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Vestuário em Dralon - Fibra acrílica da Bayer

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Três cartazes publicitários à fibra acrílica alemã DRALON, uma marca da BAYER. Três modelos de vestuário a fazer inveja a muitas mulheres portuguesas. Era uma época em que a forma de vestir das mulheres lusas estava em forte mudança, repercutindo-se, embora com atraso, no que estava a acontecer nos Estados Unidos e na Europa. Por isso era muito frequente nesta altura a publicidade a vestuário, aos seus modelos de linhas simples mas ousados e, claro, a par das maravilhas apregoadas às novas fibras sintéticas. A DRALON foi introduzida em Portugal em 1965, tendo sido um êxito, como aconteceu com todas as fibras sintéticas dessa época. Hoje em dia valorizam-se as fibras naturais, como a lã, o algodão, a seda e o linho, e evitam-se as sintéticas, pelo menos ao nível de roupas que contactam directamente com o corpo, como as cuecas, peúgas e camisas, mas nem sempre foi assim, pois nos anos 60 e 70 estas fibras, produzidas a partir do período pós II Guerra Mundial, eram muit

Crónica Feminina - 433, 434

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  Já aqui falámos da revista " Crónica Feminina ", mas continuará a ser presença assídua neste nosso espaço de memórias e nostalgias. Estas são as capas dos Nºs 433 e 434, as edições de 11 e 18 de Março de 1965. Atente-se na simplicidade das capas. Agora imagine-se uma das revistas similares do nosso tempo, como as popularuchas e "quase pornográficas"  "Maria" e "Ana", já para não falar das de maior formato. De facto não têm nada a ver. É claro que os meios, as mentalidades e os tempos são outros, mas convenhamos que de um excesso de discrição e bons costumes passamos para uma situação de total indecoro e "à vontadex". No nosso tempo, se queríamos ter acesso à pornografia líamos às escondidas a GINA ( falaremos oportunamente desta revista ) ou entrávamos pela porta-do-cavalo no cinema da vila. Agora, mesmo crianças de 13 a 15 anos têm fácil acesso a essas revistas, caracterizadas por uma forte componente de conteúdo erótico a e

Publicidade nostálgica - Milo da Nestlé

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  Já aqui falámos do Milo , o saboroso leite achocolatado da Nestlé. " Faça do seu filho um futuro campeão, graças ao MILO ". Considerando o actual momento dos Jogos Olímpicos de Pequim, na China, e à infrutífera participação portuguesa, muito criticada, diga-se, é caso para se dizer que o problema da maior parte dos atletas foi não tomarem Milo. A receita está dada: Para os próximos Jogos, em 2012, em Londes, Inglaterra, há que importar Milo e fazer dele o pequeno almoço diário dos futuros atletas, dos futuros campeões.

Biscoitos de champanhe

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  Tempos houve em que certos produtos eram especiais porque se confinavam a uma específica região ou apenas se consumiam numa determinada época ou quadra festiva. Por exemplo, as rabanadas e as filhoses no Natal, as amêndoas e pão-de-ló pela Páscoa, a orelheira pelo Entrudo ou Carnaval, etc. Outros exemplos poderiam aqui ser dados. Com a globalização, essa coisa fantástica que aproxima as pessoas e o mundo e simultaneamente as afasta, a indústria e o comércio começaram a generalizar o fabrico e venda de diversos produtos e artigos ao longo do ano, anteriormente confinados às tais épocas festivas determinadas pelo calendário, quase sempre com uma forte substância religiosa mas também profana. Por conseguinte, hoje come-se rabanadas, pão-de-ló e amêndoas em qualquer ocasião e em qualquer altura do ano. Não admira, pois, que assim se tenha perdido a magia de muitas coisas, diluído os sabores e desvanecidos os aromas. Creio que os meus queridos leitores compreendem isto. Dentro

Publicidade nostálgica - Insecticida Bomba H

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  Com Bomba H...é um ar que lhes dá. O insecticida dos tempos modernos. Apesar da referência aos tempos modernos, este cartaz publicitário é do ano de 1966, portanto com mais de quarenta anos. Era principalmente com este insecticida que os portugueses matavam as melgas, moscas e mosquitos nas longas e incómodas noites de estio. Claro que nessa altura já existiam outras marcas de insecticida em spray mas o Bomba H, ficou como um dos mais populares, talvez pela imponência associada ao seu nome e que alguém recordava sempre como algo fatal e destruidor. É certo que nessas alturas usava-se e abusava-se dos químicos e estamos em crer que o uso deste insecticida em grande parte dos lares portugueses era bem mais nocivo para a saúde das pessoas do que as picadas dos insectos. Recordo-me da minha mãe, todas as tardes de Verão, a seguir ao almoço, fechar todas as portas e janelas da casa e pulverizar todos os compartimentos com o Bomba H. Passado algum tempo era só varrer os insect

Tele Semana - Revista da programação da TV

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A Tele Semana , designada como revista semanal dos programas da TV , foi uma publicação iniciada em Janeiro de 1973, propriedade da Ediguia - Editora de Publicações, SARL. A revista tinha como director Rui Ressureição, e publicava-se às sextas-feiras. A Tele Semana apresentava-se num formato de 143 x 180 mm (mais tarde foi aumentado), tendo tido variações no número de páginas. A este propósito, no editorial de 8 de Março de 1974, da edição Nº 59, que apresentava 70 páginas mais capas, eram exprimidas as dificuldades com o custo de vida de então (aproximava-se a revolução do 25 de Abril de 1974). Fazia-se assim referência a uma diminuição do número de páginas, deduzindo-se que as edições anteriores eram mais generosas, como solução para fazer face às dificuldades, de modo a manter-se o mesmo preço de capa (5$00). Dentro do que é norma nestes exercícios de dificuldades editoriais, prometia-se que, apesar da redução de páginas, mercê de uma reestruturação, a revista teria aind

Publicidade nostálgica - Tokalon

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  Creme de beleza Tokalon. Com umas carinhas tão frescas e larocas, mesmo a preto-e-branco, não havia como fugir à tentação de usar o Tokalon. As adolescentes da minha geração já o usavam e de facto devia resultar porque tinham mesmo uma carinha fresca como uma maçã acabada de colher. Pelo menos os beijos que ali se colhiam sabiam a maçã. Claro que, mesmo publicitado como milagroso, estes tipos da publicidade, mesmo os dos anos 60 e 70 sabiam-na toda, porque nestes cartazes nunca aparecia quem realmente tinha rugas e por conseguinte, precisava mesmo do creme. Ou seja, estes e outros produtos associados à beleza aparentemente eram usados por quem não precisava deles. Paradoxal. O espelho sempre foi mau conselheiro. Sobre o Tokalon, vejamos o texto de um anúncio ao creme, publicado no jornal O Século , em Janeiro de 1940: HÁ UM MÊS CHAMAVAM-ME PELE DE SAPO: Agora a minha pele é maravilhosamente clara e fresca Milhares de senhoras tendo a tez horrorosamente fei

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