Alfredo Keil – Hino Nacional

 

alfredo keil sn

Passam hoje 163 anos sobre a data do nascimento de Alfredo Cristiano Keil (Lisboa, 3 de Julho de 1850 — Hamburgo, 4 de Outubro de 1907), um artista multifacetado mas que é recordado sobretudo pele facto de ser o compositor de "A Portuguesa" música que veio a ser adoptada como hino nacional de Portugal. A letra é de Henrique Lopes de Mendonça.

O hino nacional  é um dos mais conhecidos símbolos ligados à República Portuguesa e em grandes momentos festivos em que esteja em causa o sentido patriótico e de Estado, serve de catalizador e congregador de unidade dos portugueses. É disso exemplo os momentos que antecedem os jogos de futebol que envolvam selecções nacionais. Do mesmo modo, em grandes competições desportivas que envolvam nações, como campeonatos do mundo e Jogos Olímpicos, o hino é tocado ou cantado na cerimónia da entrega das medalhas. Normalmente são momentos que comovem os participantes e os respectivos nacionais. Quem não se recorda de momentos inolvidáveis como o do atleta Carlos Lopes a receber a medalha de ouro pela sua participação na maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984?

No meu tempo aprendia-se obviamente o hino nacional na escola primária, mas raramente se cantava. Pelo contrário, no tempo em que a televisão encerrava pouco antes ou depois da meia-noite, lá se ouvia o hino nacional como música de encerramento. Quem não se recorda?

Abaixo temos a letra do hino nacional, de autoria de Henrique Lopes de Mendonça. Todavia, creio que a grande maioria dos portugueses. quando muito. apenas consegue cantar de cor a primeira parte. O resto da letra serão poucos os que a terão na “ponta da lígua”. Não tenho dúvidas que serão mais aqueles que saberão de cor-e-salteado uma qualquer brejeirice como o “Quero cheirar o teu bacalhau”, do Quim Barreiros. Coisas…

 

Hino Nacional de Portugal:

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

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