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Código Morse - Marinha de Guerra Portuguesa

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 A propósito do aniversário de Samuel Morse (218 anos sobre o seu nascimento em 1791), criador do célebre código de comunicação que ficou conhecido com o seu nome, a que hoje o Google faz referência com o logotipo adaptado à efeméride, como acontece com outros eventos, saltou-me à memória a minha experiência como Operador Táctico, uma vertente da especialidade de Comunicações na Marinha de Guerra Portuguesa, onde prestei serviço militar em meados dos anos 80. Os operadores tácticos tinham a especialidade de comunicação visual, como mensagens por bandeiras e transmissão e recepção de comunicações via código morse visual. Recordo, por isso, de ter participado num concurso designado de COMPCOMAR , onde obtive um honroso terceiro  lugar na especialidade de transmissão e um quinto lugar na recepção. Nada mau, se considerarmos que eram vinte ou trinta colegas concorrentes. Na altura o serviço militar era considerado uma autêntica seca, tanto mais que era obrigatório. Foram dois ano

Crónica Feminina – Nºs 336 e 344 de 1963

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  Dois simpáticos “marinheiros” a ilustrar as capas da revista Crónica Feminina , referentes aos números 336 e 344, de 1963. Como fiz o serviço militar na Marinha de Guerra Portuguesa, ainda devo ter, algures numa gaveta, a minha farda, nas versões, branca, de Verão, e azul, de Inverno, incluindo o característico chapéu, o “panamá”. Um destes dias vou ter que ver em que estado se encontram.   *****SN*****

25 de Abril de 1974 - 35 liberdades depois

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  Recordo-me bem do dia 25 de Abril de 1974. Recordo-o sobretudo porque nessa tarde fomos mandados da escola para casa. Depois, durante o resto do dia, a televisão em constantes transmissões, onde sobretudo se via gente, muita gente na rua, misturada com soldados. No imediato, no meu mundo de criança, não me apercebi da verdadeira dimensão do acontecimento, das suas origens e dos seus objectivos. Confesso que em todo esse período nunca tive noção do regime político em que o país estava mergulhado. Lembro-me, apenas, creio que pela segunda-classe, de um qualquer colega de carteira ter dito no recreio que quem falasse do Caetano seria preso. Veio-me logo à ideia o Sr. Caetano, um nosso vizinho, lavrador abastado e barrigudo. Seria esse o Caetano? Durante mais alguns anos pensei que sim pelo que quando calhava em cruzar com o homem, todo eu era educação e respeito, não fosse mandar-me prender. Bom...o certo é que pelos anos seguintes fui tomando a natural noção do significado da

Máquinas de tricotar

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 Recordo-me que nos anos 70 e até meados de 80, principalmente, na minha aldeia havia várias mulheres que trabalhavam em casa com uma máquina de tricotar, produzindo peças para comerciantes ou fábricas. Claro que esta era uma realidade extensível a todo o país. Foi um modo de vida que teve o seu ponto alto nessa época porque era relativamente rentável e permitia às mulheres alguma autonomia financeira sem sair de casa, permitindo-lhes, simultaneamente, desempenhar as tarefas domésticas, gerindo o tempo a seu modo. Para esta actividade era indispensável adquirir uma máquina de tricotar, o que exigia um investimento substancial. No entanto havia empresas que forneciam as máquinas. Com o avançar do tempo o vestuário de malha foi perdendo alguma preponderância, pelo que a par do desenvolvimento tecnológico das grandes empresas, essa actividade caseira acabou quase por se extinguir. Sobrevivem ainda algumas situações mas mesmo assim adaptadas às necessidades do mercado. Conheço uma

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