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A mostrar mensagens de julho, 2011

Sachas e merendas

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 Uma das boas memórias dos meus tempos de criança, remete-me para as merendas que se faziam no intervalo de alguns trabalhos do campo. Sobretudo no tempo das sachas (por  Maio e Junho). Primeiramente na sacha da batata e depois na do milho. A tarefa da sacha requeria paciência e sensibilidade, e consistia num trabalho de enchada, cavando-se pelo meio da carreiro (intervalo entre filas de plantas) e na sua envolvência, de modo a soltar a terra enrijecida e retirar ervas daninhas que cresceram com as primeiras humidades. Como se disse, era um trabalho de paciência e moroso. Era simultaneamente duro, pois exigia uma posição de costas vergadas e quase sempre debaixo do sol tórrido. Pelas suas características, era uma tarefa que envolvia várias pessoas, da casa e da família, mas também de vizinhos que vinham ajudar ou mesmo de jornaleiros (a quem se pagava a jorna combinada, no final do dia). Ora quando assim era, quando se envolvia um bom grupo de pessoas, dependendo das possibilidad

Totobola

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O popular jogo do "TOTOBOLA", cujo objectivo consiste em adivinhar as possibilidades de vitória, empate ou derrota de um determinado grupo de jogos de futebol, preenchendo um boletim com os símbolos 1 para o prognóstico de vitória da equipa da casa, um símbolo X para a previsão de empate e o símbolo 2 para o prognóstico de vitória da equipa visitante, foi entre nós criado pela Santa Casa da Misericórdia – Apostas Mútuas Desportivas, e o primeiro concurso teve lugar em 24 de Setembro de 1961. Ao contrário do que se possa pensar, o Totobola já teve boletins em que os prognósticos não se referiam a jogos do futebol. Com efeito nos anos 60, chegaram a ser motivo de apostas jogos de hóquei em patins, então um desporto muito popular e até mesmo, imagine-se, ciclismo, a propósito da Volta a Portugal, um desporto sem…bola. Em rigor desconhecemos  quantas vezes tal situação ocorreu, mas não deixa de ser curioso. Ao longo de todo este tempo de vida, o TOTOBOLA teve altos

Compal – É mesmo natural!

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  Hoje na hora do almoço estive a escorar alguns ramos de um pessegueiro que tenho no quintal. A generosidade da natureza foi grande neste ano, pelo que para prevenir a quebra dos ramos mais pesados, o que já aconteceu num destes dias, tomei as devidas precauções. Os pêssegos já estão no tamanho e cor ideais mas precisam de mais uma semana para amadurecerem. De resto já tenho colhido alguns, pois até gosto deles sem estarem demasiado maduros. Este simples episódio, traz-nos à memória um cartaz publicitário aos sumos Compal , uma marca de referência na transformação de sumos de frutas, publicado numa revista em 1967. Para se saber algo mais sobre a história desta empresa e marca de referência, a COMPAL - Companhia Produtora de Conservas Alimentares, cuja actividade teve início em 1952, no Entroncamento, quando se deu a união de duas fábricas a ENCA - Empresa Nacional de Conservas Alimentares e a SFL - Sociedade de Fruta Liquida, nada melhor que dar um saltinho ao blog "

Salsichas TÓBOM

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  Quando ouvimos falar de salsichas , provavelmente as marcas Izidoro e Nobre , ou até mesmo a Sicasal ,  serão as que logo relacionamos, porque de facto em Portugal serão as que têm maior notoriedade, seja pela qualidade intrínseca deste produto específico, seja pela frequência com que são publicitadas nos média, nomeadamente na televisão. Nos anos 60, todavia, para além destas marcas também se comecializavam as salsichas TÓBOM, produzidas pela “Companhia de Criação e Comercialização de Gados”, do Montijo. Eram umas salsichas do famoso tipo “francfort” e que já então faziam as delícias dos mais novos,  uma solução fácil para uma refeição rápida. Não tenho informações precisas, mas creio que a fábrica e a marca TÓBOM já se extinguiram, pois desde há muito que não vejo sinal das mesmas. Consegui localizar uma marca com a  mesma designação, referenciada à Barvima , mas desconheço se há ou não qualquer relação, até porque esta moderna Tóbom se refere a néctares. Fica a memór

“O Pajem” e “Andorinha”

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  A revista de Banda Desenhada "Cavaleiro Andante", sobre a qual já aqui falámos, tinha uma particularidade interessante que eram os suplementos, sobretudo "O Pajem", numa determinada fase com características de paginação que permitiam a sua separação e numa outra fase integrado na própria revista, isto é, sem numeração própria e sem paginação que lhe conferissem autonomia.  Do mesmo modo, também existia o suplemento "Andorinha", dedicado às meninas, embora este tivesse curta duração enquanto suplemento destacável, continuando depois como parte integrada da revista e a sua publicação era alternada com a do "O Pajem", ou seja, cada um dos suplementos era quinzenal. Fica a memória embora para os mais velhos.

Citroen GS Break

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  O automóvel Citroen GS Break foi produzido entre os anos de 1970 e 1986. Tornou-se rapidamente um carro popular e logo em 1971 foi eleito o Carro Europeu do Ano. Com o seu irmão GSA, na época e para a sua gama, foi considerado um dos carros mais avançados tecnologicamente A fábrica da Citroen em Portugal, localizada em Mangualde, entre outras fábricas noutros países, também assegurava a montagem. Quando terminou o seu reinado, sucederam-lhe os modelos Citroen BX e Citroen ZX. É verdade que a Citroen sempre primou por modelos algo exôticos, mas que sempre foram populares e eficientes. Quase todos os modelos dos anos 60 e 70 são hoje verdadeiros clássicos, desejados pelos amantes dos carros antigos e revivalistas, desde o clássico 2 cavalos até ao não menos famoso “boca-de-sapo”, o Citroen DS . Seja como for, influência ou não, um dos meus actuais carros é um Citroen.

50 anos depois…

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A nossa memória de hoje não tem nada de especial a não ser que pretende recordar que após a publicação da revista “ Crónica Feminina ” Nº 241, passam hoje precisamente 50 anos. Foi publicada a 6 de Julho de 1961. A capa, como era recorrente na revista e na época, traz uma noiva sorridente, com o seu vestido branco e ramo de flores, identificada como “ uma gentil noiva, leitora e amiga de “Crónica Feminina: a Ex.ma senhora D. Graciette da Conceição Estevens Algarvio da Silva Monteiro, fotografada no dia do seu casamento”. Uma noiva com um nome de respeito, digna de uma princesa de sangue azul. O tempo corre veloz.

A folha do acer - La feuille d'érable

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  A partir de um comentário de um nosso visitante, e porque já tínhamos preparado o artigo, hoje trazemos à memória mais uma das emblemáticas séries de TV dos anos 70. "A folha do ácer", no original em francês "La feuille d'érable". Esta série dramática, em língua francesa, é composta por 13 episódios de cerca de 60 minutos cada e resulta de uma co-produção das televisões francesa (ORTF), a belga (RTB), a suíça (SSR), e a canadiana (CBC). Foi exibida originalmente entre 1971 e 1973. A série retrata de certo modo o período colonial francês na Nova França, actual Quebéc - Canadá. Esse retrato é paralelo  ao percurso da família Bellerose, desde 1535, com a chegada de François Bellerose, que fazia parte da expedição de Jacques Cartier, até Julien Bellerose, último descendente. Por conseguinte, a série tem uma forte componente histórica com a aventura e odisseia desses primeiros tempos de descoberta e conquista do território até à colonização pe

Coração Pequenino (Contos para crianças)

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  Coração Pequenino ( Contos Para Crianças) Autora: Maria da Luz Sobral Ilustrações: Laura Costa Ano: 1947 Formato: 190 x 255 mm – 86 páginas Este é um belo livro que resgatei numa qualquer feira de velharias. Em estado razoável mas com desgaste na lombada e alguns sinais de humidade no interior. Tem no interior uma dedicatória de um Afonso dos Santos que ofereceu à sua amiga “…menina Angélica Cruzeiro. por ser muito simpática”, com data de Lisboa, 6 de Maio de 1953. Já o tenho dito, sou um apaixonado por livros que tenham ilustrações de Laura Costa, que ilustrou de forma ternurenta e com um estilo muito próprio, centenas de livros dedicados às crianças, quase sempre livros de contos e fábulas. Por conseguinte, apesar de possuir vários exemplares de várias colecções e editoras, de modo especial da Majora, sempre que tenho a possibilidade de aumentar o espólio, não resisto. Maria da Luz Sobral, publicou vários outros livros destinados à infância: “Contos e Lend

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