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Mapa administrativo de Portugal

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Quem não se recorda dos antigos mapas de parede que existiam nas nossas escolas primárias, tanto o de Portugal como o dos arquipélagos da Madeira e Açores e ainda de todas as províncias ultramarinas, como Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Ango, Moçambique, Índia Portuguesa (Goa, Damão e Diu) e finalmente o longínquo Timor? Quanto de nós nessa altura não fomos chamados ao quadro para indicar cidades, capitais, províncias, rios, serras e caminhos de ferro? É certo que à conta de tanta disciplina e método, nessa altura aprendia-se mesmo, pelo que a História e Geografia tinham que estar na ponta da língua, ou seja, de cor-e-salteado, mas por vezes lá surgia a confusão: O rio Limpopo seria de Angola ou Moçambique? E o rio Cunene ? E o Kuanza ? Com esta santa nostalgia, hoje publico um desses mapas, o do Portugal Administrativo, retirado de um dos meus antigos livros escolares, com a indicação das províncias, as capitais de distrito, os rios, as serras e os caminhos d

As quatro estações do ano - Primavera, Verão, Outono e Inverno

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É já amanhã que principia a Primavera, uma das quatro estações do nosso clima. É uma das mais belas épocas do ano, principalmente com o maravilhoso tempo que temos tido, realçando as cores das árvores que florescem e as folhas que reverdescem. No meu pomar, estão em flor as cerejeiras, as pereiras e algumas ameixoeiras, em tons de branco e ainda os pessegueiros em tons de rosa, para além das folhas que começam a cobrir outras árovores que se despem no Outono e Inverno, como a nogueira, o diospireiro e as figueiras. No meu jardim, a relva ganha nova cor e vigor. Aliás o ditado diz que "...em Março a erva cresce nem que lhe dês com um maço.". É certo que hoje em dia as características das nossas quatro estações não estão tão marcadas como há quarenta ou cinquenta anos para atrás, devido, dizem, às alterações climáticas e ao aquecimento global. É um facto, pois tanto temos um Verão chuvoso e frio como um Inverno ameno e uma Primavera quente. Anda tudo desgovernado. Não

Heróis e factos da nossa História - Egas Moniz

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  É indesmentível que nos tempos actuais a História de Portugal já não merece a importância ao nível do ensino escolar comparativamente com a de há 30 anos para trás, tanto no ensino básico (primário) como no secundário. A própria disciplina foi aglutinada à componente das ciências, designando-se agora de Meio Físico e Social, perdendo a identidade intrínseca. Não importa aqui discutir critérios curriculares, mas é óbvio que na actual configuração resulta necessáriamente num menor aprofundamente geral da História de Portugal. Dito de outra forma, há temas ou períodos que foram relegados para um nível de importância básica, sendo ensinada a correr e de modo muito superficial, como gato sobre brasas. Esta apreciação resulta do acompanhamento que faço do percurso escolar dos meus dois filhos (uma a acabar o 12º ano e outro a meio do básico) incluindo a leitura atenta dos próprios manuais. Não me surpreende, pois, que quer um quer outro, apesar da cabeça fresca, se mostrem i

Serões da aldeia - Histórias à lareira

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    Hoje em dia já não há serões à lareira nem o contar de histórias mágicas, lendas e narrativas dos mais velhos aos mais novos. As casas modernas são avessas a fumo, as lareiras são demasiado pequenas, muito decorativas e pouco funcionais e defronte não há lugar para uma roda onde caibam avós, filhos e netos. Os netos estão entretidos com a televisão, com o computador e consolas de jogos. Os avós, raramente coabitam com os filhos e netos. Quando muito vivem sozinhos ou relegados num qualquer lar de idosos. Noutros tempos, quando a electricidade ainda não chegava à maioria das aldeias, ou se chegava, não entrava em todas as habitações, as grandes lareiras eram frequentes nas casas, mesmo nas mais pobres e depois de acabados os trabalhos no campo, para ajudar a matar as longas noites de Inverno, aconteciam os serões, com os mais velhos, de modo especial os avós, a contarem aos netos coisas do seu tempo, histórias ligadas ao campo, aos animais, velhas narrativas e conto

O novo livro de leitura da 4ª classe - 1973

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Hoje falo do livro escolar " O novo livro de leitura da 4ª classe", uma edição de 1973 da Porto Editora, de autoria de António Branco. O livro, com capa dura, apresenta as dimensões de 150 x 210 mm, com 144 páginas. Sendo um dos últimos manuais do tempo de Estado Novo, imediatamente anterior ao 25 de Abril de 1974, é simultaneamente um dos melhores livros de leitura do ensino primário de sempre, quer pela qualidade e diversidade dos textos, quer pelas excelentes ilustrações de Eugénio Silva e pela sua qualidade gráfica geral. Por outro lado, António Branco era um autor experiente que produziu excelentes edições de manuais para o ensino primário, nomeadamente nas disciplinas de História e Ciências Geográfico-Naturais. É caso para se dizer que hoje já não se fazem livros assim. Para além da qualidade geral do livro, de referir a introdução de histórias com recurso à técnica da banda desenhada, uma das especialidades do ilustrador.  

Detergente JUÁ - A Régua Mágica e outros brindes

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   O detergente JUÁ era fabricado pela SONADEL - Sociedade Nacional de Detergentes, por sua vez parte do grupo CUF. O detergente  JUÁ foi sem dúvida um dos mais populares nas décadas de 60 e 70, sendo, no entanto, ainda comercializado pelo menos em parte dos anos 80. Este produto de limpeza de roupa mas também de louça, tornou-se popular, se não pela sua eficiência, seguramente pelos inúmeros brindes que fazia distribuir em cada caixa do pó azul. Desde as úteis molas (por cá na terra conhecidas por pregadeiras) destinadas a segurar a roupa no arame do estendal, até porta-chaves, passando por artigos de uso na cozinha, como copos e taças em vidro, mas sobretudo por bonecos em miniatura moldados em plástico e outros brinquedos, o que eram então a alegria dos mais novos. Hoje em dia, os que sobrevivceram são objectos cobiçados por coleccionadores e saudosistas. Ora quanto aos inúmeros brindes oferecidos pelo JUÁ, quem se lembra do detergente de lavar roupa marca JUÁ,

Milo - Uma delícia até no Verão

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  Voltamos a falar do Milo , umas das míticas marcas da multinacional Nestlé, que apesar de ainda se continuar a fabricar e a vender em diversos países, em Portugal já só como produto de importação. Neste poster publicitário de 1964, é salientada a importância do Milo servido fresco, apresentado como uma excelente bebida para os dias de calor, daí a cena na praia. Confesso que das vezes que me deliciei com o Milo, este sempre foi servido bem quentinho, a fumegar bem na ponta do nariz. Na versão em frio, não me recordo de experimentar. Depois, na praia, o que sabia mesmo bem era uma laranjada fresquinha ou um gelado de ananás da Rajá.   Anteriores artigos sobre o MILO: Milo - Hummmm, que delicioso! Publicidade nostálgica - Milo da Nestlé

A importância dos botões

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  Botões e mais botões. Estes simpáticos objectos são intemporais e existem desde há milhares de anos, quase desde o tempo em que o homem sentiu necessidade de se vestir. Os botões estão presentes em quase todo o tipo de vestuário, desde a roupa interior até às camisas, casacos, calças e sobretudos, mas também em calçado e outros acessórios. Para além da sua função, prática ou meramente decorativa, os botões sempre foram feitos com variados materias, desde osso ao moderno plástico, passando por pedra, madeira, metal, vidro, etc. Há ainda os botões num determinado material base mas revestidos com outro, como tecido, couro e metal. Apesar de existirem em diversos tamanhos e formatos, não deixam de ser objectos pequeninos e predominantemente de forma circular. Há botões com dois ou mais buracos e também sem buracos, com sistema de argola na base. Os botões estão integrados num grupo de artigos a que se chama de retrosaria. Sempre achei piada a esta designação e des

Sabão Clarim - Recordações lavadas e frescas

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  É verdade que ultimamente, com alguma frequência, temos falado aqui de sabonetes e detergentes pelo que é caso para se dizer que as nossas recordações andam muito bem lavadas. Seja como for, e até porque também já temos falado do sabão Clarim, não hesito a publicar mais um delicioso cartaz publicitário, de 1963, deste popular produto, tão conhecido das donas de casa portuguesas, desde há várias décadas. O sabão Clarim é, de facto, um daqueles produtos que apesar da passagem dos anos, mantém-se fiel a si mesmo, numa prova provada de que o que é bom não precisa de ser melhorado. É claro que o sabão nos dias de hoje já não tem a importância de outros tempos, mas mesmo assim continua a ter um lugar muito próprio no dia-a-dia das limpezas da casa e da roupa.   Outros assuntos, relacionados ou não: Publicidade nostálgica - Sabão Clarim Sabão Clarim - Com Clarim toca a lavar! Detergente OMO - OMO lava mais branco! Sabonete LUX - Mulheres e glamour Sabonete LUX - Cheir

Detergente OMO - OMO lava mais branco!

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  Cartaz publicitário de 1964.       O detergente OMO é uma marca de origem inglesa, da empresa multinacional Unilever . A designação OMO refere-se à expressão inglesa “Old mother owl”, a velha mãe coruja, numa alusão à sabedoria e dedicação maternal. Entre nós, desconheço a data exacta da sua introdução mas foi seguramente por volta dos anos 60, já que no Brasil, onde é uma marca popular e líder de vendas, foi introduzida em 1957. O detergente OMO, aquele pó granulado, de tom azulado, a partir dos anos 70 fazia parte dos produtos de tratamento de roupa da minha mãe e das donas de casa da aldeia. Antes, o produto principal era o sabão e a lixívia e muita força a esfregar na áspera pedra de granito do lavadouro comunitário. A marca ao longo dos anos foi acompanhando a evolução tecnológica, dando resposta às múltiplas necessidades de consumo, produzindo diferentes variantes, incluindo o OMO destinado à máquina de lavar. Os cartazes publicitários ao deter

Sabonete Lux - Susan Strasberg

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  Voltamos a publicar um novo cartaz publicitário, de 1963, do sabonete LUX, o tal que é usadado por 9 em cada 10 estrelas. Desta feita a estrela era a bela Susan Strasberg , infelizmente já desaparecida. A sua estrela certamente continua a brilhar algures no universo. A bela actriz americana participou no elenco de diversos filmes, incluindo o popular Força Delta , Picnic , Stage Struck e Psych-Out , entre muitos outros. - Anteriores publicações sobre o sabonete LUX: - Link 1 : - Link 2 : - Link 3 :

Óleo Fula - Óleo de amendoim

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O óleo Fula desde há décadas (mais de 40 anos) que faz parte da vida dos portugueses. É uma marca do grupo Sovena Portugal - Consumer Goods, S.A . já com uma longa história , que fabrica e comercializa ainda outros produtos bem conhecidos, como o azeite Oliveira da Serra, o óleo Vêgê, o óleo 3Ás, uma embelmática marca e o sabão Clarim . No cartaz que aqui publicamos, de 1964, é publicitado o óleo de amendoim, a 17 escudos o litro, apregoado como fresco, leve e puro. Apesar destas virtudes, creio que este tipo de óleo nunca foi muito popular, comparativamente a outras origens, como a soja e o girassol, embora se continue a fabricar e a vender. O óleo vegetal, tal como o conhecemos hoje, foi uma novidade quando apareceu e se generalizou, precisamente a partir dos meados de 60. Até aí, usava-se sobretudo o azeite e gordura animal, principalmente de porco, conhecida por banha, mas que na minha aldeia, e em muitas regiões, é conhecida por pingue. Recordo-me que no meu te

Sabonetes Scott´s

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  Este belo poster publicitário, de 1963, refere-se aos sabonetes Scott´s, pelos vistos uma marca de que todos falavam. Posso estar enganado, mas ainda me recordo deste sabonete entrar na casa de meus pais, pelo menos durante alguns tempos. Não me admiraria, pois, que o meu suave rabinho de criança tivesse sido lavado com este clássico sabonete. Pelo menos aos domingos porque durante a semana seria certamente com vulgar sabão de barra. O poster apresenta o Scott´s nas versões lavander, fern (fetos?) e transparente. O rótulo indica Londres-Lisboa, pelo que presumo que seria de algum fabricante britânico. Tendo em conta as escassas informações, pode ser uma suposição errada. Mas seria interessante saber em concreto alguns dados sobre o fabricante e se o produto continua ou não a ser fabricado/comercializado. Seja como for, não deixa de ser um belo poster publicitário.

Sabonete LUX - Cheirinho a mulher

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Neste poster publicitário de 1963, é dado a conhecer o novo LUX, o tal sabonete usado por 9 em cada 10 estrelas. É claro que aqui as estrelas são mulheres bonitas e elegantes, inevitavelmente famosas do mundo do espectáculo, cinema e televisão. Quanto às mulheres anónimas, por mais bonitas que fossem e por mais que se lavassem com o sabonete LUX, dificilmente obtinham o estatuto de estrelas. Quando muito ficavam deliciosamente bem cheirosas, o que até nem era mau numa altura em que predominava o sabão mal cheiroso ( exceptuando o Clarim , com o seu fresco aroma ) que tanto servia para lavar a roupa como o delicado corpo de uma mulher. - Anteriores publicações sobre o sabonete LUX: - Link 1 : - Link 2 :

Santuário de Lourdes - Postais

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 O Santuário de Fátima é um dos locais mais conhecidos e visitados de Portugal, pelo que já há pouco mais a dizer que possa acrescentar alguma coisa à sua popularidade. É conhecido como um dos grandes Santuários Marianos a nível mundial e a ele ocorrem todos os anos, largos milhares de peregrinos católicos, tanto do país como do estrangeiro, com predominância nos dias 13 dos meses de Maio a Outubro. Hoje, porém, não pretendemos falar do Santuário de Fátima, de modo especial, mas sim de um outro conhecido Santuário, o de Lourdes , localizado na região dos Pirinéus, no sul de França. Vista aéra do Santuário de Lourdes, obtida no Google Earth. Tudo começou com os aparecimentos da Virgem Maria a uma menina chamada Bernardette Soubirous , em 1858. Depois da aprovação dos acontecimentos pela Igreja Católica, o local transformou-se num destino de peregrinação internacional que rivaliza com Fátima. Lourdes tornou-se assim num local de culto, de peregrinações de fé mas também

Há muito a recordar

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  Há dias, em contacto por email, uma das nossas assíduas visitantes, lembrava-me que, apesar das muitas e boas memórias e nostalgias já publicadas neste simples espaço, o Santa Nostalgia, ainda havia muita coisa a recordar. Até teve o cuidado de enumerar alguns exemplos que gostaria de ver publicados.   É claro que sim. Ainda há muitas memórias do nosso passado a partilhar e de diferentes temas, desde a televisão, aos livros, passando pela música, pelos cromos, pelos jogos e brincadeiras, etc. Seja como for, estas memórias e nostalgias serão sempre publicadas ao ritmo da disponibilidade do autor, que não é muita.   A este propósito em concreto, dos blogues portugueses que procuram abordar as questões das memórias ligadas aos nossos tempos infanto-juvenis, e felizmente há diversos, o Santa Nostalgia até tem sido dos actualizados com mais regularidade. O resultado dessa regularidade é o crescente número de visitantes diários que temos registado, incluindo o número de comentári

Cera líquida Dabri - Para móveis e soalhos

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A cera líquida Dabri, a tal que dá para móveis, soalhos e mosaicos, etc, traz-me à memória os dias em que a minha mãe tratava da manutenção do soalho da casa, habitualmente em vésperas da festa da aldeia ou da Páscoa. O processo começava com a preparação de uma calda, composta por uns pós amarelos que se vendiam na drogaria e que se misturavam num balde com água. Depois o líquido era aplicado com um pincel de trolha. Depois de seca a pintura, que era mais um tingimento, então era aplicada a cera, em pomada, também amarela, que se vendia numas embalagens plásticas, cilíndricas mas coladas termicamente nas extremidades. Essa cera era aplicada com um pano e depois, com um outro pano, macio e seco, era puxado o lustro, ou seja, o brilho. Resumindo, era uma tarefa árdua, porque obrigava a minha mãe, ou quem a fizesse, a estar de joelhos. Por isso esta aplicação ocorria uma a duas vezes ao ano. Não mais. É claro, que com os soalhos tão macios e brilhantes, nos dias imediatos, o corr

Procol Harum - A whiter shade of pale

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  Pronto. Chamem-me o que quiserem, mas para mim o tema "A whiter shade of pale", da banda inglesa " Procol Harum ", é uma das melhores músicas de sempre. Pelo menos está seguramente entre o Top Ten da minha lista pessoal. Para além deste emblemático tema, a banda, classificada como de rock progressivo, tem muitos outros, igualmente de forte sonoridade, pelo que estão sempre presentes no meu leitor MP3. Esta ligação aos Procol Harum e ao "A whiter shade of pale",  não é, obviamente, de agora. Já vem do início dos meados dos anos 70, era eu pouco mais do que uma criança. Posso até dizer que a minha paixão pelos Procol Harum é ainda anterior aos The Beatles, outra das minhas paixões musicais. Digamos que foi paixão à primeira audição, mesmo que num dos pequenos rádios (transistores) a pilhas, daqueles que tinham uma interminável antena, imensamente maior do que o pequeno rádio do tamnho de um sabonete. Resta acrescentar que "A whiter sha

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