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Erva de S. Roberto

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A Erva de S. Roberto é uma planta relativamente vulgar e que cresce espontaneamente por todo o país, de modo especial em campos, cômoros, muros de pedra e bermas de caminhos. É caracterizada pelos seus caules vermelhos, pequenas flores lilás e um aroma acre, forte e pouco agradável. Sendo bastante vulgar, é uma planta há muito conhecida pelas suas fantásticas propriedades medicinais, sendo indicada sobretudo para inflamações, problemas na boca, como aftas, úlceras, hemorragias, hemorróides, cálculo dos rins, nefrite, infecções ao nível dos olhos, gastrites e muitas outras.  Esta erva é por conseguinte muito abundante na minha aldeia e desde há muitos anos que conheço as suas propriedades e indicações. A Erva de S. Roberto, também conhecida por Bico-de-Cegonha (no Brasil) e Erva Roberta, entre outros nomes, estava sempre disponível na "farmácia da minha bisavó, profunda conhecedora de tudo quanto era erva medicinal. Colhia-a na fase madura, quando já tinha florido e

Os dedos – Dedo mendinho quere pão…

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Num post de 26 de Agosto de 2008, recordamos aqui algumas das brincadeiras ou lengalengas associadas aos dedos das mãos. Hoje voltamos à carga, agora com a publicação de uma página extraída de um belo livro de leituras da 2ª classe , datado de 1941 do qual já aqui falamos.

Jogo de palavras

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  Do meu querido livro de leitura da segunda classe , volto a “pescar” memórias. desta vez, da página 9, uma interessante lição sobre jogos de palavras, ou lengalengas . Como a maior parte do livro, esta lição está superiormente ilustrada pela Maria Keil . Quem ainda se recorda destes dois jogos de palavras?  o Manuel dos Matos e a casa de Viseu?   (clicar para ampliar)

Sebenta

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  Já temos aqui falado dos cadernos escolares, esses auxiliares da nossa aprendizagem na escola primária,  mas certamente voltaremos ao assunto. Hoje, porém, quero trazer à memória a velha Sebenta , no fundo, um artigo complementar aos cadernos escolares, mas uma espécie de pau-para-toda-a-colher. As suas folhas, de um papel mais ordinário e lisas, permitiam qualquer tipo de apontamentos, desenhos ou exercícios e, porque mais volumosas, tinha mais durabilidade. Creio que não há quem não tenha passado pela escola primária, há mais ou menos tempo, que não tenha memórias das suas sebentas. Pessoalmente tenho alguns exemplares ainda virgens, mas recordo-me de várias, e esta recordação prende-se, naturalmente, com a ilustração da capa. Para além de tudo, jamais esquecerei a brincadeira à volta da sebenta, desde logo os diversos jogos de palavras à volta do nome. Por exemplo: Se És Bom Estudante Não Tires Apontamentos. Veja-se que as iniciais usadas correspondem a SEBENTA. Outr

Lengalenga

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  Hoje trago à memória outra bela página do meu livro de leitura da segunda classe . Trata-se de uma bela lengalenga que nos recorda os preparativos para o casamento de uma franga. Como quase todas as lengalengas, esta também é divertida e joga com as palavras. Era uma das histórias que habitualmente sabíamos de cor-e-salteado. Pode-se ampliar a imagem clicando sobre a mesma. * * *

Cantilenas e lengalengas – A chover e a dar sol na casa do rouxinol - Repost

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    No Inverno, principalmente em dias de geada, o intervalo do recreio era aproveitado pelas crianças da escola primária para apanharem um pouco do sol saboroso desses dias bem frios. Para o efeito, encostavam-se à fachada nascente da escola e ali mantinham-se como gatos ao borralho, soturnos e com as mãos no bolso. Então sempre que alguém se colocava defronte, roubando assim o sol morno ao colega, era frequente este dizer a seguinte cantilena: Quem está à frente do meu sol É o diabo de Vila Maior, Com o sangue a escorrer E o gato a lamber. Normalmente ninguém queria assumir o papel de Diabo, pelo que quase de imediato quem estivesse a provocar sombra mudava logo de posição. Outra cantilena: Sempre que estava a chover mas em simultâneo, por entre o céu nublado, lá apareciam uns risonhos raios de sol, era comum dizer-se a seguinte cantilena: A chover e a dar sol, Na casa do rouxinol, A velhinha atrás da porta A remendar o lenço

A Mafamaguifa e os mafamagafinhos

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  Quem não se recorda deste trava-línguas? É uma espécie de  lengalenga deveras curiosa, relativamente popular, que certamente muitos recordarão de alguns livros escolares, como este da primeira classe onde "pesquei" a página. Qual será a origem do termo mafamaguifa? Será o nome popular de alguma ave ou será apenas uma invenção adequada à dificuldade própria de uma lengalenga ou trava-línguas? Sei que em muitas regiões os pássaros são muitas vezes conhecidos por nomes muito particulares e fora do uso comum, sendo por isso característicos de determinados lugares. Poderá ser o caso. Não o sabemos. Seja como for, são conhecidas outras variantes. Por exemplo: Eu sei de um  ninho de mafamagafas, Com cinco mafamagafinhos, Quando a mafamaguifa Vai dar de comer aos mafamaguifinhos, Há tanta mafamaguifada, Que se ouve na serra da Arada. Outra: Tenho uma mafagafa, Com cinco mafagafinhos, Quando a mafagafa guifa, Fazem tal maf

Erva de S. Roberto – Serafim, torce, torce!

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 A Erva de S. Roberto é uma planta relativamente vulgar e que cresce espontaneamente por todo o país, de modo especial em campos, cômoros, muros de pedra e bermas de caminhos. É caracterizada pelos seus caules vermelhos, pequenas flores lilás e um aroma acre, forte e pouco agradável. Sendo bastante vulgar, é uma planta há muito conhecida pelas suas fantásticas propriedades medicinais, sendo indicada sobretudo para inflamações, problemas na boca, como aftas, úlceras, hemorragias, hemorróides, cálculo dos rins, nefrite, infecções ao nível dos olhos, gastrites e muitas outras.  Esta erva é por conseguinte muito abundante na minha aldeia e desde há muitos anos que conheço as suas propriedades e indicações. A Erva de S. Roberto, também conhecida por Bico-de-Cegonha (no Brasil) e Erva Roberta, entre outros nomes, estava sempre disponível na "farmácia da minha bisavó, profunda conhecedora de tudo quanto era erva medicinal. Colhia-a na fase madura, quando já tinha florido e as

Cantilenas e lengalengas - A chover e a dar sol na casa do rouxinol...

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  No Inverno, principalmente em dias de geada, o intervalo do recreio era aproveitado pelas crianças da escola primária para apanharem um pouco do sol saboroso desses dias bem frios. Para o efeito, encostavam-se à fachada nascente da escola e ali mantinham-se como gatos ao borralho, soturnos e com as mãos no bolso. Então sempre que alguém se colocava defronte, roubando assim o sol morno ao colega, era frequente este dizer a seguinte cantilena: Quem está à frente do meu sol É o diabo de Vila Maior, Com o sangue a escorrer E o gato a lamber. Normalmente ninguém queria assumir o papel de Diabo, pelo que quase de imediato quem estivesse a provocar sombra mudava logo de posição.   Outra cantilena: Sempre que estava a chover mas em simultâneo, por entre o céu nublado, lá apareciam uns risonhos raios de sol, era comum dizer-se a seguinte cantilena: A chover e a dar sol, Na casa do rouxinol, A velhinha atrás da porta A remendar o lençol. Est

Una, duna, tena, catena...

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  Há cantilenas ou lengalengas que servem para contar. Desde pequeno que aprendi uma versão que se usava na minha aldeia e na minha escola primária e que servia para contar até dez. Era assim: Una, Duna, Tena, Catena, Cigalha, Migalha, Carapim, Carapés, Conta bem, Que são dez. Pesquisando sobre o assunto, encontrei outras versões, que em alguns casos são ligeiras variantes e apenas em parte dos termos usados. Por exemplo:   Una, Duna, Tena, Catena, Cigalha, Migalha, Cupida, Dos pés, Conto bem, Que são dez. Una, Duna, Tena, Catena, Forreca, Chirreca, Vira, Virão, Conta bem, Que dez são.     Una, Duna, Tena, Catena, S. Paulo, S. Maulo, Em bico, De pés,

Rei, capitão, soldado, ladrão...

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Hoje trago à memória uma lengalenga muito popular, mas que também me foi ensinada pela minha bisavó, à qual já aludi num anterior post . Esta lengalenga está relacionada com os botões de uma peça de vestuário, principalmente em vestidos, casacos ou camisas. Conforme a ilustração, a contagem era feita de baixo para cima. Quando os botões eram sete, e a lengalenga era dita completa, dizia-se que o dono da peça teria sorte  no amor. Um botão em falta pelo meio era pronúncio de má sorte ou azar no amor. Como não podia deixar de ser, é natural que esta lengalenga, dependendo da região, tenha variantes e sentidos diversos.

Pub-CF