rede social do momento, o Facebook, onde o conceito de amigo ou amizade anda pelas ruas da amargura. Ali os amigos contam-se aos milhares e os pedidos chegam como a sardinha na canastra, compacta e uniforme, descaracterizada e sabe-se lá por que motivos. Ali os gestos de amizade medem-se

O Justiceiro - Knight Rider

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  Está a passar na RTP Memória uma das típicas séries de televisão produzidas nos Estados Unidos, uma das muitas que caracterizaram os anos 80. Trata-se da série "O Justiceiro", no original "Knight Rider", com o conhecido actor David Hasselhoff, que mais tarde reforçou a sua popularidade com o papel do nadador-salvador Mitch Buchannon, numa outra série de culto, o "Marés Vivas", também conhecido pela participação da bombástica Pamela Anderson. Michael Knight, interpretado por David Hasselhoff, é um agente ou detective especial cuja personalidade e identidade lhe foram atribuídas depois de ter sido dado como morto num combate na guerra do Vietnam, onde era soldado. Secretamente foi salvo e transfigurado num bonitão (quem diria), pronto a combater o crime e os criminosos na “sela” do seu “cavalo”. Na série, Michael Knight, está profundamente ligado ao seu fabuloso automóvel, o KITT (um Pontiac Banshee IV – General Motors), preto, todo especial, rep

Barbapapa – Uma família colorida e maleável

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Quem não se recorda da série de animação, "Barbapapa"? Tratava-se de uma família muito especial, uma espécie de bonecos de borracha ou de massa cujos corpos se moldavam em certos objectos ou características. Não tinham pés, sendo assim uma espécie de bonecos" sempre-em-pé". Apesar dessa característica estranha, a série tornou-se muito popular e querida entre nós, quando passou na RTP na primeira metade dos anos 70. Dentro desse sucesso, a antiga Agência Portuguesa de Revistas editou em 1975 uma caderneta composta por 210 cromos. A série voltou a passar já nos anos 80, então a cores, pelo que se ressaltava o colorido característico dos diversos personagens, já que os havia para todas as cores. O personagem principal era o pai, o Barbapapa, em cor-de-rosa. A sua esposa, a Barbamama, paradoxalmente, era de cor preta. Os filhos do casal tinham nomes adequados às suas aptidões físicas ou intelectuais e tinham várias cores, como o verde,o azul, o amarelo, vermelho, lara

A velha e a nova Inglaterra

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  Cartaz publicitário do princípio dos anos 70, num incentivo às viagens a Londres.  O texto que acompanha o cartaz faz referência a alguns dos símbolos ou ex-líbris da capital inglesa, nomeadamente o Palácio de Buckingham, a Torre de Londres e outros locais. Para além disso, na imagem estão representados alguns dos aspectos sociais e quotidianos que marcavam a cultura e a moda de então. Os jovens, vestidos num registo hippye, com cabelos compridos e soltos, as mini-saias, em contraponto à imagem conservadora da “velha Albion”. O aspecto do rapaz, com calças de ganga, cabelo, bigode e óculos à epoca, remete-nos para um forte símbolo da Inglaterra desses anos, exactamente John Lennon, figura carismática da banda (de Liverpool) The Beatles. Por tudo isso, o cartaz é todo ele uma evocação fiel e nostálgica de um período caracterizado por uma revolução cultural e de costumes, desde o sexo à moda, iniciada já na década de 60.

O tempo das coisas

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  Aqui há dias, um pouco antes da passagem de ano, assistia na RTP a uma das costumeiras e triviais reportagens da época, numa qualquer pastelaria, numa espreitadela sobre a confecção do popular bolo-rei. Para além de tudo o que se viu e ouviu, retive a afirmação de que apesar desta ser a época alta, todavia o bolo-rei confecciona-se e consome-se todo o ano. De facto assim é, como também é verdade realativamente a muitos produtos de origem sazonal ou identificados com épocas específicas. É o caso do bolo-rei, conforme referimos, mas também o pão-de-ló e as amêndoas, tradicionalmente ligadas à festividade da Páscoa, as rabanadas, ligadas ao Natal, etç, etç. No caso das frutas: Noutros tempos, no nosso país, morangos e melões vendiam-se nos meses de Verão, as cerejas em Maio e Junho, as castanhas, nozes e figos no Outono e por aí fora. Hoje em dia, pelos efeitos da globalização, desenvolvimento das tecnologias de produção, confecção e armazenamento e conservação, temos quas

Ainda Boas Festas

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    Publico aqui um simples rabisco de um Pai Natal, atrapalhado com os presentes, que cheguei a esboçar para dele fazer um dos meus postais de Natal. À falta de tempo, ficou a meio do que pretendia mas mesmo assim fica por aqui a lembrar que a quadra natalícia só termina amanhã com o Dia de Reis, outrora um importante feriado, a exemplo do que actualmente sucede em Espanha. Infelizmente, entre nós, este dia apresneta-se quase sem significado apesar de em termos simbólicos o Dia de Reis ou a Epifania, ser entendido como o momento maior em que o Menino Jesus foi reconhecido como Deus Menino. É claro que pela importância que pessoalmente ainda dou à data,  cá por casa amanhã, embora sem a mesma importância ou ênfase, voltará a haver consoada, novamente com a caldeirada de bacalhau e as rabanadas de vinho.

Censos – Há 40 anos

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  Está a arrancar a campanha dos Censos 2011 , a levar a efeito pelo INE – Instituto Nacional de Estatística , estando já abertas as candidaturas para os recenseadores ( o que pessoalmente já fizemos ). Será o XV Recenseamento Geral da População e do V Recenseamento Geral da Habitação, o que, desde 1864, tem acontecido com regularidade de 10 em 10 anos. Pela primeira vez os inquéritos serão processados via internet, o que não deixa de ser uma situação normal tendo em conta a crescente dependência desta plataforma de comunicação e informação face aos serviços e entidades da administração pública. A propósito, publicamos hoje um artigo de Março de 1970 relacionado aos Censos desse ano, correspondentes ao XI Recenseamento Geral da População, o que não deixa de ser interessante por se verificar os meios informáticos assegurados na altura, cujo computador e unidades periféricas foram alugados nos Estados Unidos, por 450 contos mensais, uma fortuna. À distância de 40 anos percebe-se

Este blog não adoPta o acordo ortográfico

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    Por regra, fazemos por escrever correctamente o português. Exceptuando uma ou outra situação, por vezes decorrente de uma edição apressada e sem revisão ou pela gralha provocada pela falta ou troca de um ou outro caracter teimoso; que nos julguem os leitores mais capacitados mas entendemos que por aqui o português ainda é português. Esta introdução serve para avisar ou prevenir os leitores, pelo menos os habituais, que este blog, propositada e esclarecidamente, não vai cumprir o acordo ortográfico da língua portuguesa que dizem já ter entrado em vigor, precisamente no arranque do novo ano. Para além das razões que os entendidos consideraram como justificáveis para o novo acordo, e foram sobretudo políticas, porque a variante científica foi omitida ou desprezada, não concordamos com as mudanças e a sua amplitude. De resto, pela discussão pública suscitada, viu-se que a sociedade portuguesa sempre esteve dividida nesta questão. Ficou afastado, pois, um concenso que dever

E tudo recomeça…

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  E pronto...Não custou nada! Cá estamos no ano de 2011, acabadinho de chegar. Faz-nos lembrar quando compramos um novo telemóvel em que lhe damos mil cuidados para se manter brilhante e impecável e até hesitamos em remover a película protectora do ecrã. Durante os primeiros dias anda todo embrulhadinho, mas volvidas duas ou três semanas, lá está ele como todos os anteriores, pousado em qualquer sítio, sujo, desmazelado, repleto de riscos e mossas de algumas quedas. No fundo é mais ou menos isto: Nos dias que antecedem a passagem de ano somos bombardeados com um chorrilho de votos de um bom e próspero ano novo, uns sinceros outros apenas de forma maquinal. Creio até que o caminho que o Natal tem vindo a percorrer, muito consignado na matriz comercial e consumista, tem esvaziado a celebração do seu verdadeiro sentido e isso também reflecte-se na forma como o desejamos. Assim, os votos de boas festas, feliz natal e feliz e próspero ano novo, regra geral são desejos vazios, s

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