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Os bois teimosos – Viagens pelos livros escolares - 13

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  (clicar nas imagens para ampliar)   Esta história do Manel Jeirinhas e os seus bois teimosos, como muitas outras que fazem parte do meu livro de leitura da terceira classe , remete-me frequentemente para os meus tempos de criança e para algumas situações então vividas. Os meus avõs paternos eram grandes lavradores da aldeia e por conseguinte o meu pai, mesmo depois de casar, seguiu no início a vida da agricultura, ou da lavoura como se dizia, dedicando-se a amanhar uma meia-dúzia de ribeiras e alguns pinhais, que lhe couberam em herança, tirando daí o parco sustento para a família. É claro que a lavoura nunca enriqueceu ninguém, tanto mais nessa época sem subsídios nem apoios estatais, pelo que quando os filhos começaram a aparecer e a crescer teve que arranjar um emprego fixo numa oficina, onde mesmo assim obtinha um magro salário, ficando a lavoura a cargo de minha mãe. No entanto, toda a família ajudava em todos os momentos que podia, quer nos tempos livres da

Figuras & Figurões – Caderneta de cromos

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 Nos anos 70 (76/77), a empresa IMPRELIVRO - Imprensa e Livros, SARL, proprietária do jornal diário O PAÍS, promoveu um concurso designado "Figuras & Figurões". Para participar era necessário preencher uma caderneta com um conjunto de 36 cromos ou estampas, publicadas ao longo 12 semanas (entre 05 de Novembro de 1976 a 28 de Janeiro de 1977), nas páginas do respectivo jornal. Os cromos ou estampas tinham como tema caricaturas representativas de um conjunto de figuras públicas ligadas ao período do 25 de Abril de 1974. Cada estampa tinha ainda uma quadra cuja parte final, que correspondia ao nome da pessoa caricaturada, era necessário adivinhar e preencher, o que não era difícil já que para além da popularidade dessas figuras, o nome coincidia com a rima da quadra. Para validar a entrada no concurso tornava-se necessário entregar a caderneta devidamente preenchida, com as estampas coladas nos seus devidos lugares e devidamente completadas na tal questão da quadra. O

Bernina – Máquina de costura

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As máquinas de costura sempre foram um equipamento desejado pelas donas-de-casa, quer como forma de minorizar os gastos domésticos, costurando e consertando as próprias roupas da família, de modo especial dos filhos, sempre prodigiosos na arte de romper e rasgar o vestuário, quer ainda, em muitos casos, como fonte extra de rendimentos, fazendo serviços de costura para fora. Nos anos 60 e 70, principalmente, era frequente as raparigas tirarem um curso de corte e costura, como forma de garantirem o seu futuro. Essa arte normalmente era ensinada por uma costureira profissional, a que se chamava de “mestra”. Nesse tempo, eram poucas as moças que seguiam os estudos no liceu e também eram escassos os empregos em fábricas, que aparecerem principalmente a partir dos anos 80. Nessa década, na minha zona, quase todas as raparigas empregavam-se em fábricas de calçado e de confecções, mas, até aí, prevaleciam as funções ligadas à casa e à agricultura. Neste contexto, nas décadas de 60 e

Cerveja Sagres e laranjada Gruta da Lomba

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O meu primeiro contacto com a cerveja não foi o mais feliz. Compreender-se-á porquê: Tinha 10 anitos e a cerveja foi surripiada a uma barraca de comes-e-bebes montada no arraial da festa anual da minha aldeia, em horário morto, isto é, pelas 6 horas da madrugada, numa altura em que o dono, cansado da faina de véspera, tinha ido dormir a casa. O “assalto”, foi combinada previamente por mim, por um dos meus irmãos e por mais dois ou três amigos. Não teve mapa esquemático, é certo, mas obedeceu a algum rigor no planeamento em que cada elemento do "gangue" tinha uma função específica. Para além de duas cervejas, uma Sagres e uma Cergal, a empreitada rendeu ainda duas laranjadas de litro da "Gruta da Lomba". Depois de consumado o "assalto", fomos beber o espólio para um local escondido num pinhal vizinho. As laranjadas foram rapidamente emborcadas até à última gota. Já as cervejas não mereceram a aprovação do grupo pois eram demasiado amargas,

Os caminhos de Noële – Parte II

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  Já depois de publicado o artigo referente ao anterior post, mexendo em alguma papelada da época, consegui obter informações adicionais e complementares. Deste modo, constatei que a série foi adquirida pela RTP em dois pacotes, em diferentes alturas. Inicialmente a série foi adquirida pela RTP em 21 episódios de 26 minutos cada e 1 episódio de 39 minutos, ou seja, 22 episódios, exibidos durante 1972. Soube ainda que a série poderia ser comercializada em diferentes durações, em 45 episódios de cerca de 15 minutos ou mesmo em episódios de cerca de 30 minutos ou 60 minutos. Seria assim uma forma de compatibilizar os interesses de horários das estações televisivas que adquiriam a séria. Acontece que esta primeira parte exibida pela RTP em 1972, terminou de uma forma aparentemente inesperada, sem o tão esperado happy end , que seria o casamento de Noël com um dos dois pretendentes (o amigo de infância ou Ugo, um pianista). Esta situação, o âmago do enredo, face à popularidade

Os caminhos de Noële – Série TV

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 Na RTP, em 1972, era exibida a série de TV " Os caminhos de Noële ", no original francês "Noële aux quatre vents", uma adaptação de Jean Chouquet à novela de Dominique Saint-Alban (pseudónimo de Jacques Tournier) e com realização de Henri Colpi. Em França a série foi exibida na ORTF a partir de Novembro de 1970. A série de TV pretendeu dar continuidade ao êxito da versão em folhetim radiofónico transmitido em França entre 1965 e 1969. Dentro da filosofia dos folhetins, a série TV comportava 85 episódios de cerca de 15 minutos cada. Em Portugal, na RTP, a série foi exibida em episódios de cerca de 30 minutos cada  pelo que deduzo que seriam exibidos 2 episódios originais de 15 minutos cada, seguidos. Esta é uma mera dedução pois pelas minhas memórias e dados disponíveis, não consegui confirmar esta situação. Na Internet quase não existem referência a esta série. Quanto à história, é claro que já não me recordo de muita coisa de modo pormenorizado, mas

Sporting Clube de Portugal - 1982

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  Esta formação da equipa do Sporting Clube de Portugal foi extraída de uma caderneta de cromos do ano de 1982. Uma equipa de luxo, com grandes nomes do futebol nacional como Manuel Fernandes, Oliveira, Jordão, Eurico e Inácio, entre outros. Como curiosidade, na imagem são fornecidos os nomes dos jogadores sendo que a formação não segue essa ordem. Quem será capaz de ordenar os respectivos nomes? Finalmente, refira-se que o Sporting foi campeão nacional na época 81/82, com 46 pontos, seguido do Benfica com 44 e o FC Porto com 43 pontos. Na época seguinte, 82/83, o Benfica sagrou-se campeão com 51 pontos seguido do FC Porto com 47 e Sporting com 42 pontos. Ao nível do campeonato nacional de futebol, os anos 80, incluindo as épocas 79/80 e 89/90, foram dominados pelo Benfica, embora de forma relativamente equilibrada entre o FC Porto. Efectivamente o Benfica obteve 5 títulos (80/81, 82/83, 83/84, 86/87 e 88/89) e o FC do Porto conseguiu 4 (84/85, 85/86, 87/88 e 89/90). O Sporti

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