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A mostrar as mensagens que correspondem à pesquisa de 25 de abril

Conta-me como foi – O final

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Terminou nesta segunda-feira, dia 25 de Abril, a série de televisão " Conta-me Como Foi ", exibida na RTP. A série teve um início prometedor, tornando-se numa fiel evocação de um período ocorrido entre meados dos anos 60 e 70 (25 de Abril de 1974). Aos poucos, a par de alguma inconsistência nos horários e ritmos de exibição, a série foi perdendo gás e terminou quase esvaziada. Em rigor, com excepção dos primeiros episódios, onde de facto se conseguiu transmitir de forma excelente o espírito desses tempos, toda a restante série tornou-se num caldo morno de situações inconsistentes e inconsequentes, de forma muito ligeira e rebuscada. É certo que a série teve o seu valor, foi bem acolhida na generalidade, a ponto de haver movimentos a pedir o regresso, mas, e esta é apenas a nossa modesta opinião, deixou muito a desejar. Certamente que o objectivo era mesmo esse, ser um registo ligeiro, sem grandes rigores de argumento, um mero entreteni

O Duplicador - Porque duplicar é preciso

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Hoje em dia damos como fácil e certo o processo de reprodução e cópia de documentos, seja num ambiente doméstico, com recurso a uma simples impressora ligada ao computador, com ou sem fios, seja no escritório, na empresa ou escola. Para quantidades e outras exigências de formato e de tipo de suporte, existem de forma generalizada os centros de cópias,  com modernas fotocopiadoras a laser, plotters e mesmo outros equipamentos, versáteis e hoje em dia já com custos baixos. Noutros tempos, porém, e nem será necessário recuar aos tempos da reprodução pela escrita ou os imediatamente posteriores à invenção da impressão por Gutemberg o processo de replicação de documentos era um empreendimento complexo, moroso e relativamente dispendioso. Mas recuando apenas quarenta ou cinquenta anos, e pondo de lado a particularidade da impressão relacionada às gráficas, editoras livreiras e imprensa, mas ainda antes da generalização das fotocopiadoras e mais tarde às impressores térmicas, de ja

Vasco Granja - Cinema de Animação – O Lápis Mágico

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Vasco Granja, o apresentador de “Cinema de Animação” (ilustração Santa Nostalgia) Uma das boas nostalgias do meu tempo de criança prende-se com a rubrica televisiva, "Cinema de Animação", apresentada pelo inesquecível e carismático Vasco Granja . O programa "Cinema de Animação" teve o seu início em 1974, logo após a revolução do 25 de Abril e aguentou-se firme durante 16 anos, até 1990, tendo sido apresentados cerca de um milhar de edições. Este programa da RTP, iniciado ainda no tempo do "preto-e-branco", primava pela variedade de desenhos animados exibidos, apesar do apresentador, especialista de cinema de animação, mostrar uma preferência especial pelas produções dos países de leste, nomeadamente da Polónia, Jugoslávia e Checoslováquia, muitas vezes de características experimentalistas, em contraponto às clássicas séries dos Estados Unidos, nomeadamente da Disney e da Looney Tunes, que também apreciava. Vasco Granja seleccionava filmes de vári

Iogurte Longa Vida

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Confesso, desde já, que não sou apreciador nem consumidor de iogurtes. Sei que faço mal, é certo, mas nunca me habituei a estes  produtos, em quaisquer das suas múltiplas variedades. Talvez por não ser habituado desde cedo, numa altura  em que os lanches ou merendas eram à base de pão de milho e caldo com couves e feijão. As lambarices, mesmo que saudáveis, eram produtos fora do alcance das carteiras de quem vivia em constantes dificuldades. É certo que muitas vezes tínhamos o privilégio de beber leite natural mesmo acabadinho de ser colhido na teta dq vaca, mas a prioridade era para entregar o leite no posto de recolha mais próximo, sendo assim uma das poucas fontes de rendimento de quem vivia principalmente das coisas da terra, como era o caso dos meus pais nesses anos onde eu ainda era criança. Claro que aos poucos as coisas foram mudando. Neste contexto, trago à memória a marca de iogurtes Longa Vida, de modo especial pela recordação de uma das fortes imagens da marca

Tempo da tropa

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  Quem não se recorda do seu tempo de tropa? Com o fim do serviço militar obrigatório a tropa tornou-se mais uma saída profissional do que propriamente uma forma de servir a Pátria. Depois, há que dizê-lo, quem é que sentia realmente esse sentido do dever, quando por ali andavam obrigados e arrastados das suas casas, familiares e amigos, principalmente no tempo da tropa a sério, em plena Guerra do Ultramar , nas suas diversas frentes. Seja como for, não pretendo aqui fazer um exercício sobre a tropa, o serviço militar, nem debater os seus contextos históricos e sociais. Pretendo apenas recordar o tempo de tropa, pura e simples, e se possível trazer à baila as melhores lembranças, aqueles momentos que jamais esqueceremos e agora nos fazem sorrir com saudade e até mesmo, estou certo que na maioria dos casos, em desejar voltar a esse tempo e a essa experiência. No meu caso, passei pela tropa já depois de assentes as poeiras decorrentes da revolução do 25 de Abril de 19

Chefe, mas pouco - Who's the Boss?

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A RTP Memória tem estado a passar a série "Chefe, mas Pouco", do original "Who's the Boss?". Trata-se de um série no registo de comédia, sitcom, com origem no sítio do costume, os Estados Unidos, tendo sido exibida originalmente pela ABC entre 20 de Setembro de 1984 e 25 de Abril de 1992. Em Portugal iniciou em 1989. Uma criação e produção de de Martin Cohan e Blake Hunter, com realização de Asaad Kelada e Tony Singletary. Foram oito temporadas com um total de 193 episódios coma  duração de aproximadamente 25 minutos cada. A base da história é simples, como nos diz a própria RTP na apresentação da série: "A vida de Tony Micelli sofreu um grande abalo depois da sua mulher ter morrido e também devido ao facto de uma lesão, o ter impedido de continuar a jogar baseball. Apesar de tudo, resolve provar que é capaz de educar sozinho a sua filha pré-adolescente, tendo para isso, que mudar de cidade. Depois de conhecer Angela Bower, uma executiva que t

Zakarella

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Hoje trazemos à memória a revista de banda desenhada "Zakarella", destinada a adultos. O seu primeiro número, de periodicidade quinzenal, saiu à rua no dia 1 de Março de 1976. Infelizmente, para os fãs do estilo, teve um curto reinado e terminou no mês de Março de 1978, com um espólio de 28 edições. Hoje em dia a revista é objecto de culto e de colecção. Rezam as crónicas que o seu fim deveu-se ao facto de, por decisão do Banco de Portugal, nesse período quente da nossa história política e económica pós-revolução do 25 de Abril de 1974, ter proibido o pagamento de bens não essenciais com divisa estrangeira. Ora como a banda desenhada não se comparava à necessidade do pão, leite ou gasolina, ficou assim a editora com um berbicacho em mãos para pagar os direitos das histórias públicas de origem norte-americana que  enchiam as páginas, pelo que Zakarella chegou ao fim, ainda com muito para dar do seu mundo de fantasia, terror e sexo. Zakarella era uma voluptuosa mulhe

Revista GINA

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Quem das gerações das décadas de 1970 e 1980, sobretudo rapazes, não leu, mesmo que às escondidas, a revista GINA, com o sub-título Histórias Sexy Internacionais? Na realidade, convenhamos, a leitura e as histórias eram o menos interessante da coisa, antes as fotos coloridas e brilhantes, mas esta revista quando entrou no mercado mexeu com o até aí quase inexistente ou clandestino panorama da pornografia em Portugal e aproveitou-se com êxito desse vazio, num momento oportuno, no período pós revolução do 25 de Abril de 1974, em que o povo andava sedento de liberdade mas também de outras coisas mais carnais. Esta revista, publicada desde Setembro de 1974 até 2005, ao que dizem com um historial de 196 números, foi de imediato um estrondoso êxito e o preço inicial de 25 escudos (fica a dúvida se 25 ou 30) ia sendo alterado ao ritmo da crescente procura, galgando por aí fora até pelo menos aos 600 escudos. As tiragens de largos milhares suplantaram muitas das revistas sérias e popu

25 de Abril de 1974 – 39 anos

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  À passagem dos 39 anos sobre a data da revolução do 25 de Abril de 1974, trazemos aqui à memória uma das capas da emblemática revista dessa época, a “Gaiola Aberta”, com o inconfundível traço e humor do José Vilhena e que lembrava precisamente o primeiro aniversário da “revolução dos cravos”. Na capa, algumas das figuras mais marcantes desse período da nossa História contemporânea, como Álvaro Cunhal, Vasco Gonçalves, Costa Gomes, Mário Soares, Melo Antunes e Magalhães Mota. A figura de trás, à direita, será o José Manuel Tengarrinha?  

Nota de 500 escudos

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Saudosa nota portuguesa de 500$00 (quinhentos escudos). Apresenta a efígie de D. João II e circulou pelas carteiras dos portugueses entre 04 de Novembro de 1966 e 29 de Janeiro de 1988.O prazo legal para trocar esta nota por euros terminou  vinte anos depois, ou seja, em 29 de Janeiro de 2008. Alguns dados sobre esta bela nota, recolhidos no Banco de Portugal: Chapa de elevada qualidade técnica, tem como motivos salientes a efígie do Rei D. João II, o Príncipe Perfeito (1455-1495), e um pormenor dos grupos escultóricos que decoram o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, de autoria do Mestre Leopoldo de Almeida. O retrato patente nas notas é cópia de uma pintura existente no Kunsthistorisches Museum, de Viena, da colecção do Arquiduque Fernando do Tirol, e identificado como sendo do décimo terceiro rei de Portugal. Na altura do aparecimento desta nota gerou-se certa controvérsia na atribuição dada, sustentando alguns entendidos que o referido retrato, devido a determinados

Tele Semana - Revista da programação da TV

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A Tele Semana , designada como revista semanal dos programas da TV , foi uma publicação iniciada em Janeiro de 1973, propriedade da Ediguia - Editora de Publicações, SARL. A revista tinha como director Rui Ressureição, e publicava-se às sextas-feiras. A Tele Semana apresentava-se num formato de 143 x 180 mm (mais tarde foi aumentado), tendo tido variações no número de páginas. A este propósito, no editorial de 8 de Março de 1974, da edição Nº 59, que apresentava 70 páginas mais capas, eram exprimidas as dificuldades com o custo de vida de então (aproximava-se a revolução do 25 de Abril de 1974). Fazia-se assim referência a uma diminuição do número de páginas, deduzindo-se que as edições anteriores eram mais generosas, como solução para fazer face às dificuldades, de modo a manter-se o mesmo preço de capa (5$00). Dentro do que é norma nestes exercícios de dificuldades editoriais, prometia-se que, apesar da redução de páginas, mercê de uma reestruturação, a revista teria aind

Lusalite

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  A Lusalite - Sociedade Portuguesa de Fibrocimento, S.A.R.L. foi fundada por 1933 pela Corporação Mercantil Portuguesa, L.da, do empresário Raúl Abecassis, com instalações na Cruz Quebrada - Algés no município de Oeiras. O seu principal produto, que se tornou sinónimo do próprio nome da empresam eram as chapas onduladas em fibrocimento com aplicação em revestimentos de fachadas mas sobretudo de coberturas, em cuja composição entrava o amianto. Mas o leque de artigos fabricados pela Lusalite era naturalmente mais alargado, como tubagens para abastecimento de água e redes de esgotos, depósitos de água, etc. O quase monopólio do fabrico e comercialiação dos produtos em fibrocimento era detido pela Lusalite e pela Cimianto, esta fundada em 1942. Neste contexto fundiram-se ambas as empresas em 1945 de que resultou a Novinco - Novas Indústrias de Materiais de Construção, S.A. com instalações em Leça do Balio. Pelo 25 de Abril de 1974 a Lusalite empregava perto de 800 funcionários o que ates

Don Adams - “Olho Vivo” – Série TV

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    Passam hoje 8 anos sobre o falecimento de Don Adams (Donald James Yarmy) (Nova Iorque, 13 de Abril de 1923 — Los Angeles, 25 de Setembro de 2005). O nome deste actor pouco ou nada dirá a muitos, sobretudo das novas gerações, mas se dissermos que entre nós ficou conhecido pela sua característica interpretação como Maxwell Smart na série de televisão " Olho Vivo ", no original " Get Smart ", então certamente a apreciação muda de figura. De facto "Olho Vivo", com origem nos Estados Unidos, foi uma série muito popular, no que se prova pela sua longa lista de 138 episódios, com cerca de 30 minutos cada, produzidos ao longo de meia dúzia de anos (de 1965 a 1970). Na RTP passou também no final dos anos 60 e também nos anos 70 mas com reposições posteriores. De resto a série, ainda como o mesmo actor, teve uma sequela mais recente, em 1995, sendo que, obviamente, sem o encanto do original. Foi ainda a base para o filme de 2008, com o título de &

Cadernos Âmbar - Munumentos

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No que se refere a livros, cadernos e outros artigos escolares, de papelaria e uso em escritórios, durante muitos anos a Ambar foi uma marca de referência. O seu nome é composto pelas duas primeiras sílabas do seu fundador, Américo Barbosa. Esta empresa nortenha, foi fundado no Porto no ano de 1939 e tinha então como principal actividade a encadernação de livros. Rapidamente cresceu e em 1960 abria uma delegação em Lisboa. Logo após a revolução do 25 de Abril, mais concretamente em 1976, a tragédia bateu à porta da empresa e um incêndio destruiu as instalações, recheio e equipamentos. Foi um duro golpe mas a capacidade de trabalho e resiliência do fundador  fez com a empresa se voltasse a reerguer e retomar o sucesso e crescimento. Já nos anos 80, em 1987 a empresa expande-se internacionalmente e nasce a Ambar Espanha. Mais tarde, por exigências de mercado altera a sua denominação social para Ambar - Ideias no papel, SA. Apesar dessas mudanças, passado algum tempo a empresa c

Salgueiro Maia

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  Passam hoje 19 anos sobre o desaparecimento de Salgueiro Maia (3 de Abril de 1992), uma das importantes figuras da revolução de 25 de Abril de 1974. Um dos melhores militares de Abril, porventura um dos poucos que vislumbrou e viveu a revolução no seu sentido mais profundo e genuíno, muito para além daqueles que apenas pretenderam substituir uma ditadura de direita por uma de esquerda. rabisco: Santa Nostalgia

A sentença de Salomão – Viagens pelos livros escolares - 9

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De novo uma viagem ao livro de leitura da terceira classe . Desta vez recordamos uma das muitas lições que se tornaram parte das memórias de todos quantos aprenderam por esse livro. Trata-se da lição “A sentença de Salomão”. A história narrada é por demais conhecida e pretende demonstrar o verdadeiro amor de mãe, que prefere perder o filho para outra, que falsamente o reclama, a ver executada a sentenção de morte. Numa altura em que algumas situações mediáticas (casos de Esmeralda, a menina de Torres Novas e recentemente o de Alexandra, a menina russa) têm trazido à discussão os direitos de paternidade/maternidade, biológica em contra-ponto à afectiva, esta lição não deixa de ser propícia a algumas reflexões. Sem querer fazer juízos de valor, porque é assunto demasiado complexo, o caso recente da menina russa, cujo juiz do caso determinou a sua entrega à mãe biológia e por conseguinte o seu envio para a Rússia, a par de posteriores imagens que divulgam uma relação pouco afectiv

O novo livro de leitura da 4ª classe - 1973

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Hoje falo do livro escolar " O novo livro de leitura da 4ª classe", uma edição de 1973 da Porto Editora, de autoria de António Branco. O livro, com capa dura, apresenta as dimensões de 150 x 210 mm, com 144 páginas. Sendo um dos últimos manuais do tempo de Estado Novo, imediatamente anterior ao 25 de Abril de 1974, é simultaneamente um dos melhores livros de leitura do ensino primário de sempre, quer pela qualidade e diversidade dos textos, quer pelas excelentes ilustrações de Eugénio Silva e pela sua qualidade gráfica geral. Por outro lado, António Branco era um autor experiente que produziu excelentes edições de manuais para o ensino primário, nomeadamente nas disciplinas de História e Ciências Geográfico-Naturais. É caso para se dizer que hoje já não se fazem livros assim. Para além da qualidade geral do livro, de referir a introdução de histórias com recurso à técnica da banda desenhada, uma das especialidades do ilustrador.  

Pub-CF