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Raphael - Cantigas e cinema

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  Pelos dias que correm é quase uma figura desconhecida, mas o espanhol Raphael (Miguel Rafael Martos Sánchez),  nascido em 5 de Maio de 1942 em Liñares - Andaluzia, ainda vivo, foi pelos idos anos das décadas de 1960 e 1970 um artista deveras popular, não só no seu país natal como nos países da América latina mas também em Portugal. Sobretudo cantor, com duas passagens pelo popular Festival Eurovisão da Canção, em 1966 e 1967 , obtendo o 7º e 6º lugares na classificação, que o internacionalizaram, também se tornou amplamente popular com suas participações em filmes que misturavam a música e os batidos romances. O cartaz acima publicado, extraído do jornal "Diário Popular" de 12 de Maio de 1967, anunciava a exibição do filme "Quando Tu Não Estás!, nos cinemas Odéon e Europa. Dizia-se que um romance apaixonante e enternecedor onde se jogam o amor, a ambição, o triunfo e o desespero, tudo bons ingredientes temperados com as cantigas do Raphael.

Carlos do Carmo

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  21 de dezembro de 1939 - 1 de janeiro de 2021

José Mário Branco - Permanente inquietação

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Já falamos [ aqui ] de José Mário Branco, ilustrando então, como agora, o artigo com uma capa da emblemática revista Tele Semana de 12 de Julho de 1974. Por estes dias, em que fez 77 anos de idade (nasceu a 25 de Maio de 1942), um grupo de uma dezena de músicos sobre a égide da Valentim de Carvalho lançou na véspera, sexta-feira, 24 de Maio, um disco de tributo e agradecimento ao cantautor, com a interpretação de várias das suas músicas que foram êxitos durante a sua longa carreira.

Sequim de Ouro (Zecchino D´oro)

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  Hoje trago à memória o Zecchino d'Oro (Sequim de Ouro), Festival Internacional da Canção para Crianças, de origem italiana, que anualmente e desde 1959 marca esta quadra natalícia já que, embora seja realizado em Novembro, é transmitido pela televisão italiana - RAI, com difusão por muitas outras estações europeias e mundiais no dia de Natal ou muito próximo deste.  O festival acontece na cidade italiana de Bolonha, no Teatro Antoniano, onde os pequenos artistas são superiormente acompanhados pelo "Piccolo Coro Mariele Ventre dell Antoniano" dirigido por Sabrina Simoni. Uma grande figura deste festival e seu impulsionador, foi o apresentador Cino Tortorella , já retirado. O Festival teve a sua primeira transmissão pela rede Eurovisão em 1969 e em 1976 tornou-se internacional com a admissão de crianças e canções estrangeiras. Em Portugal este Festival passou a despertar as atenções depois da participação da pequenita Maria Armanda , na 23ª edição, no ano de 1980, qu

"E o resto são cantigas"

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Em 1981 a RTP exibiu a série de entretenimento "E o resto são cantigas", com apresentação de Raúl Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz, o trio que anos antes, em 1969, apresentou o "Zip-Zip", um  dos mais populares e emblemáticos programas dos primórdios da televisão portuguesa. Teve realização de Oliveira e Costa e Pedro Martins e direcção e arranjos musicais de Jorge Machado. "E o resto são cantigas" teve doze episódios, gravados no Teatro Maria Matos, em Lisboa, dedicados a grandes autores, compositores e maestros dos tempos dourados da música ligeira portuguesa.  Eram entrevistadas pessoas ligadas às figuras em destaque, nomeadamente familiares, e pelo meio eram interpretadas em cenário e registo de revista muitas das mais populares cantigas de autoria dos homenageados, na voz de figuras convidadas, como Amália Rodrigues, José Viana, Simone de Oliveira, Rosa do Canto, Carlos do Carmo, Maria da Fé, Herman José e muitas outras. O própri

Suzi Quatro

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Está de parabéns neste dia 3 de Junho a cantora Suzi Quatro , nascida em 1950 em Detroit, Michigan - Estados Unidos. Pelos anos 70 era uma figura com nome, literalmente, e algumas das suas músicas eram então muito populares entre a rapaziada da minha geração. O primeiro single "Rolling Stone", não alcançou grande popularidade mas, paradoxalmente, em Portugal chegou a top de vendas. Já o seu segundo single "Can the Can" de 1973, foi um êxito, chegando a número um em todo Europa e Austrália. Seguiram-se mais alguns sucessos como "48 Crash", e "Daytona Demon " ambos de 1973, "Devil Gate Drive"  de 1974 e "She's in love with you" de 1979, uma das que mais me ficou no ouvido. Diz-se que teve mais êxito na Europa do que no seu país, de resto a dar razão de que " profetas não fazem milagres na sua terra ", o que não é de estranhar já que em 1971 mudou-se para Inglaterra. Suzi Quatro, um nome interessante que s

Timothy - C'est la vie c'est joli

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No Verão de 1977, debaixo do seu êxito  “C'est la vie c'est joli”,  chegava a Portugal um jovem naturalizado como belga, chamado Timothy. Não veio actuar mas apenas dar entrevistas e promover junta da imprensa o lançamento do seu próximo disco. Na altura era anunciado como um concorrente ou rival de outro belga bem parecido que pela mesma altura fazia bater os corações do público feminino, exactamente o Art Sullivan , que até tinha uma música com o mesmo nome e que estivera a actuar em Portugal pela mesma altura.   Efectivamente basta ouvir os dois artistas para se perceber que o estilo romântico é muito semelhante. Todavia, não deixa de ser curioso que Timothy, talvez a pensar na comunidade portuguesa por terras francófonas, tenha interpretado alguns temas relacionados a Portugal, incluindo Lisboa e Alentejo. De resto, Timothy apaixonou-se por Portugal e chegou mesmo a viver em Lisboa. Fala fluentemente português e passa por cá longas temporadas várias vezes ao longo d

António Mourão - “Oh tempo volta p´ra trás”

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  Das minhas muitas memórias ligadas ao mundo das canções e dos cantores em Portugal, António Mourão surge como um nome incontornável, desde logo, mas não só, pelo inesquecível tema " Oh tempo volta p´ra trás ", cujo refrão ainda hoje é facilmente cantarolado até mesmo por malta de gerações mais novas. António Mourão, é o nome artístico de António Manuel Dias Pequerrucho, nascido no Montijo no ano de 1936, portanto a caminho dos 80 anos. Principiou a sua carreira de fadista no ano de 1964 e o seu grande e emblemático êxito, que atrás referimos, aconteceu em 1965, interpretado durante a revista " E viva o velho " no Teatro Maria Vitória. Teve uma carreira bastante popular, recheada de temas que se tornaram êxitos nacionais e que andaram de boca-em-boca, como o já falado " Oh tempo volta p´ra trás ", mas também " Os Teus Olhos Negros, Negros ", " Chiquita Morena ", esta particularmente do gosto do meu saudoso pai, " Oh

Bilú Tetéia – Márcio Ivens

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  Quem se recorda desta pérola musical dos anos 70, “Bilú Tetéia” cantada por Márcio Ivens ? Independentemente da qualidade da música e da respectiva letra, hoje certamente analisada com outro olhar crítico,  a verdade é que na época o raio da música andava na boca de toda a gente que a cantarolava nos mais diversos sítios e ocasiões. Ainda hoje, para quem viveu esses tempos, pode surpreender-se com a coisa. Fica a memória…e a letra: Quando eu era criança mamãe dizia Bilu Bilu Bilu, Bilu Tetéia Pegava eu no colo, mostrava pra vizinha Bilu Bilu Bilu, Biluzinho Tetéia Que me segurava, dizia que gracinha... Bilu Bilu Bilu, Bilu Tetéia O tempo foi passando e eu fui crescendo Bilu Bilu Bilu, Bilu Tetéia E de fazer Bilu, mamãe foi se esquecendo Bilu Bilu Bilu, Bilu Tetéia Agora eu estou grande, estou é barbadinho não encontro mais ninguém pra me fazer um Biluzinho Bilu Bilu Bilu, Bilu Tetéia Bilu Bilu Bi

Art Sullivan – Em Portugal em Outubro de 1976

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  Como o tempo passa, e estão já quase decorridos dois anos e meio após termos recordado aqui uma das figuras musicais da segunda metade dos dos anos 70, o belga Art Sullivan , que na plenitude do seu êxito e popularidade, com as suas canções românticas  arrebatou o coraçao de muitas portuguesas. Hoje relembramos uma das suas passagens por Portugal, com um cartaz publicitário estampado numa das revistas da época. O espectáculo, “a pedido das suas admiradoras”, estava marcado para o Pavilhão dos Desportos, em cascais, no dia 10 de Outubro de 1976, pelas 21:45 horas.

Torneró – I Santo Califórnia

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  Hoje veio-me à memória uma das inesquecíveis baladas italianas, exactamente "Torneró", dos " I Santo Califórnia ", um grupo italiano formado em meados dos anos 70, composto por Pietro Barbella (vozes e teclado), Gianni Galizia (guitarra), Donato Farina (bateria), Domenico Ajello (baixo) e Massimo Caso (guitarra). "Torneró" (Voltarei), foi de facto o seu maior êxito e extravasou a Itália para se tornar popular em todo o mundo com um registo superior a 10 milhões de cópias vendidas. Os “I Santo Califórnia”  participaram em 1977 no clássico festival musical "San Remo" com o tema " Mónica " que se classificou em 3º lugar. Com o tempo o grupo foi perdendo notoriedade mas em função de "Torneró" fará sempre parte das boas recordações dos temas românticos italianos dos anos 70. Continua assim a ser escutado com agrado, principalmente naqueles momentos mais melancólicos. Para além da música, a letra também se “põe a j

Joselito – A voz de rouxinol

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 Em finais dos anos 60 e também pelos anos 70 fora, aos Domingos à tarde a RTP brindava-nos com a exibição de muitos e bons filmes, nomeadamente os incluídos na popular rubrica "Tarde de Cinema". Foram tantos e tantos que é impossível elencar os mesmos, mas, com os meus gostos de criança, preferia sobretudo os filmes recheados de aventura e emoção, incluindo o clássico Tarzan e uma variante, o Bomba, designado de filho de Tarzan, bem como umas boas e valentes cowboyadas e até filmes de capa-e-espada, como Os Três Mosqueteiros, Zorro, Robin Hood, filmes de corsários e piratas e outros mais. Entre esta miríade de aventuras, por vezes lá vinham os clássicos filmes portugueses, com os inesquecíveis António Silva , Vasco Santana , Ribeirinho e Beatriz Costa , os filmes humorísticos, com Charlot , os irmãos Marx ,  Cantiflas , e também filmes marcadamente musicais, com o popular Gianni Morandi , Elvis Presley , Cliff Richards,  The Beatles e outros. Destes outros, porque re

Patrick Hernandez – Born to be alive

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  Estávamos no final da década de 70 e a chamada disco music estava mais ou menos no seu apogeu, muito à custa da populariadde de filmes como "Saturday Night Fever", de 1977, com John Travolta e a banda sonora dos famos Bee Gee. No meio deste reboliço musical, surgiu um francês chamado Patrick Hernandez que fez sucesso em 1979 com o tema “Born to be alive”. O sucesso estendia-se desde a venda do disco até à sua passagem constante na rádio, na televisão e nas discotecas. É certo que Patrick Hernandez ainda teve um tema que também vendeu bem, “Loosing sleep over you”, até porque no Brasil fez parte da banda sonora de uma popular telenovela, “Baila Comigo”, mas praticamente desapareceu a partir de meados de 80. Todavia, a partir daí, e ainda quase até aos nossos dias, continuou a ser solicitado para cantar esse seu grande êxito. Deste modo, Patrick Hernandez é sinónimo de “Born to be alive”. Pessoalmente este tema traz-me fortes memórias do meu tempo de adolescente, e o

MINI POP – My Holyday Girl – Menina de Luto

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  No início dos anos 70, o conjunto MINI POP obteve um relativo êxito no nosso panorama musical, principalmente junto das crianças e adolescentes. Esta banda, que surgiu em 1969 na cidade do Porto, era formada por quatro crianças, com idades entre os 8 e 12 anos, os irmãos Mário, Eugénio e Pedro Barreiros, filhos de Mário Barreiros que era o manager do grupo e ainda  Abílio Queiróz. Estas crianças que foram crescendo, tornando-se adolescentes, seguiam a linha da moda musical de então, exibindo roupas extravagantes e cabelos compridos à ”Beatles”. Cantavam em português e em inglês. O primeiro êxito do grupo foi uma versão da conhecida musica popular “Era uma casa muito engraçada”. Os MINI POP tornaram-se mais populares depois da sua participação no Festival RTP da Canção, onde interpretaram a canção "Menina de Luto" com a qual obtiveram um sétimo lugar. Contudo, já antes, em 1971, participaram no Festival de Vilar de Mouros. Durante a sua carreira, para além de um

Al Bano & Romina Power - Uma dupla musical

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  Hoje quero trazer à memória uma das mais populares duplas da canção internacional dos anos 80 e 90, precisamente Al Bano e Romina Power . Ele italiano, nascido Albano Carrisi, em 1943 e ela, uma bela norte-americana, nascida em 1951, filha do conhecido actor Tyrone Power . Conheceram-se durante a rodagem do filme " Nel Sole ", em 1967 e casaram um Julho de 1970. O primeiro álbum conjunto da dupla, "Dialogo" surgiu em 1975, depois de alguns trabalhos ligados ao cinema e de Romina como solista depois de interromper a sua carreira de actriz. A popularidade deste duo pode dizer-se que começou em 1976 pela sua participação no Euro Festival da Canção (ano em que Portugal foi representado por Carlos do Carmo, com "Flor de verde pinho"), em representação de Itália, com o tema " E Fu Subito Amore ", que obteve um excelente sétimo lugar. No ano seguinte, em 1976, um novo impulso na popularidade do casal, com a participação no prestigiado fest

Procol Harum - A whiter shade of pale

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  Pronto. Chamem-me o que quiserem, mas para mim o tema "A whiter shade of pale", da banda inglesa " Procol Harum ", é uma das melhores músicas de sempre. Pelo menos está seguramente entre o Top Ten da minha lista pessoal. Para além deste emblemático tema, a banda, classificada como de rock progressivo, tem muitos outros, igualmente de forte sonoridade, pelo que estão sempre presentes no meu leitor MP3. Esta ligação aos Procol Harum e ao "A whiter shade of pale",  não é, obviamente, de agora. Já vem do início dos meados dos anos 70, era eu pouco mais do que uma criança. Posso até dizer que a minha paixão pelos Procol Harum é ainda anterior aos The Beatles, outra das minhas paixões musicais. Digamos que foi paixão à primeira audição, mesmo que num dos pequenos rádios (transistores) a pilhas, daqueles que tinham uma interminável antena, imensamente maior do que o pequeno rádio do tamnho de um sabonete. Resta acrescentar que "A whiter sha

Ritchie - Menina Veneno

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  Estávamos no ano de 1983 quando foi lançada a música "Menina Veneno", interpretada pelo inglês (Richard David Court) radicado no Brasil, de nome artístico Ritchie .    A música pegou de estaca e depressa se tornou num êxito tanto no Brasil quanto cá em Portugal. No Brasil, nesse ano, foi o tema que mais passou na rádio. Por cá não deve ter andado longe do pódio.    Recordo muito bem esse tempo e o tema a passar em tudo quanto era rádio. Nas discotecas da altura era tema obrigatório e em alguns dos meus namoricos da época estão associados à "Menina Veneno". Como não podia deixar de ser, mandei gravar a faixa numa cassete das melhores, a BASF Chrome Extra II 9. Ainda deve andar por alguma das velhas gavetas. Durante algum tempo, "Menina Veneno"  foi um tema que frequentemente interpretava com o meu violão. "Menina Veneno" foi escrita em parceria com Bernardo Vilhena e fazia parte do álbum "Voo do Coração", com a etiqueta

Nazareth - Love Hurts

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  "Love Hurts", no YouTube   Hoje quero trazer à memória uma canção que integra o portfólio das minhas recordações musicais dos idos anos de 70. Trata-se de "Love Hurts", dos NAZARETH , uma banda rock escocesa. Poder-se-ía pensar que daquelas terras altas das ilhas Britânicas apenas existissem tocadores de gaitas de foles, trajados com as tradicionais saias, as "kilts", mas não; também saíu bom rock. Creio que já falei nisso numa memória anterior, mas recordo a romaria da minha aldeia como uma fonte de memórias musicais pois nessa altura, antes uns dias da data da festa, era montada no arraial a aparelhagem sonora, com aqueles clássicos altifalantes, a que chamavam "bocas" ou "cornetas" (1). O dono da mesma aparelhagem trazia então uma carrada de caixas com carradas de discos de vinil, singles e LP,s. Era uma alegria quando ele permitia que déssemos uma desfolhadela ao conteúdo das caixas. Então, os Nazareth, com o

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