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Tempo de vindimas

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  Este delicioso texto referente às vindimas, bem como a magnífica ilustração, faz parte do inesquecível livro de leitura da terceira classe do meu tempo. De facto, quem já teve oportunidade de viver e trabalhar nas vindimas, de norte a sul do país, sabe que assim é. Hoje em dia as vindimas e a decorrente produção do vinho, têm uma forte componente de trabalho mecanizado, tanto na apanha da uva como no transporte, como em todo o restante processo, desde o esmagamento até à sua passagem para o armazenamento. Por conseguinte, a mão-de-obra humana e animal é cada vez menos preponderante. Noutros tempos, porém, todo o processo era fundamentalmente manual pelo que o envolvimento de bandos de homens e mulheres resultava sempre em jornadas de alegria, tanto na apanha como na tradicional pisa. Na minha aldeia produzia-se vinho verde, mas na variedade chamada "americano" ou "morangueiro". Outrora muito apreciado em tascas e tabernas, mesmo da zona do Porto e

Produtos de higiene para bébé - Johnsons

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Num dos últimos artigos, falava aqui dos produtos de higiene de bébé da marca Ralay Baby . Hoje trago à memória um cartaz publicitário de outra marca, provavelmente uma das mais conhecidas neste sector de produtos, exactamente a Johnson´s. Esta marca e os seus produtos são por demais conhecidos a nível mundial, fazendo parte do dia-a-dia da higiene diária dos bebés e não só. O cartaz é de 1975 e refere-se às virtudes do óle de bebé Johnsons, apontado como o ideal para a protecção da pele delicada do bébé, tanto perante os rigores do tempo de Inverno, como o vento e o frio, como do Verão, com o calor e transpiração. Por conseguinte, creio que quase todos os portugueses tiveram nos seus primeiros meses de vida o seu rabinho e o corpo em geral hidratado com o óleo Johnsons. Já agora, não esquecer o pó-talco indispensável nas zonas íntimas. Veja a história da Johnson&Johnson , neste excelente artigo.

As quatro estações do ano - Primavera, Verão, Outono e Inverno

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É já amanhã que principia a Primavera, uma das quatro estações do nosso clima. É uma das mais belas épocas do ano, principalmente com o maravilhoso tempo que temos tido, realçando as cores das árvores que florescem e as folhas que reverdescem. No meu pomar, estão em flor as cerejeiras, as pereiras e algumas ameixoeiras, em tons de branco e ainda os pessegueiros em tons de rosa, para além das folhas que começam a cobrir outras árovores que se despem no Outono e Inverno, como a nogueira, o diospireiro e as figueiras. No meu jardim, a relva ganha nova cor e vigor. Aliás o ditado diz que "...em Março a erva cresce nem que lhe dês com um maço.". É certo que hoje em dia as características das nossas quatro estações não estão tão marcadas como há quarenta ou cinquenta anos para atrás, devido, dizem, às alterações climáticas e ao aquecimento global. É um facto, pois tanto temos um Verão chuvoso e frio como um Inverno ameno e uma Primavera quente. Anda tudo desgovernado. Não

Cera líquida Dabri - Para móveis e soalhos

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A cera líquida Dabri, a tal que dá para móveis, soalhos e mosaicos, etc, traz-me à memória os dias em que a minha mãe tratava da manutenção do soalho da casa, habitualmente em vésperas da festa da aldeia ou da Páscoa. O processo começava com a preparação de uma calda, composta por uns pós amarelos que se vendiam na drogaria e que se misturavam num balde com água. Depois o líquido era aplicado com um pincel de trolha. Depois de seca a pintura, que era mais um tingimento, então era aplicada a cera, em pomada, também amarela, que se vendia numas embalagens plásticas, cilíndricas mas coladas termicamente nas extremidades. Essa cera era aplicada com um pano e depois, com um outro pano, macio e seco, era puxado o lustro, ou seja, o brilho. Resumindo, era uma tarefa árdua, porque obrigava a minha mãe, ou quem a fizesse, a estar de joelhos. Por isso esta aplicação ocorria uma a duas vezes ao ano. Não mais. É claro, que com os soalhos tão macios e brilhantes, nos dias imediatos, o corr

Sardinhas salgadas

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Quem não gosta de sardinhas? Assadas, cozidas, fritas ou de conserva em óleo ou tomatada, creio que quase toda a gente gosta. Hoje em dia a sardinha é quase um alimento de luxo, pelo alto preço a que é vendida. Então em época das festas populares, nomeadamente pelo S. João, o preço é deveras exorbitante, mesmo com o abastecimento da sardinha espanhola (que dizem de inferior qualidade relativamente à pescada na nossa costa). Neste contexto, guardo algumas memórias e recordações à volta das sardinhas e da sua importância na alimentação das pessoas. Noutros tempos, noutras épocas, a sardinha era o bife dos pobres, principalmente do povo da aldeia, dos lavradores. Duas batatas cozidas, um monte de couves e uma sardinha assada ou cozida, era um prato muito generalizado, mas mesmo assim com algum requinte, pois mesmo a um preço acessível, nessa altura (anos 60 e 70), a sua compra frequente não estava ao alcance da maioria do povo. Recordo-me perfeitamente do tempo em

Sabonete Rexina - Há sempre lugar para mais um...

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Hoje trago à memória um sabonete que sempre foi muito popular entre nós, os portugueses, o Rexina. Já aqui havia falado de um outro sabonete, talvez ainda mais popular, o sabonete LUX . Curiosamente, o Rexina, sabonete desodorizante,  em muitos outros países, nomeadamente no Brasil, era conhecido como Rexona. Vá lá entender-se estas coisas do marketing. Em jeito de brincadeira, só pode ser, há quem diga que a alteração do nome teve a ver com o facto de Rexona se prestar entre nós a "bocas foleiras" com rima inconveniente e brejeira. Adivinhem... Confesso que apesar de tudo apenas usei o Rexina uma ou outra vez. Em rigor, até nunca fui muito de usar sabonetes, e preferia mesmo o sabão, tanto nas conhecidas variedades azul e branco (muito bom contra a caspa) bem como o sabão macaco e o sabão rosa. Recordo-me a este propósito dos sabões, que os mesmos eram vendidos  em barras entre 40 a 50 cm de comprimento, embrulhadas em papel de jornal. Havia também

Coisas do antigamente - Sacos, sacas e cestas

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Hoje em dia, uma rotineira ida às compras, seja ao mini-mercado da aldeia, seja ao supermercado, seja ao que se convencionou chamar de "grande-superfície", implica trazer para casa uma boa quantidade de sacos de plástico. Para além dos estritamente necessários, é frequente a regra de se pedir à menina da caixa uma molhada adicional de sacos, "para utilizar em casa". É certo, que numa onda de preocupações relacionadas com o ambiente, há já locais de venda que cobram por cada saco utilizado, "obrigando" assim  a um aproveitamento racional de sacos de compras anteriores. Outros locais, usam sacos de papel, com nítidos benefícios ambientais. Ambas as situações, infelizmente, são ainda muito raras. Pessoalmente estou em crer que neste aspecto algumas coisas tendem a mudar, mas nunca mais será como noutros tempos. Senão vejamos: Actualmente as pessoas vão às compras de mãos a abanar, isto é, sem recipientes onde acondicionar as compras. Estas entre

Publicidade nostálgica - Sabão Clarim

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  Sabão Clarim. Com Clarim, toca a lavar! Este slogan ainda hoje está presente na memória de muita gente. De facto este produto foi sempre muito popular e ainda hoje é muito usado apesar de já quase ninguém lavar à mão. Mas há sempre aquela peça de roupa que não justifica ir à máquina. Recordo o Clarim e o seu inconfundível perfume a fresco e recordo sobretudo as longas horas que a minha mãe e todas as mulheres da aldeia dedicavam à lavagem manual da roupa, que era uma tarefa bastante dura e ingrata, especialmente em dias de inverno. Para além de repetitiva, exigia grandes esforços, desde o transportar a roupa à ida e à volta (ainda mais pesada), até ao ensaboar, esfregar na pedra áspera de granito e ao torcer. Depois de todo o processo era ainda necessário estender a roupa num sítio adequado para ficar a corar. O aparecimento e a generalização das máquinas de lavar veio desafogar as mulheres domésticas de um trabalho deveras penoso. Para facilitar essa tarefa com

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