Santa Nostalgia

  Passaram ontem 52 anos sobre o falecimento de Jeff Chandler (Nova York, Nova York, 15 de Dezembro de 1918 - Los Angeles, Califórnia, 17 de Junho de 1961). Mesmo que tendo participado noutros filmes com outras temáticas, recordo-o sobretudo no papel de Cochise , mítico chefe índio apache, cujo papel desempenhou pelo menos em três diferentes filmes o que, de algum modo lhe marcou essa faceta de índio o que de resto a sua fisionomia de rosto duro e vincado ajudou a caracterizar. Para além dos filmes, e a partir deles, a minha memória relativamente a Jeff Chandler é evocada sobretudo por fazer parte da mítica colecção de cartões de filmes (movie cards), de algum modo similares aos cromos, a que chámávamos “ os cowboys ”, em que aparece na série T (printed in Hollande) com o Nº 54 (imagem abaixo).

  Hoje trazemos à memória o manual escolar “As Minhas Leituras da 4ª Classe”, de Filipe de Oliveira e Chagas Franco, da Livraria Popular Francisco Franco – Lisboa. Não se vislumbra no livro a data de edição mas presumo que seja dos anos 30. De resto é uma década associada a inúmeros livros do profícuo autor Chagas Franco. Apresenta-se num formato  de 125 x 195 mm e com 216 páginas recheadas de ilustrações, gravuras e fotografias. As ilustrações não têm assinatura nem o livro faz referência ao autor mas, pelo estilo, parte delas poderão ser de Alfredo Moraes (Lisboa, 1872-1971) que de resto ilustrou vários manuais de Chagas Franco.  

Passam hoje 36 anos sobre a publicação da revista Tele Semana , edição Nº 229 de 10 de Junho de 1977, ou seja, no Dia de Portugal e de Camões. A condizer, a então popular revista publicava um destacável dedicado ao nosso grande Luís de Camões onde abordava alguns aspectos da sua vida.

Mary Tyler Moore na capa da revista de televisão Tele Semana de 22 de Março de 1974.  Em 1974 a RTP passava aos domingos à noite a série "As Solteironas", da original norte-americana "The Mary Tyler Moore Show". Na série, em que desempenhava o papel de Mary Richards, ela era uma solteirona de 30 anos que exercia a função de produtora de uma estação de televisão. A série é bastante longa, com 168 episódios de cerca de 30 minutos cada produzidos e apresentados ao longo de sete temporadas, entre 1970 e 1977. Desconhecemos se na RTP foi exibida na sua totalidade. Será um facto a apurar. Como será de supor, os diferentes episódios giravam à volta do quotidiano da estação de televisão e das vidas e particularidades dos personagens. A par da Mary Tyler, um dos principais intérpretes era Gavin MacLeod , no papel de Murray Slaughter, funcionário da estação e amigo de Mary, que veio a reforçar a sua popularidade nos anos 80 (1977/1987) com a popularíssima

  Trazemos hoje à memória dois interessantes cartazes publicitários ao TASMIN, desodorizante íntimo, dos anos 70. Toda a mensagem subjacente a cada cartaz é deveras curiosa e em certo sentido subliminar e ao mesmo tempo bastante frontal. No caso do cartaz de cima veja-se a intenção gráfica do texto formando um triângulo precisamente na zona íntima da mulher reforçando a mensagem “… e naturalmente também aqui ”. No caso do cartaz em baixo, todo o texto é uma prosa que não deixa de ser frontal e algo hilariante e a sua posição entre as belas pernas, incluindo a posição central e vertical do frasco, não deixa de remeter para leituras mesmo íntimas. As informações técnicas sobre o produto, a marca e o fabricante para já são inexistentes. Apesar disso descobri com naturalidade que pertence ao grupo Beiersdorf , detentor de, entre outras, de marcas e produtos como o creme Nivea, o desodorizante 8x4 ,  o creme Atrix , os pensos Hansamed e Hansaplast . Pelo que conseguimos apurar

  Cartaz publicitário da segunda metade da década de 1970. Não conseguimos obter pormenores sobre esta camisa, a marca e o fabricante, mas não deixa de ser interessante, parece-nos. Nessa altura, quanto a camisas, dominavam em termos de popularidade a “ Triple Marfel ”, “Rosa Negra” (também da Triple Marfel), Yves Saint Laurent e outras mais. Esta Choice, a avaliar pelo cartaz e pelos modelos nele apresentados, destinava-se de facto à nova geração. Mesmo hoje em dia ficavam “a matar” a alguns cantores pimba da nossa praça e até mesmo ao inconfúndível Paulo Futre sempre com as suas camisas espampanantes.

  Hoje trago à meemória outra caderneta de cromos de caramelos, referente à época 66/67. Trata-se da colecção “Futebolistas Portugueses”, editada pela “A Francesa”. É mais uma caderneta que reúne as principais características gráficas das colecções da época nomeadamente com 11 cromos por equipa sendo que cada emblema está impresso em cada respectiva página, o que de resto não sendo regra era frequente. A fugir da habitual rotina o facto de comportar 242 cromos referentes a 22 equipas, 14 da 1ª Divisão (Benfica, Sporting, Porto, Académica, Belenenses, V. de Setúbal, Leixões, V. de Guimarães, CUF, Sanjoanense, Varzim e Sp. Braga) e 8 da 2ª Divisão (F.C. Tirsense, F.C. Barreirense, Sp. Covilhã, U. TOmar, Sp. Olhanense, Salgueiros, Lusitano Évora e Sintrense). Curioso é o alinhamento das equipas já que entre as equipas da 1ª Divisão estão algumas da 2ª. De referir que dos clubes da 2ª Divisão, o F.C. Tirsense e o F.C. Barreirense foram os campeões das zonas norte e sul nessa