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Leituras para a 2ª classe - Livro escolar - 1941

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Quem hoje em dia tiver à volta de 70 anos de idade, mais coisa menos coisa, isto é, que tenha nascido em meados dos anos 30, muito provavelmente encontrou este livro "Leituras para a 2ª Classe", no seu percurso do ensino primário elementar. "Leituras para a 2ª Classe", é um manual escolar, aprovado oficialmente, de autoria de Clotilde Mateus e J. Diogo Correia, uma edição da Editora - Livraria Enciclopédica de João Bernardo, com sede na Rua da Cruz dos Poias, 95 - Lisboa. Foi impresso na Tipografia "Oficinas Fernandes", no Nº 103 da mesma rua. A edição aqui retratada corresponde à 8ª, com data de 1941, ou seja, em plena época da II Guerra Mundial. A primeira edição será talvez de meados dos anos 30, uma vez que as ilustrações têm a data de 1934. O livro tem as dimensões de 144 x 190 mm, e dispõe de 144 páginas, contando com o índice final. É um excelente livro de leitura, com belos textos, muitos deles recorrentes em livros de leitura posteriore

Viagens pelos livros escolares - 4 - A vocação da cerejeira

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  No meu pomar, no logradouro da minha habitação, tenho, entre outras espécies de árvores frutículas, duas cerejeiras, uma delas de médio porte, com pelo menos 6 metros de altura. Nesta altura do ano está completamente florida, como uma enorme nuvem branca, mas já com o verde das folhas a querer substituir as flores. Se as condições do tempo não prejudicarem esta fase do desenvolvimento do fruto no seu estado inicial, creio que lá para meados de Junho devo ter boas cerejas. Isto é, a maior parte, como de costume, será para a passarada (pardais, pegas, gaios, melros, piscos e verdelhões) que habitualmente frequenta o quintal. Neste sentido, recordo mais uma página do meu livro de leitura da terceira classe , do qual já aqui temos falado, intitulada "A vocação da cerejeira". A lição que dela se extrai é sobretudo a da abundância e da correspondente partilha. De facto, de que nos serve ser egoístas em muitas situações de vida? Esta lição do livro de leitura da

Viagens pelos livros escolares - 3 - O alcaide do castelo de Faria

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  (clicar para ampliar)   O Alcaide do Castelo de Faria, é uma das inesquecíveis histórias que muitos portugueses aprenderam das páginas do livro de leitura da terceira classe , ao longo de mais de um década, entre finais dos anos 50 e até meados dos anos 70. Simultaneamente, este é um episódio da nossa história, imortalizado pela pena de Alexandre Herculano, na sua obra " Lendas e Narrativas ". Será, pois, uma lenda, como muitas que povoam a História de Portugal, mas certamente não andará longe da verdade. O episódio demonstra o valor da fidelidade e da coragem, mesmo numa situação dramática e que, no caso, custou a vida a Nuno Gonçalves. Hoje em dia, todos sabemos que alguns dos valores aprendidos e incutidos pelos antigos livros escolares, pelos nossos professores e em casa pelos nossos pais, são meros fantasmas de um tempo que já lá vai. Valores ou princípios de fidelidade, respeito e disciplina, entre outros, andam pelas ruas da amargura e nalguns c

Bandeira de Portugal

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A Bandeira de Portugal , seu significado e simbolismo, bem como uma forte marca do conceito de Pátria,  é um dos temas recorrentes nos antigos livros escolares, nomeadamente do tempo do Estado Novo. A bandeira tem um significado republicano e nacionalista. A comissão encarregada da sua criação explica a inclusão do verde por ser a cor da esperança e por estar ligada à revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891. Segundo a mesma comissão, o vermelho é a cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (...). Lembra o sangue e incita à vitória. Durante o Estado Novo, foi difundida a ideia de que o verde representava as florestas de Portugal e de que o vermelho representava o sangue dos que tinham morrido pela independência da Nação. As cores da bandeira podem, contudo, ser interpretadas de maneiras diferentes, ao gosto de cada um. (fonte: wikipedia) "... As cores da bandeira podem, contudo, ser interpretad

História de Portugal para a 4ª classe

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  Hoje trago à memória o meu livro de História de Portugal para a 4ª classe. Trata-se de um manual de autoria de Pedro de Carvalho, edição da Porto Editora, de 1972. O livro apresenta um formato de 183 x 243 mm e possui 88 páginas. Como não podia deixar de ser, trata-se de um livro que deixou fortes recordações de factos ligados à nossa História, de modo especial os quadros designados como Figuras Exemplares da História Nacional, retratando, entre outros, Egas Moniz, Infante D.Henrique, Luis de Camões, D. Filipa de Vilhena, Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Na capa é reproduzida uma fotografia do castelo de Almourol e na contra-capa uma fotografia da Anta de Tourais - Montemor-o-Novo.

O novo livro de leitura da 4ª classe - 1973

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Hoje falo do livro escolar " O novo livro de leitura da 4ª classe", uma edição de 1973 da Porto Editora, de autoria de António Branco. O livro, com capa dura, apresenta as dimensões de 150 x 210 mm, com 144 páginas. Sendo um dos últimos manuais do tempo de Estado Novo, imediatamente anterior ao 25 de Abril de 1974, é simultaneamente um dos melhores livros de leitura do ensino primário de sempre, quer pela qualidade e diversidade dos textos, quer pelas excelentes ilustrações de Eugénio Silva e pela sua qualidade gráfica geral. Por outro lado, António Branco era um autor experiente que produziu excelentes edições de manuais para o ensino primário, nomeadamente nas disciplinas de História e Ciências Geográfico-Naturais. É caso para se dizer que hoje já não se fazem livros assim. Para além da qualidade geral do livro, de referir a introdução de histórias com recurso à técnica da banda desenhada, uma das especialidades do ilustrador.  

Simplesmente Maria

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  Quem se lembra da rádio-novela " Simplesmente Maria "? Pessoalmente, era criança, frequentava o Ciclo Preparatório TV, mas lembro-me perfeitamente desse marco da rádio portuguesa. Simplesmente Maria era um folhetim que passou na Rádio Renascença, ao longo de 500 episódios (ena tantos...), entre Março de 1973 e Novembro de 1974, transpondo, por isso, o tempo da Revolução do 25 de Abril de 1974.    Cada episódio ía para o ar depois do almoço, entre as 13:30 e 14:30 horas, mais coisa menos coisa. A história deste folhetim radiofónico, uma espécie de telenovela sonora, girava à volta de amores e desamores da figura central, uma jovem criada chamada Maria.    Era uma história de "faca e alguidar", muito característica das novelas mexicanas. O script tinha a autoria de Maria del Pilar Casares, pelo que não era de surpreender o estilo. Certo é que folhetim prendeu literalmente a atenção de milhares e milhares de portugueses (mulheres em part

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