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Cerveja Sagres e laranjada Gruta da Lomba

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O meu primeiro contacto com a cerveja não foi o mais feliz. Compreender-se-á porquê: Tinha 10 anitos e a cerveja foi surripiada a uma barraca de comes-e-bebes montada no arraial da festa anual da minha aldeia, em horário morto, isto é, pelas 6 horas da madrugada, numa altura em que o dono, cansado da faina de véspera, tinha ido dormir a casa. O “assalto”, foi combinada previamente por mim, por um dos meus irmãos e por mais dois ou três amigos. Não teve mapa esquemático, é certo, mas obedeceu a algum rigor no planeamento em que cada elemento do "gangue" tinha uma função específica. Para além de duas cervejas, uma Sagres e uma Cergal, a empreitada rendeu ainda duas laranjadas de litro da "Gruta da Lomba". Depois de consumado o "assalto", fomos beber o espólio para um local escondido num pinhal vizinho. As laranjadas foram rapidamente emborcadas até à última gota. Já as cervejas não mereceram a aprovação do grupo pois eram demasiado amargas,

Os caminhos de Noële – Parte II

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  Já depois de publicado o artigo referente ao anterior post, mexendo em alguma papelada da época, consegui obter informações adicionais e complementares. Deste modo, constatei que a série foi adquirida pela RTP em dois pacotes, em diferentes alturas. Inicialmente a série foi adquirida pela RTP em 21 episódios de 26 minutos cada e 1 episódio de 39 minutos, ou seja, 22 episódios, exibidos durante 1972. Soube ainda que a série poderia ser comercializada em diferentes durações, em 45 episódios de cerca de 15 minutos ou mesmo em episódios de cerca de 30 minutos ou 60 minutos. Seria assim uma forma de compatibilizar os interesses de horários das estações televisivas que adquiriam a séria. Acontece que esta primeira parte exibida pela RTP em 1972, terminou de uma forma aparentemente inesperada, sem o tão esperado happy end , que seria o casamento de Noël com um dos dois pretendentes (o amigo de infância ou Ugo, um pianista). Esta situação, o âmago do enredo, face à popularidade

Os caminhos de Noële – Série TV

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 Na RTP, em 1972, era exibida a série de TV " Os caminhos de Noële ", no original francês "Noële aux quatre vents", uma adaptação de Jean Chouquet à novela de Dominique Saint-Alban (pseudónimo de Jacques Tournier) e com realização de Henri Colpi. Em França a série foi exibida na ORTF a partir de Novembro de 1970. A série de TV pretendeu dar continuidade ao êxito da versão em folhetim radiofónico transmitido em França entre 1965 e 1969. Dentro da filosofia dos folhetins, a série TV comportava 85 episódios de cerca de 15 minutos cada. Em Portugal, na RTP, a série foi exibida em episódios de cerca de 30 minutos cada  pelo que deduzo que seriam exibidos 2 episódios originais de 15 minutos cada, seguidos. Esta é uma mera dedução pois pelas minhas memórias e dados disponíveis, não consegui confirmar esta situação. Na Internet quase não existem referência a esta série. Quanto à história, é claro que já não me recordo de muita coisa de modo pormenorizado, mas

Sporting Clube de Portugal - 1982

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  Esta formação da equipa do Sporting Clube de Portugal foi extraída de uma caderneta de cromos do ano de 1982. Uma equipa de luxo, com grandes nomes do futebol nacional como Manuel Fernandes, Oliveira, Jordão, Eurico e Inácio, entre outros. Como curiosidade, na imagem são fornecidos os nomes dos jogadores sendo que a formação não segue essa ordem. Quem será capaz de ordenar os respectivos nomes? Finalmente, refira-se que o Sporting foi campeão nacional na época 81/82, com 46 pontos, seguido do Benfica com 44 e o FC Porto com 43 pontos. Na época seguinte, 82/83, o Benfica sagrou-se campeão com 51 pontos seguido do FC Porto com 47 e Sporting com 42 pontos. Ao nível do campeonato nacional de futebol, os anos 80, incluindo as épocas 79/80 e 89/90, foram dominados pelo Benfica, embora de forma relativamente equilibrada entre o FC Porto. Efectivamente o Benfica obteve 5 títulos (80/81, 82/83, 83/84, 86/87 e 88/89) e o FC do Porto conseguiu 4 (84/85, 85/86, 87/88 e 89/90). O Sporti

Selecção Nacional de Futebol – Os Magriços - 1966

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  Publica-se aqui uma das fantásticas equipas da selecção nacional de futebol. No caso, uma das formações presentes no Mundial de Futebol de 1966 , organizado em Inglaterra, onde Portugal realizou uma excelente campanha, caíndo apenas nas meias-finais frente à selecção da casa. Obteve assim o terceiro lugar na prova. Quem será capaz de identificar a formação (para além do Eusébio)? (clicar na imagem para ampliar)

Caderneta de cromos de caramelos – Os famosos do futebol português– 71/72 – Divertimentos Zélito

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A caderneta de cromos de caramelos “Os famosos do futebol português”, é uma edição da casa Divertimentos Zélito, da Amadora, referente ao Campeoanto de Futebol da 1ª Divisão da época 71/71. A colecção é composta por 176 cromos, correspondentes a 16 equipas de 11 cromos cada. Os emblemas estavam estampados na própria caderneta. Equipas representadas: Sporting, Benfica, Porto, Setúbal, Guimarães, Académica, Belenenses, CUF, Atlético, Barreirense, Leixões, Farense, Boavista,Tirsense, Beira-Mar e U.Tomar. As colecções de cromos de caramelos, deixaram de se produzir sensivelmente a partir de meados dos anos 70. Assim, comparativamente às décadas anteriores são relativamente poucas as edições de cromos de caramelos editadas neste período. Os cromos em envelopes surpresa, bem como o sistema de cromos autocolantes, bem como ainda a significativa melhoria dos recursos gráficos, são factores que determinaram a extinção dos cromos de caramelos. Hoje são autênticas relíquias, raras, caras

O cavalo e o leão – Viagens pelos livros escolares - 12

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  Continuando a rubrica “Viagens pelos livros escolares”, de novo regressámos ao livro de leitura da terceira classe . Desta feita, recordamos a lição “O cavalo e o leão”. Esta história deixa-nos uma lição de esperteza por parte do cavalo, face à arrogância do leão. Neste caso, ao cavalo não bastou a inteligência mas também a força. Podemos assim deduzir que nem sempre a esperteza por si só é solução para os casos da vida mas apenas quando aliados à força, que é como quem diz, ao trabalho, à dedicação, ao sacrifício, à educação e disciplina. Quando na terceira classe aprendi esta lição, apesar de tudo ficava sempre com alguma pena do pobre leão, com aquela dor de cabeça que o deixou a ver estrelas. Quem não se recorda desta passagem do seu livro da terceira classe?   (clicar nas imagens para ampliar)  

Santa Nostalgia

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O blogue SANTA NOSTALGIA, temo-lo já dito aqui, não tem quaisquer outros pretenciosismos senão os de partilhar memórias e recordações que certamente são comuns a muitos portugueses, fundamentalmente localizadas no tempo entres os anos 1960 e 1980. O SANTA NOSTALGIA está quase a completar 3 anos , (apenas em 25 de Julho) embora com um início pouco regular. Apesar disso, tem vindo a crescer dia-após-dia em número de visitas e comentários, o que nos dá alento à sua continuidade. Por email também temos recebido inúmeros contactos de incentivo. É certo que existem alguns blogues com conceitos algo idênticos, o da partilha de memórias e recordações passadas, com destaque temporal para os anos 80 e 90, mas nem por isso os consideramos como concorrentes e como tal considera-se que cada um tem justamente o seu espaço próprio.     Sem particularizar, com uma análise mais ou menos atenta, verifica-se, contudo, que a maioria desses espaços usam e abusam dos vídeos do Youtube, como sendo “pau p

Omer Pacha – Tenente Latas

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  Hoje trago à memória outra interessante série de televisão, que na altura em que foi exibida na RTP, foi seguida com entusiasmo pelo seu ritmo de aventura. Trata-se de OMER PACHA, uma série com 13 episódios de cerca de 30 minutos cada, produzida em 1971 pela ZDF-Alemanha, que na RTP passou em 1973, aos sábados, por volta das 22:00 horas. A série teve realização do francês Christian-Jaque sobre um argumento de Thor Rainer e Peter Kostic. A série narra as aventuras de um tenente do exército austro-húngaro, Michael Latas, que depois de ter participado num duelo de morte, proíbido, cai em desgraça e vê-se obrigado a fugir, descendo a zona ao longo do Danúbio até entrar em terras otomanas. Ali, depois de muitas aventuras, converte-se ao islão, adoptando o nome de Omer. Rapidamente consegue integrar-se na sociedade local e pela sua inteligência e tácticas notáveis, depressa prossegue a carreira militar, prestando bons serviços à Turquia otomana, pelo que obtém a alta disti

Aspirina – Há só uma, a verdadeira, a legítima, a da Bayer.

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- Cartaz publicitário da Aspirina, de 1973 A Aspirina remonta ao ano de 1897, altura em que a sua fórmula foi sintetizada por Félix Hoffman (21/01/1868-Ludwigsburg-Alemanha - 08/02/1946-Suiça) . O único princípio activo da Aspirina é o ácido acetilsalicílico . Este popular medicamento, certamente um dos mais conhecidos e utilizados a nível mundial, é especialmente indicado como analgésico, antipirético e anti-inflamatório. A marca é uma das mais conhecidas da multinacional farmacêutica Bayer . A par das pastilhas Melhoral , a Aspirina sempre foi um dos medicamentos mais à mão nas casas das famílias portuguesas e converteu-se num remédio para todos os males. Recordo-me que, quando era criança, face à falta de um sistema público de Saúde, o acesso aos médicos e aos medicamentos era um privilégio quase reservado aos ricos pelo que apenas em casos de extrema gravidade os pobres a eles recorriam, penhorando alguma coisa de valor, vendendo parte da colheita agrícola ou um

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