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Rabiscos de outros tempos - Viseu

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Hoje publico um simples desenho que rabisquei, já lá vão mais ou menos 25 anos. Foi depois de uma visita à bela cidade de Viseu. Junto ao rio Pavia e ao fundo as silhuetas da Sé Catedral e da Igreja da Misericórdia. É verdade que o desenho tem pouca qualidade, um simples esboço feito a lápis de cor, de forma muito rápida, mas as memórias que invoca, essas são nostálgicas mas muito ricas. Há coisas que têm essa capacidade, esse condão de nos remeter para outros tempos e outras emoções. São chaves que abrem as portas do templo do tempo.

S. Martinho – Tempo de lendas e tradições

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Hojé é dia de S. Martinho. Um santo e uma data de fortes tradições, associadas ao tempo de Outono, às castanhas e ao vinho novo. Um pouco por todo o país são realizadas festas ou romarias de invocação ao santo, das quais destaco o S. Martinho em Penafiel , também conhecida por romaria dos burros, sendo feriado municipal naquele concelho. O nosso povo ao longo dos tempo adoptou vários provérbios ou rifões populares à volta deste tempo de S. Martinho: Eis alguns que consegui reunir: - Pelo S. Martinho, mata o teu porco e prova o teu vinho; - Em dia de S. Martinho, desce à adega e prova o vinho; - Pelo S. Martinho, lume, castanhas e vinho; - Pelo S. Martinho, sobra a água no moinho; - Pelo S. Martinho, sai o porco, entre o bacorinho; - Pelo S. Martinho, todo o mosto dá bom vinho; - Queres pasmar o vizinho? Esterca e lavra pelo S. Martinho; - Virá o Verão de S. Martinho, nem que dure um bocadinho; - Pelo S. Martinho, na horta alho e cebolinho; - Pel

Tábua e tabuada de multiplicação

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De uma antiga Cartilha Escolar – Ler, Escrever e Contar, de Domingos Cerqueira, da Livraria Chardron de Lelo & Irmão, Editores (sobre a qual falarei aqui noutra oportunidade), reproduzo uma curiosa e interessante Tábua de Multiplicar, que em muito ajudava à pequenada da primeira classe a aprendizagem da tabuada. O funcionamento está bem explicado pelo que é de fácil compreensão. Do mesmo modo, e da mesma Cartilha Escolar, fica aqui a clássica tabuada da multiplicação, a tal que a criançada da primeira classe tinha que saber de cor-e-salteado, ou seja, na ponta-de-língua.  Ainda hoje será assim?

Artistas de Cinema – Cromos - 7

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  Hoje “colamos” mais três cromos da caderneta “ Artistas de Cinema ”, de 1965.   Anne Helm Stanley Baxter Sharon Hugueny   (clicar nas imagens para ampliar)   Artistas de Cinema – Cromos - 6 Artistas de Cinema – Cromos - 5 Artistas de Cinema - Cromos - 4 Artistas de Cinema - Cromos - 3 Artistas de Cinema - Cromos - 2 Artistas de Cinema - Cromos - 1 * * *

À lareira

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    Cá em casa já se acendeu a lareira. Os primeiros frios deste mês de Novembro, que começou chuvoso e cinzento, trouxeram a nostalgia própria deste tempo avançado de Outono. Nasci em Novembro e talvez por isso se compreenda a forma quase poética como consigo interpretar no cinzentismo dos seus dias uma espécie de aura mágica. Fosse o ano um dia, e Outubro e Novembro seriam a noite; A noite do descanso, do retempero, dos sonhos. Acho, por isso, que este tempo é necessário, como um interregno, como um poupar de forças para o princípio do ciclo que depois começará com os alvores da Primavera e continuará até ao apogeu do Verão. Novembro é um mês muito espiritual porque, pela tradição cristã, é o tempo em que trazemos à memória os nossos antepassados e ente-queridos que a morte já levou. Podemos andar o resto do ano esquecidos, mas em Novembro vamos mais vezes ao cemitério onde repousam aqueles que nos foram próximos. Há assim um pensamento e reflexão mais próximos da re

Chicles MAY - O chicle da juventude - Repost

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Quem se recorda dos famosos cromos e das não menos famosas Chicles da May Portuguesa? Hoje dizemos chicletes, mas no final dos anos 60 e princípios de 70, o termo era chicles ou mesmo pastilhas elásticas. Conforme se pode ver na imagem imediatamente acima a descrição até era a de "goma de mascar" e no inglês "chewing-gum".  As chicles da May eram de facto excelentes, pela sua elasticidade, sabor e, acima de tudo, o aroma inesquecível. Pelo menos hoje temos essa memória.    Quanto à May, marca ou empresa, pouco ou nada se sabe. Sabe-se que era uma empresa internacional com filiais em vários países. Assim, por cá tínhamos a May Portuguesa, S.A.R.L., com localização na Coina - Barreiro, mas também existia a May espanhola, francesa e certamente a inglesa, embora com poucas referências. Certo é, que associados à venda das pastilhas elásticas estavam quase sempre os produtos coleccionáveis, como cromos e vinhetas. De resto fica-se sem saber se eram os cromos que

Cantilenas e lengalengas – A chover e a dar sol na casa do rouxinol - Repost

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    No Inverno, principalmente em dias de geada, o intervalo do recreio era aproveitado pelas crianças da escola primária para apanharem um pouco do sol saboroso desses dias bem frios. Para o efeito, encostavam-se à fachada nascente da escola e ali mantinham-se como gatos ao borralho, soturnos e com as mãos no bolso. Então sempre que alguém se colocava defronte, roubando assim o sol morno ao colega, era frequente este dizer a seguinte cantilena: Quem está à frente do meu sol É o diabo de Vila Maior, Com o sangue a escorrer E o gato a lamber. Normalmente ninguém queria assumir o papel de Diabo, pelo que quase de imediato quem estivesse a provocar sombra mudava logo de posição. Outra cantilena: Sempre que estava a chover mas em simultâneo, por entre o céu nublado, lá apareciam uns risonhos raios de sol, era comum dizer-se a seguinte cantilena: A chover e a dar sol, Na casa do rouxinol, A velhinha atrás da porta A remendar o lenço

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